terça-feira, 29 de setembro de 2015

Reportagem Rocha da Pena

Olá pessoal!

Lembram-se de vos ter falado que na Rocha da Pena fomos brevemente entrevistados para uma reportagem no âmbito de Loulé ser a Capital Europeia do Desporto?
Ora aqui vai essa bastante interessante reportagem onde felizmente houve uma excelente edição, não se notando nada a falta de jeito que eu tenho para isto ;)

https://vimeo.com/140190975

Ah Rocha da Pena não esperas pela demora!
Para o ano não nos escapas! :)

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Meia Maratona de Setúbal, mais uma corrida a repetir

Fantástica mas muito dura esta nova Meia de Setúbal!
Mas é uma óptima sensação conseguir terminar mais uma meia.

No passado domingo fomos até Setúbal para fazer mais uma meia de preparação para a Maratona de Lisboa. Foi a segunda edição desta prova que completei, mas este percurso era completamente diferente de há dois anos. O outro era muito mais monótono mas rápido, este actual é muito mais bonito mas muito duro.

Fomos até Setúbal com o João, a Mafalda e a Joana e lá encontrámo-nos com a Sandra e com o Nuno.
Fomos dos primeiros a levantar os dorsais e este será talvez o único ponto que não correu tão bem. Houve algum atraso na entrega dos dorsais que só começou já eram 8h e depois começaram a formar-se filas bem grandes e que andavam devagar. Começámos a ver o tempo a apertar e estávamos já a prever que o inicio da prova iria atrasar, mas a organização colocou mais pessoas a entregar dorsais e a coisa lá começou a andar bem mais rápido.

Os 4 ao km presentes :)

Partida dada junto ao centro comercial Allegro às 9h30. 
Ainda bem que a partida foi a esta hora pois mesmo a esta hora já se fazia sentir calor, agora imaginem à hora de almoço.

Começámos devagar, nas calmas, cedo a malta amiga seguiu e ficámos os dois. 
Primeiro subimos um pouco para depois descermos em direcção à cidade. Percorremos a Avenida Luísa Todi em direcção ao Estádio do Bonfim onde estava o primeiro abastecimento. 
Vamos nós a correr e de repente começo a ouvir alguém a gritar "Vamos lá 4 ao km!!!". Era o meu pai :) Não estava nada à espera da surpresa e aquilo animou-me logo e acho que foi a partir daí que começámos a correr um pouco mais rápido, pois pouco depois estávamos a apanhar os amigos Sandra, Nuno e Pedro Burguette. 

A partir daí seguimos ainda muito tempo com eles.
Depois da passagem pelo estádio, regressámos à Av. Luísa Todi e seguimos rumo à serra...Quando aquilo começou a subir...Ca ricas rampas!!! Inclinadas! O que vale era a vista fantástica sobre Tróia e o Sado. De um lado tínhamos o Sado e as praias, do outro arvoredo. Muito bonito!

Quando pensávamos "Ai ca bom, uma descida!", logo a seguir vinha mais uma subida nada fácil!
Estava a ser bem duro, muito calor e subidas do caneco! Felizmente havia algumas sombras.
Cedo comentávamos entre nós qual seria a Meia mais difícil, esta ou a das Lampas. Eu estava a achar esta mais difícil, as subidas estavam a aparecer mais concentradas num curto espaço de tempo e algumas pareciam-me bem mais inclinadas.

Foi neste sobe e desce, mais sobe que desce que chegámos à zona de retorno por volta do km 12, entretanto já nos havíamos cruzado com malta amiga, inclusive com o João que ia num grande ritmo!

Quase a chegar ao retorno.
Foto tirada pelo André Noronha.
Por volta do km 18 a avistarmos a Mafalda e a Joana.
Depois do retorno ganhei algum gás e comecei a acelerar um pouco, o Vitor não teve outro remédio senão seguir a sua donzela (eheheh), os amigos Sandra, Nuno e Burguette ficaram um pouco para trás.
Sentia-me com mais pica, talvez por já estarmos a regresssar e conseguimos fazer as restantes subidas num ritmo bastante aceitável, até ultrapassámos alguns atletas. Entretanto o Burguette ultrapassou-nos, disse que ia tentar apanhar o João e assim o fez.

