sexta-feira, 31 de maio de 2013

BE FREE!

Na terça-feira fui correr 40 minutos, mas eu não sei porque insisto em treinos abaixo da hora, visto que o meu corpo teima em não funcionar antes disso. Qualquer dia dá-me na vinheta e nunca mais faço treinos abaixo da hora.
Por alguma razão não me apeteceu ir a Monsanto e decidi ficar-me pelas hortas. Para trás e para a frente, para a frente e para trás. As pernas teimavam comigo: "Não queremos isto! Pára lá com isto, está bem, ó miúda? E ela a dar-lhe...mas estás surda? Nós não queremos correr!".
Fiz-me de desentendida e continuei a correr teimosamente. Passados 30 minutos, elas começaram a acalmar e já reclamavam menos comigo. Lá corri mais 10 minutos já mais solta.

Na quarta-feira queria correr 1h ou mais. O tempo estava estranho...não dava para perceber se ia chover ou não, mas uma coisa era certa, o vento estava ali para ficar. 
Segui em direcção a Monsanto e depois pela ciclovia até Sete Rios. 
À entrada de Monsanto deparei-me com esta manifestação artística feita com copos de plástico:
Está virado para o lado de fora.
Conseguem perceber o que está escrito?
Desta vez não foi diferente e foi isto que "ouvi": "Mas lá está ela outra vez! Não te chegou ontem??!!?? Mas o que é que tu pensas que estás a fazer? Vai mas é pra casa estender-te no sofá!".
Fui a "ouvir" esta lenga-lenga até Sete Rios...parei no bebedouro para beber água e iniciei a viagem de volta...com chuva e vento de frente...Soube mesmo bem! =) A sério. A lenga-lenga começou a mudar de "Epá, a sério rapariga, pára lá com esta brincadeira que isto não está a ter piada!" para " Humm...isto até sabe bem...ai tão bom. Se calhar até tens razão...isto sabe bem. Não te aproximes de um sofá tão depressa. Deixa-te ir aqui a correr de frente para a chuva e para o vento que isto é que é bom." =) E eu deixei-me ir.

Com 1 hora de corrida agora sim! Agora sim! Num acesso de loucura decidi que já que ia tão bem podia muito bem continuar pela ciclovia até Pina Manique, fazendo assim a minha querida subida do Memorial Francisco Lázaro.
Como ia na ciclovia consegui ver a "obra de arte" do lado de fora:
E agora já conseguem ler?
Vão lá buscar a lupa...
BE FREE!
Que melhor mensagem para quem vai por ali a correr (na altura maluca só havia uma...), sejam livres! E que melhor maneira de celebrar a liberdade que temos? Sair por aí correndo livremente.
Os carros já com os faróis acesos iam no pára-arranca paralelamente a mim e ali ia eu...a correr nas calmas, numa relativamente longa subida com chuva e vento de frente. TÃO BOM! 
Voltei para dentro de Monsanto. Dei umas voltinhas e voltei a sair já em direcção a casa. Quando corremos 1h30 e acabamos com a sensação de que poderíamos ter corrido mais um bocado...é bom sinal. 

Que me reserva a corrida de hoje? Só mais logo saberei. Mas há que celebrar o facto de estar viva.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Corrida do Oriente há 1 ano atrás...a minha primeira prova de 10 km

Há 1 ano atrás eu ainda não tinha blogue, por isso não há qualquer relato da minha primeira prova oficial de 10 km. 

Tudo começou no Oriente...

No dia 3 de Junho de 2012 a Isa iria correr a sua primeira corrida com 10 km.
Tempo oficial: 1h06m31s
Tempo real: 1h05m27s

Mas o tempo que fazemos numa prova no fundo no fundo diz pouco ou nada. As sensações que sentimos, o prazer, o sofrimento, as dúvidas, tudo isso não se traduz em tempo.

Lembro-me bastante bem do que senti, por isso vou tentar fazer um relato o mais fiel possível.

A minha semana anterior ao grande dia foi desastrosa. Os treinos correram-me tão mal que achei mesmo que não iria conseguir correr os 10km.
E eis que chega o grande dia. Acordo, tomo o pequeno-almoço e equipo-me. Vou a pé até ao Colégio Militar e apanho o metro. No metro, na linha vermelha, um homem cubano a viver em Portugal mete conversa comigo. Como estou com o dorsal, pergunta-me pela corrida. Digo que são 10 km, pergunta-me se corro 10 km. Digo que sim, depois  digo que acho que sim ( tendo em conta os últimos treinos acho que não…). Depois mais confiante digo que sim que consigo correr 10 km. Agora sinto que tenho mesmo de correr do inicio ao fim, sem paragens. Diz que já participou na Meia-Maratona da Vasco da Gama e que já corre há 6 anos. A primeira vez que correu uma meia-maratona parou aos 19 km. Estava tão perto. Fomos na conversa e no final ele desejou-me boa sorte. No fundo aquele foi o incentivo que eu precisava. Eu tinha-lhe dito que conseguia correr 10 km, não podia falhar com a minha palavra.

Estive alguns minutos a preparar-me psicologicamente, a motivar-me e à medida que se aproximava a hora de partida, as pessoas começaram a dirigir-se para a linha de partida, mas eu esperei um bocado porque não fazia sentido nenhum pôr-me logo à frente.

Quando deram o tiro da partida não corri logo, pois ainda estava a uns bons metros da linha de partida. Assim que passei pela Partida comecei a correr devagar e liguei o cronómetro. Várias pessoas me ultrapassaram e entretanto ficaram para trás os que não tinham pressa. Como eu. Fui nas calmas, estava a sentir-me bem. A certa altura “colei-me” a um rapaz e a uma rapariga que seguiam a um ritmo semelhante ao meu e pensei que se não os perdesse de vista conseguiria acabar a prova sempre a correr. Fui atrás deles talvez uns 2km, mas depois achei que aquilo era lento de mais para mim, eu sentia-me bem, estava com pica. Eu queria acelerar. E então decidi ultrapassá-los. Por esta altura ultrapassei algumas pessoas, de vez em quando “colava-me” a alguém que ia a um bom ritmo, mas sentia-me bem. Sentia o prazer da corrida. Entretanto havia uma descida e depois uma subida. Acelerei um pouco na descida, mas não sei bem como continuei a acelerar na subida. Não me custou quase nada, ia a ultrapassar outros atletas. Eu que detestava subidas! Claro que se houvesse muitas mais subidas nunca teria aguentado, mas como a maior parte do percurso desta prova é plana não houve nenhum problema. Aos 4 km havia um abastecimento de águas. Nem estava à espera que fosse tão cedo e a garrafa que me deram durou toda a corrida. Bebi um golo e molhei a cara para refrescar, pois estava algum calor. Por esta altura ia a correr a um bom ritmo (na altura era um bom ritmo para mim, está bem? não se riam!), embora não saiba ao certo qual. Só sei que ultrapassei mais algumas pessoas e estava a sentir-me bem, que no fundo é o que interessa. Sentia que conseguia acabar a corrida sem parar. 

Algures entre o 5º e o 6º km havia o controlo do chip e passei por lá com 40:42 (olhando para este tempo agora só me apetece rir). Penso que foi por volta do 6º km que havia outro abastecimento de águas, mas ainda tinha a primeira que me tinham dado e não aceitei outra. Continuei a ultrapassar pessoas, mas já ia cansada e deixei de prestar grande atenção ao que se passava ao meu redor. Ainda tinha esperança de conseguir fazer a prova em 1 hora devido ao ritmo que tinha imprimido durante alguns km’s. Mas tinha alguns minutos para recuperar e já não tinha forças para acelerar o suficiente para recuperar esses minutos. Não interessa. O que interessava era simplesmente continuar a correr. Fui olhando para o relógio e decidi que o meu objectivo seria fazer os 10 km numa hora e 5 minutos. Estava a chegar, entretanto já via a Meta. Acelerei mais um pouco. E consegui! 1h05m27s!!! VIVA! 
Claro que não é nada de especial. Mas depois das ultimas semanas eu nem sequer sabia se conseguiria correr 5km, quanto mais 10. Foi a primeira vez que fiz uma prova de 10 km e que corri do inicio ao fim Muito, muito feliz depois desta prova! Muito, muito feliz!

Fui a pé com a minha mãe até ao Oriente. Fui a casa tomar banho e depois fui almoçar com amigos à Baixa. Era buffet. "Coma tudo o que queira". Não é preciso dizerem duas vezes! 

Entretanto saíram as classificações da prova e vi que fiquei na 1578ª posição de 1724. Fui a 71ª do meu escalão de entre 96.
Isto são tudo factos muito interessantes…mas o que de facto me deixou espantada e surpreendida na altura foi o facto de eu ter ultrapassado cerca de 60 pessoas depois de ter passado pelo controlo do chip aos 40 minutos.
Basta ver a quantidade de pessoas que passaram no controlo antes de mim (inclusive algumas que passaram 4 e 5 minutos antes de mim) e que chegaram à Meta depois de mim. Quase 60 pessoas! E eu não me lembro de ultrapassar assim tanta gente nesta fase. Aliás, nem uma única pessoa que tenha passado o controlo depois de mim me ultrapassou e eu ultrapassei quase 60! Epá, uma pessoa tem que se alegrar com alguma coisa. E na altura eu fiquei super entusiasmada com isto. 

As primeiras provas são sempre especiais, mesmo que não consigamos fazer o tempo que ambicionávamos, mesmo que não corra tudo a 100%. E a minha primeira prova de 10 km foi de facto especial e lembro com carinho essa prova e a sensação fantástica de ter terminado.

Um ano depois não podia deixar de estar presente no aniversário da minha primeira prova de 10 km. 
Este ano já não faço 1h05m =P

3 de Junho de 2012- Corrida do Oriente
A uns metros da meta

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Corrida do Guincho "Entre Serra e Mar"

Depois da Corrida do Monge, em Outubro!, demorou até eu voltar a entrar em nova  prova em trilhos. A razão principal prende-se com a falta de ténis adequados e a prova de ontem só veio confirmar isso.

Não sei se isto vos acontece, mas muitas vezes não sei bem como começar o relato de um treino ou de uma corrida. Claro que deveria ser pelo principio, mas como definir onde é o principio? Desde que acordei, desde que cheguei ao local de partida, desde que começou a corrida?

A escrever, tal como a correr, eu demoro a aquecer =P
Fico aqui a olhar para o ecran, escrevo umas palavras e paro. Só passado algum tempo é que as palavras parecem fluir melhor.