Nós fomos bem, dentro dos possíveis, até por volta do km 18. Nesta altura já era completamente plano até à meta mas estávamos a passar mesmo ao lado da meta e ainda tinhamos que fazer novamente a Avenida Luísa Todi e passar novamente no estádio. Aqui perdi um pouco do gás mas o meu pai foi aparecendo em mais sítios para nos apoiar e a gente lá foi prosseguindo.

A passarmos pelo meu pai.

Por volta do km 20 olhei para o relógio e vi que ainda havia hipóteses de bater o tempo da meia das Lampas e assim voltei a acelerar até à meta. A prova acabou por ter uns 200 m a mais e foi por pouco que não melhorávamos o tempo das Lampas. Acabámos por fazer mais uns segundos, com os relógios a marcar 2h13m.

YUPI!
3 amarelinhos cansados mas felizes porque correm por gosto.

Foi muito bom e ficámos na mesma satisfeitos, tendo em conta que estava bem mais calor nesta meia e que esta prova, em dificuldade, faz concorrência às Lampas.

No final água, maçã e uma gelatina de frutas muito boa.
A t-shirt da prova é cor-de-rosa e atrás diz "Eu corro por gosto" =) Bem verdade!

Adorámos esta prova, a manterem este percurso é para regressar. Percurso bem bonito, principalmente na parte mais difícil. E bem duro.

No final a malta foi tomar banhoca aos balneários disponibilizados pela organização e depois fomos relaxar num belo picnic. Um belo dia!

Convívio final.
Obrigada a todos e obrigada pai :)

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Novos ténis de estrada e 20 km pela Serra de Sintra

Ultimamente só fazemos (fazemos é como quem diz...eu faço...) relatos de provas mas como calculam para conseguirmos ir às provas temos que treinar eheheh. Nem sempre treinamos aquilo que queremos durante a semana mas lá nos vamos desenrascando.

Os treinos das últimas semanas já foram feitos com os meus novos ténis de estrada que, como mulher que sou, vou já passar a exibir o modelito :)

Fashion, não são? ;)

Desde que corro que sou fiel à mesma marca no que toca a ténis de estrada. Se funciona, porquê mexer? Desde o meu primeiro par que corro com ténis da Skechers. Claro que se o meu primeiro modelo foram os ténis Go Run. Assim sem mais nada. Estes novos já são os Go Run Ride 4.
Para quem não conhece a marca, estamos a falar duma marca a puxar para o minimalista, ténis super leves e confortáveis. Até hoje não me dei mal e só de pegar noutros ténis de outras marcas acho logo que são pesadíssimos e demasiado "rijos" por isso a escolha recai sempre na Skechers.
Após vários treinos com eles, estreei-os em prova na Meia das Lampas e a julgar pela forma como corri acho que novamente escolhi bem :)

E agora virando o ponteiro para os trilhos...
Como tínhamos aqui umas fotos todas catitas de um treino que fizemos para os lados de Sintra aqui vão elas :)
Foram 20 km na Serra de Sintra no fim-de-semana anterior aos Trilhos dos Templários.


Uma fonte com água bem fresca na subida à Pena.
Fenómeno lindo.
Nuvens abaixo de nós.



Barragem do Rio Mula com bem menos água que no Inverno.




Vê-mo-nos na Meia de Setúbal!!!
Boas corridas!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Meia Maratona das Lampas, que regresso tão delicioso à estrada!

Desde inícios de Junho que não fazíamos uma corrida de estrada!!!! Foi a Corrida do Oriente com 10 km. 
Portanto podem imaginar a ressaca... ;)

Pior!!!! Desde Março que não corria uma Meia!!!! Como é que cheguei a Setembro só com uma meia-maratona no ano??? Eu que adoro meias?!?!?!?