Então, o principio...

Após algumas pessoas (entre elas o João e a Lígia tiveram um papel mais preponderante) me terem convencido das maravilhas de umas meias de compressão, eu decidi comprar umas. A juntar-se ao facto de ultimamente eu andar sempre a sentir os gémeos meio doridos e pesados, acabei por arranjar um tempinho para as ir comprar na quinta-feira. Nem vos vou descrever a aventura que foi até chegar à loja...mas uma vez lá chegada mediram-me o perímetro dos gémeos e como a minha medida estava mesmo na fronteira entre um tamanho e outro aconselharam-me a levar o tamanho acima e que está perfeito. Uma das minhas dúvidas, não determinante mas ainda assim uma dúvida, era que cor comprar. Acabei por comprar laranja que é uma cor que eu gosto e como as meias são assim para o fluorescente vi logo o potencial que elas teriam para quando eu quisesse correr à noite ou correr em trilhos. Se me perdesse seria fácil para me encontrarem. Hehehe.

Na sexta-feira já fui correr com elas só para ver como seria. Mas a verdade é que essa corrida não correu lá muito bem, não tendo dado para ficar com uma ideia muito clara do que são as meias. Mas eu tinha a Corrida do Guincho no domingo para poder estrear "a sério" as meias de compressão.

Os membros dos 4 ao km presentes foram os seguintes:
Eberhard, João, Rute, eu e minha mãe (que foi à caminhada)
Após a minha mãe ter partido para a caminhada, nós seguimos para o local de partida onde encontrámos o João e o Vitor. Acabámos por partir todos juntos. Mas eu comecei a ficar para trás graças às minhas maravilhosas canelas que já não davam sinal há algum tempo e ontem voltaram a dar um ar da sua graça...Mau, mau Maria!
Começávamos com uma descida onde basicamente toda a gente se lançou por ali abaixo menos eu. O João (Lima),  vendo-me em dificuldades ficou comigo para trás e entretanto fomos ultrapassados por todos os atletas. Sim, todos! Eramos os últimos e foi uma sensação...relaxante. Sinceramente acho que foi o único momento da prova que me senti em verdadeira comunhão com a natureza, porque não se via mais ninguém.

Um pouco mais à frente ultrapassámos duas ou três pessoas e depois parámos numa fila. Um engarrafamento de pessoas. Tudo por causa de um riacho. Lá chegou a nossa vez e lá saltámos para o outro lado. Depois tivemos de passar aqui:
Parece que haviam umas tochas..e de facto lá se vê uma...
mas iluminavam tanto que eu nem reparei nelas =P
Apesar da luz ao fundo do túnel, não se deixem enganar, a parte inicial era mesmo escura e não se via onde estávamos a meter os pés, mas sentíamos....lama...Os meus ténis azuis passaram a castanhos =)
Fiquei feliz por saber que as minhas meias de compressão para além de estarem a cumprir com o seu papel, também estavam a cumprir com o seu papel secundário, guiar atletas na escuridão. Hehehe. Pelo menos o João diz que se guiou pelas minhas meias para saber onde colocar os pés e sabe-se lá se os 2 ou 3 atletas que vinham atrás dele também não aproveitaram a "lanterna colocada nas minhas pernas" =P
Depois seguimos por uma zona com muitas árvores e onde por vezes só passava uma pessoa e ainda tinhamos que nos baixar, pelo menos os mais altos como o João e eu.


Continuámos a correr, até que chegámos junto ao Guincho onde o vento se fazia sentir e não era pouco!
A paisagem era linda, mas a verdade é que para apreciar a paisagem tinhamos que levantar os olhos do chão, o que não é muito aconselhável na maior parte das zonas. Mesmo assim deu para apreciar o suficiente e cheirar a maresia.
É lindo, não é?
João Lima correndo no Guincho
Mesmo que uma pessoa vá com atenção, as coisas podem acontecer...e de repente tropecei e segundo o João levantei voo mas felizmente aterrei em segurança. Não faço a mínima ideia como tropecei, só sei que de repente estava a colocar os pés fora do trilho para logo a seguir voltar ao trilho a dizer "eu estou bem, está tudo bem" para tranquilizar o João e os atletas que vinham mesmo atrás de nós.
Se me tivesse estatelado ali teria sido feio, pois era uma zona com pedras...
Depois disto continuámos junto ao mar, só que de um lado era uma ribanceira...aqui é que tinhamos mesmo de estar com atenção.

Acho que foi a partir desta altura que começamos a subir. Por vezes a andar, por vezes a correr. Acho que ultrapassamos alguns atletas nas subidas, nas descidas todos nos ultrapassavam...
Mais ou menos por esta altura chegámos ao pé do ministro...Estava parado à espera de um amigo, ultrapassámo-lo. O meu objectivo passou a ser chegar à frente do ministro... Toca de acelerar pelas subidas acima. Ganhámos alguma distância dele e de outros atletas.. Pensei que já chegava...esqueci-me de como sou fraquinha nas descidas e de como toda a gente se manda pelas descidas como se não houvesse amanhã. Gabo-vos a coragem. Mas por enquanto íamos com alguma distância já, mas o João a certa altura diz-me "ele vem aí". Oh não! Mas a seguir vinha a parede:


Para variar, as fotografias não mostram o que era aquilo. Só digo que a maioria, eu incluída, subia a andar e todos corcundas...

Quando finalmente acabou o martírio seguiam-se algumas zonas planas que não duravam muito...seguindo-se mais subidas, uma ou outra eu e o João subimos a correr, mas quando veio uma descida mais longa, logo começamos a ser ultrapassados...Previsível. E sim...o ministro ultrapassou-nos a bom ritmo e nunca mais o vimos...

A partir daqui  apanhámos algumas zonas planas mas com o vento de frente, o que significa que íamos a fazer um esforço maior para conseguirmos avançar. Depois era só descer e descer e descer. Ah, e ser ultrapassados =P
Aqui comentei com o João que acho que facilmente também nos podemos lesionar em trilhos. O alcatrão e as provas em alcatrão podem ser mais agressivas para as articulações, mas o que dizer das pedrinhas e dos constantes desniveis no chão nos trilhos? E das descidas? Também não são boas para as articulações, pois o meu joelho direito começou logo a dar sinal. Também por várias vezes ia torcendo os pés, pois neste tipo de trilhos é preciso ter muita atenção onde e como colocamos os pés. Acredito que seja mais fácil com uns ténis apropriados, mas não há milagres e acho que tanto em trilhos como em estrada poderemos lesionar-nos. Podem é ser tipos de lesões diferentes.
Claro que posso estar mais "sensível" em relação a lesões por causa da história toda das canelas, mas isto é o que sinto. 

Quando já tinhamos descido muito, seguiu-se uma breve subida. Yupi! Fiquei tão contente por estar a subir que até acelerei um bocadinho. Depois era novamente a descer já na recta da meta. Terminámos a sprintar =) e marcámos o tempo de 1h41m.
E terminei a pensar que soube a pouco. Foram 11 km e qualquer coisa, mas apetecia-me mais. 

No final tivemos direito a t-shirt, pão com chouriço, sumo, maçã e um chocolatinho. Mhan mhan...
A organização esteve impecável, o percurso esteve muito bem assinalado, não faltaram abastecimentos e pessoas simpáticas.

A próxima prova será de estrada, a Corrida do Oriente. Gosto muito destas provas em trilhos, mas também adoro as de estrada. Têm características diferentes e ambas têm pontos bons e pontos menos bons.
A Corrida do Oriente será especial, pois há 1 ano atrás foi a minha primeira corrida de 10 km. Por isso é a primeira prova que repito e tenho andado muito entusiasmada com isso.

Amanhã volto aos treinos, provavelmente em Monsanto, nuns trilhos que nada têm a ver com os do Guincho ;)

Boa semana!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Um treino...durinho no Jamor

Depois de o João se ter juntado a mim já por duas vezes em Monsanto, foi a minha vez de experimentar correr num sítio que fica relativamente perto, mas nunca calhou ir lá treinar. Após o nosso treino em conjunto na passada quarta-feira, combinámos um treino para o Jamor.

O treino começou com o Nani. Ainda não tinhamos começado a correr e eu avistei o jogador da selecção nacional de futebol. Completamente histérica corri para ele a gritar "Nani, Nani!". Hehehe. Enganei-vos bem...Na realidade apenas comentei com o João, "olha o Nani". E foi isto.
O plano era correr 15 km num percurso variado, mas que apenas o João conhecia. Na minha cabeça eu imaginei um percurso acessível...

Começámos de facto numa zona com um percurso acessível, junto ao lago com o percurso para a canoagem. Demos umas  voltas por ali, eu tirei esta foto à pata e aos patinhos.


Já que ia com o tlm na mão tirei outra foto:


É ou não um sítio agradável para se correr?
Depois subimos até ao Estádio Nacional e descemos por um caminho de cabras. Seguimos então para a zona de cross, onde demos lá umas belas voltas e fizemos algumas subidas mais durinhas. Também corremos numas zonas com areia. Já posso dizer que já corri em areia =P Mas foi só uns metros e não achei muita piada, pois os pés afundavam-se na areia.
Uma foto da zona do cross:
João Lima de preto...
Quem é que o reconhece? =)
Mais ou menos pelo km 8 comecei a sentir-me mais solta, porque para variar os primeiros kms foram mais custosos e as minhas pernas iam naquele "Epá, mas esta gaija é doida? Mas o que é que ela quer? Correr? Nem pensar!"

Descemos umas escadas, que mais tarde viríamos a subir e mais ou menos pelo km 9 é que finalmente fomos beber um pouco de água e molhar a cara. Seguimos caminho e o João só me disse assim "Lembras-te daquela descida que fizemos à bocado? (a do caminho de cabras). Ele não precisou de dizer mais nada, percebi logo que iríamos subi-la. E assim foi. Enquanto quase todo o treino foi feito na conversa, nesta altura  pouco ou nada dissemos. Quando a subida acabou estávamos de novo junto ao Estádio Nacional.

Pois...eu sei...que não se vê nada por causa do sol..
Mas imaginem o Estádio Nacional e mais umas bancadas extra
por causa da final da Taça no domingo.
Andávamos pelo km 10 e a fase seguinte viria a revelar-se a mais dura. Iriamos meter por uns trilhos completamente desconhecidos para mim. O João disse "Vamos acabar o treino a descer." Não percebi...Após alguns segundos de raciocínio lento percebi...Para acabarmos a descer primeiro teríamos que subir!!!