E que alegria foi rever tantos amigos e correr nesta maravilhosa meia-maratona.

Tal como o Marco Paulo eu também tenho dois amores e não tenho a certeza de qual eu gosto mais. Eheheh :) Adoro trilhos mas também adoro estrada. E não consigo viver muito tempo sem um nem outro.

Que sensação fantástica estar no meio de tanta gente bem disposta e prestes a correr uma meia-maratona.

Eu e o Vitor juntámo-nos aos amigos João Lima, Sandra e Nuno e fomos até São João das Lampas para celebrar a corrida. Porque esta Meia é uma celebração de tudo o que significa a corrida. Amizade, boa disposição, alegria, desafio.

Foi muito bom rever tantas caras conhecidas e conhecer novas caras.
E o Fernando Andrade e toda a organização mais uma vez de parabéns por porem de pé uma corrida fantástica e exemplar.

Os 4 ao km presentes,
Vitor, eu, Cravo e João Lima.
Foto tirada pela amiga Sandra

Aquecemos com o nosso companheiro de equipa, o João Cravo, e dirigimo-nos para a partida, cada um com as suas dúvidas. Eu e o Vitor por não fazermos provas de estrada há algum tempo e por virmos duma ultra há menos de uma semana. O João (o Lima) por ter estado lesionado e estar novamente com aquele problema pulmonar. O João (o Cravo) ao que parece não tem treinado tanto.

Tudo nervoso e com dúvidas mas a verdade é que nos safámos todos muito bem :)

Assim que foi dada a partida, começou a festa. Fiquei tão entusiasmada que ia a liderar a equipa e a puxar por eles a 5 e tal de média.
Primeira grande descida e eu a embalar por ali abaixo. Tão bom! Que paisagem fantástica!
Que saudades duma prova de estrada! Que saudades duma meia!!!! Esta distância é bem capaz de ser a minha favorita. Adoro, adoro, adoro meias! E esta em particular é possivelmente a melhor que conheço. Reúne todos os requisitos.







Depois da grande descida, veio a grande subida. As subidas custaram um pouco mas fizeram-se, ainda não estamos a 100% depois dos Templários o que é perfeitamente natural.

Não só o percurso desta meia é bem bonito, como o apoio é único. É capaz de ser a meia-maratona que conheço com mais publico a apoiar, as pessoas vinham à porta de casa apoiar-nos e baterem palmas. Sempre que viam uma senhora o apoio era ainda maior. Força senhora! Força menina! :)

Ia a sentir-me super bem e por estranho que possa parecer ia a adorar as dificuldades, ia a adorar estar em esforço, estar a dar o tudo por tudo para correr naquelas subidas. Sim, ia a adorar o sofrimento. Mas vocês percebem e sabem bem do que estou a falar. Quem não corre deve pensar que somos loucos, mas há um sofrimento bom no acto de correr. 

Tiraram-nos várias fotos ao longo da prova e em quase todas elas estou a sorrir, verdadeiramente feliz por fazer parte desta festa que é a Meia das Rampas, ai enganei-me, Meia das Lampas ;)
Nas subidas notava-se o esforço mas consegui ir sempre a correr e é como digo, soube-me bem o esforço.

O casalito.
Foto tirada pelo André Noronha.

Fomos sempre em formação cerrada, a armada dos 4 ao km. E que bem soube correr em equipa. Por vezes uns mais à frente, outros mais atrás, mas sempre juntos. E a malta sempre a apoiar.

Por volta do km 18 sabia estar a ultima subida e depois seria sempre a descer até à meta. Aí descolámos um pouco do João, o Cravo já tinha ficado para trás (ele depois fará o seu relato eheh) e embalámos por ali abaixo em direcção à meta, onde tal como no ano passado estavam a dar rosas às senhoras para cortarem a meta com a rosa na mão. Cortámos a meta de mãos dadas e com um sorriso na cara, verdadeiramente felizes e satisfeitos com as nossas 2h12m. Bem longe do tempo do ano passado (2h05m) mas ainda assim melhor 2 minutos que a primeira vez que fiz esta corrida.