Almoçar favas num dia em que vamos correr 15 km por caminhos algo sinuosos não é boa ideia. Por esta altura comecei a sentir-me pesada e ainda por cima a subida tinha imensas pedrinhas que rolavam por baixo dos nossos pés. 

Quando a subida terminou chegámos ao cimo e a vista era espectacular. Primeiro disse ao João que nem estava em condições de admirar a vista, mas depois acabei por tirar o telemóvel e tirar algumas fotos.


As fotos estão meio tortas, tal e qual como a fotógrafa já ia...
Mas dá para ver que a vista é bem bonita.
Seguiu-se talvez a minha parte favorita, ou pelo menos uma das favoritas. Até me esqueci que estava cansada, vejam lá!
Não havia por ali mais ninguém...humano....porque de repente começaram a saltar à nossa frente vários coelhos. Primeiro vimos um. E só por ver um coelho eu já teria achado piada. Mas depois passou outro à nossa frente e mais outro, e mais outro... Vimos uma dúzia de coelhos ou mais. Uns maiorzinhos que outros e todos uns bons metros à nossa frente. Tão fofinhos, tão amorosos, tão queridos! Adorei!
Quanto a fotos...eu tentei, sabem? Mas os sacaninhas eram tão rápidos que quando eu carregava no botão, já eles tinham desaparecido no meio dos arbustos. 

Ele deve estar ali no meio dos arbustos...
Depois da emoção dos coelhos ter passado, eu voltei a sentir-me cansada e ainda havia mais uma subida. Why??? Depois era sempre a descer. Mas já nem a descer eu conseguia acelerar. As favas ainda pesam!
Íamos com 14 km e o João perguntou-me se eu queria parar, porque, palavras dele, eu ia com cara de morta...Podia parecer morta, mas ainda estava viva e disse que não. Não íamos parar com 14, íamos continuar até aos 15. E assim foi. 15 km feitos. 

Ao que parece há um percurso um pouco mais duro do que este que fizemos ontem. Já disse ao João que para a próxima fazemos esse! =) Sou ou não sou maluca? Ainda agora saí dum e já me quero meter noutro pior. Mas a verdade é que eu gostei bastante do treino. Foi super diversificado, quer em paisagens, quer em pisos (desde alcatrão, a erva, a terra batida, a pedras, a areia), com subidas e descidas, com escadas, com patos e coelhos e muitos, muitos mosquitos =P O que é que se pode pedir mais? Ah, já sei, um coelho fotogénico que pose para a fotografia. Hehehehehe.

Boas corridas!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Correndo outra vez no Inverno?!?...

É oficial...o tempo está maluco. Já ando eu com um bronze à camionista e volta o frio e a chuva...Não estou a gozar quanto ao bronze...A minha cor de pele muda não só nos braços (por causa de t-shirt), mas também nas pernas acima do joelho (por causa dos calções de corrida...) e na zona dos tornozelos (por causa das meias...). Portanto, correcção, não estou com um bronze à camionista, estou com um bronze à atleta =)

Na sexta-feita fui correr novamente a Monsanto. Foi onde as minhas pernas me levaram e olhem que elas não me queriam levar muito longe. Mas eu prefiro não falar sobre o assunto. Isto vai ao lugar. Ai vai vai!
Ainda apanhei sol mas o vento foi o pior, pois acabei por seguir pela ciclovia até Sete Rios e na volta levava com o vento e o sol de frente. Não foi dos momentos mais agradáveis em corrida. Depois entrei novamente para Monsanto, mas como não havia muita gente acabei por sair de Monsanto mais à frente já rumo  a casa.  
Quando estava mesmo a terminar a minha corridinha fui brindada com uma bela descarga do S. Pedro. Toda encharcada segui para casa.

Ontem fui correr ao fim do dia, uma corrida mais curta, dei apenas umas voltas pelas hortas e voltei para casa.

Esta semana o bom tempo parece estar de volta. Só espero que os treinos corram todos bem, culminando no domingo com uma bela prova pela zona do Guincho e Serra de Sintra :)

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Monsanto, com e sem companhia

Após a Meia de Setúbal pedia-se um treino calminho. E foi o que fiz na terça-feira. Saí ao fim do dia para uma corrida muito ligeira de cerca de 30 minutos. Local de treino: Monsanto (óbvio). As pernas ainda se ressentiam um pouco da Meia, e ainda por cima foram só 30 minutos...um aquecimento...não se pode propriamente dizer que cheguei a treinar =P
Estava uma grande ventania e estar em Monsanto com as árvores todas a abanar e o vento a assobiar não é muito reconfortante, por isso dei uma voltinha pequena por lá e voltei para trás.

Ontem, novo treino em Monsanto, mas desta vez com companhia =)
Depois deste treino com o João, ele manifestou interesse em voltar a treinar comigo em Monsanto, mas desta vez sem lama. Combinámos para o final da tarde, mas antes do jogo do GRANDE BENFICA.

Só um pequeno parêntesis sobre futebol. 
Ninguém merece! Perder novamente da mesma maneira...E ainda por cima jogámos tão bem. Fiquei um bocadinho triste. Não gosto de perder assim. Quando o SLB joga mal e perde, sou a 1ª a dizer "É bem feita." Mas assim...assim não. Rapazes vocês portaram-se bem.
Fim do "parêntesis".

Voltando ao treino de ontem. 
Desta vez começamos a correr aqui perto de minha casa e fizemos o percurso que costumo fazer habitualmente até Monsanto. Passámos pelas hortas (meu primeiro local de treinos na rua) e seguimos em direcção a Monsanto. Chegados à grande mancha verde de Lisboa seguimos em direcção a Sete Rios e metemos pela ciclovia. Antes de chegar a Sete Rios voltámos novamente para dentro rumo ao Parque do Calhau, subimos até ao moinho que tem uma bela vista sobre Lisboa e voltámos a descer. Demos a volta pelo parque sempre a conversar e iniciámos a viagem de regresso, mas por dentro de Monsanto. Ainda fizemos umas boas subidas, e eu cheguei a comentar que o ideal era se tivesse o Spike a puxar-me...hehe.
Por vezes o vento estava de frente e custava um pouco mais a correr, mas também houve algumas alturas em que o vento nos empurrava. Assim sim! =)
Saímos de Monsanto e rumámos novamente a Benfica.
Corremos cerca de 9,4 km e soube muito bem.

João, quando quiseres novo treino em Monsanto já sabes =)
E vocês, caros leitores, quando quiserem juntar-se a mim para um treininho em Monsanto é só dizerem ;)
(não esquecer que corro devagarinho, principalmente nos primeiros 40/50 minutos)

Amanhã há novo treino, mas ainda não me decidi se vou logo de manhã ou se vou ao final da tarde. 
Também não sei se volto a Monsanto ou se vou ao EUL ou a outro lado qualquer. 
Quando não sei bem onde vou, o mais certo é sair rumo ao desconhecido e ir até onde as minhas pernas me levarem (pernocas, vejam lá onde me levam).

Boas corridas pessoal!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Meia-maratona de Setúbal e os treinos semanais

Não tive uma boa semana. Não tive. 
Mas nada como correr para aliviar o coração e a mente. 
Não estou a dar-vos nenhuma novidade. Vocês sabem como é. Correr nem sempre resolve as coisas, mas alivia-nos.

Na semana passada fui correr terça e quinta-feira. Aproximava-se a minha quarta meia-maratona.
Terça fui correr 45 minutos a Monsanto. Gosto muito de correr acompanhada, mas quando estamos em baixo há poucas coisas melhores do que correr sozinhos e sem um rumo certo. Vamos indo. E então no meio da natureza é ainda melhor. Teve um efeito calmante em mim. É nestas alturas que eu duvido que alguma vez vá deixar de correr. Correr é demasiado bom. Demasiado.

Quinta-feira fiz o oposto do treino de terça e fui correr na passadeira do ginásio. Acabei por optar por uma espécie de fartlek para melhor passar o tempo. Fui alternado ritmos e lá me aguentei 40 minutos.

As coisas foram melhorando ao longo da semana e eu fui ficando mais animada. Felizmente tinha 21km para correr no domingo. E o ambiente de uma corrida anima sempre uma pessoa. Fui com a Mafalda e com o João, ambos uma excelente companhia. E chegados a Setúbal encontrámos várias pessoas conhecidas, algumas deste mundo dos blogues, outras não. Gostei de os ver a todos.

Fui aquecer com o João e encontrámos a Ana que se juntou a nós. Mais tarde o Vitor também se juntou a nós. Após dado o sinal de partida, rapidamente perdemos a Ana e o Vitor, ou seja, eu e o João ficámos confortavelmente para trás. O plano era irmos nas calmas. Porque raio eu não me fiquei por este plano? Mas já lá vamos.
Eu e o João seguimos nas calmas e juntou-se a nós outro atleta que eu não conhecia, o João Martins, um ultra-maratonista! Mete respeitinho, não mete?
Fomos os 3 nas calmas sempre na converseta. Logo no ínicio passou por nós um atleta com um grande futuro (memorizem bem, pois ele tem um grande futuro!), um puto ainda novinho que ia cá com uma pedalada e ia na boa. Claro que o pessoal ia todo a incentivá-lo e a torcer por ele. Mais à frente ultrapassámo-lo, mas olhem que ele ia bem e continuou a correr. Não sei se correu só umas centenas de metros ou se correu mais, mas eu achei o puto com pinta de futuro maratonista :)
Os primeiros kms eram pelo meio da cidade e nalgumas zonas haviam várias pessoas a apoiar-nos. Povo de Setúbal, vocês são uns porreiros!

Depois de dada a voltinha à cidade metemos por uma estrada sem fim. Daquele género que eu não gosto nada. É o "sempre em frente" e depois "volta tudo para trás". Fomos sempre na conversa até por volta do km 8/9 onde eu comecei a correr ligeiramente mais depressa e o João disse-me para eu seguir. Not the plan! Eu disse que não, mas ele insistiu e eu lá fui. Fui, admito, com alguma esperança na probabilidade de bater novamente o meu recorde na Meia. Estava delirante (deve ter sido da cabeçada que dei na sexta e que me deixou com um grande galo). Quando deixei os Joões, o João Martins disse-me "Vai. Aproveita bem que eu já te apanho.".Pensei que ele estava a  brincar...