Completei assim a minha 14ª meia-maratona e o Vitor a sua...pois...nem ele sabe...mas já tem com certeza para cima de 20 ou 30.

À chegada esperava-nos uma bonita medalha, fatias de melancia mham mhan, pacote de batatas fritas e biscoitos caseiros. Que mais se pode pedir?

Esta prova é excelente, tem bons abastecimentos com o final a ser excelente. A paisagem é linda, há marcação dos km's, muito apoio do público, corte de trânsito e ainda por cima rosas para as senhoras! Uma corrida 5*. A repetir. Sempre.

Obrigada aos amigos Sandra e Nuno. Adorei rever-vos :)
Obrigada aos companheiros desta maravilhosa equipa, João Lima, João Cravo e Vitor por terem partilhado comigo tão deliciosa prova.
E um obrigada especial ao meu Vitor, mais uma prova que completamos juntos.

Caso ainda não tenham percebido, fui verdadeiramente feliz nesta corrida.

Se por um lado tive vários meses sem fazer uma prova de estrada, especialmente meias, agora vou tirar a barriga de misérias e fazer já outra meia no próximo domingo :)
Vamos à Meia de Setúbal que este ano tem novo percurso. Bem mais bonito mas...bem mais duro...Fixe! =P

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Trilhos dos Templários, ou 50 km com altos e baixos

Surpresa!
Passadas 3 semanas da Rocha da Pena os malucos foram a outra ultra....Craaaaazyyyyyy....

Calma, não ralhem conosco, eu posso explicar.

Já estávamos inscritos há imenso tempo, desde inicio de Julho. O ano passado fizemos esta prova, versão 30 km e gostámos muito, achámos relativamente acessível. Esta ano soubemos que havia uma versão com 50 km. Precisamos de ultras nas pernas se queremos o que queremos para 2016 por isso esta pareceu-nos uma boa opção. Dentro do estilo ultra, 50 km ainda é uma distância aceitável. Para além disso havia outros factores a favor, o desnível positivo não era nada de extraordinário e não haviam tempos limites. Bora nessa!
Ora se já estávamos inscritos 2 meses antes não íamos desistir antes mesmo de tentarmos!

Entretanto fomos às outras duas ultras, Óbidos com 57/8 km que terminámos mas que não fomos classificados e Rocha da Pena em que tivemos que desistir ao km 41.
Apesar de não estarmos classificados, temos os pratos de finisher de Óbidos que entretanto nos foram gentilmente enviados :)

Dois pratos (ou travessas como preferirem)
que nos enchem de orgulho.

Mas retomando este relato. Depois da desistência na Rocha da Pena, a pressão sentida para completar os Templários era notoriamente maior, daí nem termos dito nada aqui no blogue. 
Tínhamos que conseguir terminar isto! Duas desistências seria um enorme balde de água fria. Teríamos que lutar mais do que nunca e provar a nós mesmos que apesar de não estarmos na nossa melhor forma ainda temos a força de vontade suficiente. 

No sábado depois de almoço pusemo-nos a caminho de Tomar, onde ficaríamos alojados a apenas 7 km de Santa Cita. Fomos levantar os dorsais números 14 e 15, passeámos um pouco pela bonita cidade de Tomar e depois fomos jantar obviamente massa...e queijo, e pão e azeitonas...e sobremesas.... ;)

Lembram-se desta árvore?
Ver aqui no artigo do ano passado :)
Rua pedonal em Tomar, lá em cima o Convento de Cristo.


Numa parede de Tomar...
Como se de um aviso se tratasse...se amanhã não conseguirem... a culpa é vossa.

Não pensem que trabalho no Turismo de Portugal, sempre aqui a promover os locais por onde passamos :) Mas é porque gostamos de aliar o turismo ao desporto e através do blogue podemos mostrar como o nosso país é lindo.

Dia da prova

Por volta das 7h da manhã estávamos a chegar a Santa Cita. Estava fresquinho mas tal como no dia anterior a previsão era de bastante calor, com temperaturas acima dos 30ºC.