Fui correndo e comecei a passar por várias pessoas que já vinham no retorno, vou ver se não me esqueço de ninguém, mas se alguém falhar peço imensa desculpa. O Sílvio passou por mim e eu nem o via, mas ele lançou-me um "Força Isa" e eu olhei para trás e lá o reconheci e retribui com um "Força Sílvio". Também passei pelo bluesboy, pelo Pedro, pelo Vitor, pela Ana e por mais pessoas, algumas não reconheci, possivelmente leitores do meu blogue. A todos acenei ou disse um "força". Nesta altura eu ia bem, ia feliz, ia a correr bem, sem grande esforço. A recta ainda era longa e estava calor, o meu velho amigo. Cheguei ao retorno bem e iniciei a volta. Cruzei-me com os Joões e segui bem. Por volta do km 13/14 comecei a perder um pouco o gás. Não ia mal, mas já não tinha o gás inicial. Felizmente os abastecimentos não falharam e eu tive sempre água para beber e molhar-me. Antes do último abastecimento havia uma subida ainda puxada, mas lá a fiz. O percurso desta prova é essencialmente plano, mas ainda tem algumas subidas e consequentes descidas. A paisagem é bonita, pois vamos junto ao Sado e com vista para a Arrábida. Ainda olhei algumas vezes para o rio a ver se via golfinhos, mas não os avistei.

Penso que foi depois do abastecimento que comecei a ouvir passos atrás de mim...
Ele não estava a brincar...
O João Martins apanhou-me! 
Seguiram-se 5 km de loucos. O João Martins (daqui para a frente apenas João) convenceu-me que eu conseguiria fazer abaixo das 2h (estava em delírio também =P). E agora reparem neste pequeno pormenor: "Temos 25 minutos. É só fazermos 5min/km.". A Isa ainda delirante do galo na cabeça convenceu-se que talvez fosse possível. Mas a Isa de hoje, com o galo a desaparecer, sabe que 5min/km é demais para ela, ainda por cima com calor, ainda por cima depois de mais de 15 km em cima.
Portanto, o que aconteceu? Colei-me como uma lapa (quase) ao João. Num ritmo que para mim é de doidos. Até na subida do viaduto corri a uma velocidade claramente elevada para mim. O João ia dizendo que era possível, ia dizendo para eu não desistir, ia dizendo para eu ir com a minha mente para outro lado, para imaginar que estava na praia, ia dizendo para eu respirar bem. Eu queria abrandar e comecei a ficar para trás, mas sempre que eu começava a ficar para trás, ele dizia um "Não desiste!" ou um "Anda!" e não me dava hipótese. O que pensei eu para mim? "Porque não fiquei sossegadinha com o João?!?". Mentalmente fui-me um bocado abaixo, mas lá continuei sempre a correr. Eu senti-me um bocado na tropa, confesso. Ele era implacável. Mas foi 5*. Quando percebemos que não dava para fazer abaixo das 2h, ele perguntou-me qual era o meu melhor tempo numa Meia e convenceu-se que conseguiriamos baixar esse tempo. Aquele ritmo era demais para mim e eu disse-lhe a palavra (que eu não gosto nada de usar, mas usei) "É impossível". Ele disse que não era. Mas como eu já vinha claramente a quebrar, e era só ver a minha cara para o perceber, as pernas não obedeciam e eu não conseguia dar muito mais. 
Outro pensamento que me passou pela cabeça enquanto corria claramente em esforço foi que não queria bater o meu recorde assim. A Meia de Almada foi perfeita, senti-me sempre tão bem, corri tão bem. Qual o gozo de batermos o recorde mas sem o verdadeiro prazer da corrida? Por isso, estou muito feliz por não ter batido o meu recorde. 

Quando finalmente cruzámos a Meta, o ultra-maratonista ia na boa, eu estava de rastos. O meu relógio marcava 2h03m58s, o meu segundo melhor tempo numa Meia e claramente uns 5 ou 10 minutos melhor do que eu estava à espera para esta prova.

Eu gostei bastante desta prova. O povo sadino a apoiar nas ruas, os abastecimentos não falharam, os quilómetros todos marcados, o percurso é bonito apesar da recta ser monótona e se não estivesse calor talvez os km finais não tivessem sido tão custosos. O João Martins foi 5* e nunca me deixou, sempre a puxar por mim. 

No final tomei uma bela banhoca e depois seguiu-se um agradável picnic com o João Lima e a Mafalda Lima.

A próxima prova é daquelas para fazer na boa e para desfrutar do "passeio", a Corrida do Guincho.

Fotos para mais tarde recordar:
4 ao km
Foto tirada pela Mafalda Lima
No convívio com o casal Lima, o Pedro e o filhote e a Carla.
Foto tirada pela Carla
Com a Ana Pereira e o João.
Foto tirada pelo pai da Ana.
João Martins, João Lima e eu, primeiros kms.
Foto tirada pela Carla
Lá vimos nós ainda nos primeiros kms.
Foto tirada pela Mafalda.
Chegada à meta.
Do lado direito o João a liderar,
do lado esquerdo a amarelinha a ficar para trás...
Foto tirada pela Mafalda

domingo, 5 de maio de 2013

Corrida Terry Fox

Não se deixem enganar pelo título, pois para mim e para a minha mãe foi caminhada.
O ano passado já tinha ficado curiosa com esta corrida, principalmente porque nunca tinha ouvido falar do Terry Fox e fiquei impressionada com a sua história. Por isso este ano não quis deixar de estar presente. Convenci a minha mãe a vir comigo e tivemos uma manhã bem passada onde não faltou o sol, água e um geladinho no fim :)

Na próxima semana é para fazer treinos mais "softs", pois as últimas semanas têm sido recheadas de quilómetros. No domingo, dia 12, será o dia da minha 4ª meia-maratona. Can't wait! =)

Boa semana e bons quilómetros!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Corrida do 1º de Maio

Há coisas muito estranhas e uma dessas coisas é que eu nas 3 corridas de 15 km que fiz até hoje estou sempre adoentada ou tive adoentada nos dias que antecedem a prova. Caramba, será que o meu corpo está-me a dizer alguma coisa? Isa, 15 km não! Corre 10, corre 21, mas 15 não!...

13 de Janeiro - Corrida de S. Domingos - tinha tido febre no dia anterior e fiz uma prova muito chochinha em que demorei 1h40 para percorrer os 15 km;
10 de Março - Corrida das Lezírias - tive uma constipação nos dias anteriores à prova e cheguei ao dia da prova ainda com o nariz um pouco entupido, felizmente esta prova correu bem melhor que a anterior;
1 de Maio - Corrida Internacional 1º de Maio - algures entre a 1ª e a 2ª.

O que será que me espera na Corrida das Fogueiras? ....

Pois é, mais uma vez fiquei adoentada no dia anterior a uma prova de 15 km, eu digo adoentada, porque doente é quando nem conseguimos sair da cama e felizmente já não estou realmente doente há muito tempo.

Desta vez o meu problema são as dores de garganta e o nariz entupido. Não tive febre nenhuma.
Felizmente quando a companhia é boa, acabamos por quase nos esquecer que temos dores de garganta e conseguimos divertir-nos. 

João Branco, João Lima, eu, Eberhard e em baixo a Sandra
Quando fizemos o aquecimento senti que estava um bocado "perra", mas o importante era ir correndo nas calmas que ainda estávamos a recuperar da Meia de Almada.
E lá começámos nas calmas.
eu, João e Marta dos Bip Bip Runners,
acabámos por seguir sempre os 3 juntos
Prova número 1 que eu ia a arrastar-me: por volta do km 2 ia-me estatelando no chão. Não me perguntem como. Felizmente foi só o susto.

Os primeiros kms custaram-me um bocado, a respiração ia mais ou menos, a garganta ia seca e as pernas não colaboravam.
Depois na Avenida da Liberdade comecei a sentir-me melhor e acelerámos um bocado os 3, nesta altura os restantes companheiros já tinham seguido. Já íamos no km 7 e ainda não tinhamos chegado ao abastecimento...até que olho para o chão e começo a ver montes de tampinhas, muitas, muitas tampas. E água? Nem vê-la. Já tinha acabado... Eu vinha desde o Marquês de Pombal a dizer ao João e à Marta que já me vinha a calhar beber um pouco de água, não tanto pelo calor, que mal se fazia sentir, mas mais por sentir a garganta seca. Felizmente que eu ia bem disposta nesta altura, mas se estivesse calor teria sido muito mau a falta de água.

Nesta altura até me ia a sentir bem, mas pelo sim pelo não entrei num café depois do Terreiro do Paço e pedi um copo de água. Os meus companheiros esperaram por mim e lá seguimos todos juntos rumo à Almirante Reis. 

No inicio da corrida eu preparei-me mentalmente para a eventualidade de ter de andar na Almirante Reis, mas sabe-se lá como não me custou por aí além (nesta altura continuava a sentir-me mais ou menos bem). Até me custou menos que no treino dos 24 km, talvez por nesse dia já ir com muitos mais km em cima. 
A meio da subida havia água. Thank you!
Aguentei-me relativamente bem e até sorrimos e acenámos ao pessoal que estava a apoiar-nos na Alameda:


A parte final da Almirante Reis é que custou mais e a respiração ia controlada, mas mais acelerada.

Prova número 2 que eu ia a arrastar-me: Depois de acabar a subida, ia eu a tentar voltar a respirar mais calmamente e havia um tubo qualquer no chão. Sim, voltei a tropeçar e voltei a quase cair. Quase.

À 3ª é de vez?

Depois de ter passado a Almirante Reis voltei a sentir-me mais chocha, houve uma altura ou outra em que acelerámos um nadinha para logo depois eu começar a perder forças e atrasá-los novamente. A menos de 1 km da meta eu disse "Estou farta de correr". E estava. Queria parar e ir para casa dormir um bocadinho, mas o João lá me convenceu que a meta era já ali e eu lá continuei a arrastar-me. Ainda fizemos um sprint no final e acabámos com 1h32m.
Obrigada companheiros
Não desgostei desta corrida e tirando o facto de faltar água (grave e poderia ser bem mais grave se estivesse mais calor) penso que não houve mais falhas. Apesar de meia adoentada, até houve umas alturas em que me senti bem e fiquei feliz por me ter aguentado bem na Almirante Reis. 

João Branco e todos os amarelinhos presentes: Orlando, eu , João e Eberhard
e  o casal Nuno e Sandra
Felizmente, não houve terceira "quase queda" =P