A habitual selfie pré-prova.

Após um briefing onde nos explicaram que, tal como no ano passado, as primeiras centenas de metros seriam percorridas atrás de dois cavaleiros dos templários, foi então dada a partida.
No briefing tinham-nos dito que os primeiros 15 km seriam em comum para as três provas (50, 30 e 15 km) e que seriam os mais difíceis da prova. Ao menos despachávamos logo a parte mais difícil enquanto ainda estávamos frescos.

Os cavaleiros dos templários prontos a partir.
Foto da organização

Após umas poucas centenas de metros percorridos dentro de Santa Cita entrámos nos trilhos e numa fábrica abandonada para logo depois começarmos o sobe e desce pelos montes.

Numa das raras zonas de alcatrão.
Foto da organização
Foto da organização

Vantagens de ir na cauda do pelotão, chegados ao cimo de um pequeno monte de onde se avistava o Convento de Cristo em Tomar, um membro da organização informou-nos que ali era um local histórico, as tropas de Napoleão tinham passado por ali. Por vontade do senhor tínhamos ficado ali a falar a manhã toda mas tivemos que seguir o nosso caminho, não sem antes ele nos informar que para o ano a organização tinha uma ideia para enriquecer ainda mais a prova. Mas mais não vou dizer pois é uma surpresa ;) Inscrevam-se para o ano e logo vêem ;)

Entrámos depois numa zona lindíssima de trilhos bem verdes e vegetação cerrada.

Como assim?...
Ufa!
Há uma ponte :)

Ao longo da prova passámos por várias zonas destas com rios e ribeiros e pontezinhas de madeira.
Alguns dos sítios já tínhamos passado na edição do ano passado e nos Trilhos de Almourol.
Provas nesta zona têm tudo para ser um sucesso.
As placas com palavras de encorajamento não faltaram também desde "Megulha", a "Salta" até "Puxa" nas subidas. Também haviam placas informativas dos km's de 3 em 3 km.







Entretanto chegámos a uma zona toda queimada por um recente incêndio de finais de Julho como nos foi informado no 1º abastecimento aos 5 km.
É triste ver as nossas serras assim mas é também um alerta para que cuidemos das nossas matas e serras, para que mantenhamos as matas limpas. Ficam as imagens.
Soubemos que devido a este incêndio tiveram inclusive de fazer alterações ao percurso mas mantiveram este troço e até acho que fizeram bem para que possamos todos dar ainda mais valor à natureza.





Depois de repormos as energias seguimos novamente caminho em nova zona arborizada e onde por volta do km 7 ou 8 fomos ultrapassados pelos primeiros atletas dos 30 km, entre eles o grande campeão Hélder Ferreira. Passaram várias dezenas de atletas até passar finalmente a primeira mulher. Alguns quando percebiam que éramos dos 50 km ficavam admirados, uns  gabavam-nos a coragem outros comentavam uns metros à frente e pensando que já não ouvíamos... "50 km e ainda vão aqui? Nem amanhã lá chegam!" 
Ehehehe :) Pois podemos informar que ainda chegámos no próprio dia =P



Entretanto regressámos ao local de partida, aos 15 km tivemos o 3º abastecimento, o 2º de sólidos mesmo ao lado da meta. A meta ali tão perto...mas ainda nos faltavam 35 km...
Siga que pra frente é o caminho!

No regresso, a chegar ao km 15.
Foto da organização
Foto da organização

Seguimos num estradão e passámos ao lado destes amigos.


A ver ser eles não são espertos.
Alguns estavam deitadinhos à sombra e outros estavam dentro de água!

Fiquei cheia de inveja. A gente ali a correr ao sol e ao calor e eles ali sentados à sombra. Boa vida!
Chegámos ao 4º abastecimento por volta dos 22 km onde havia a separação dos 30 e dos 50 km e a partir daí seguimos sozinhos. Estes 30 km finais foram praticamente iguais aos 30 km do ano passado. Reconheci vários locais, corremos bastante e íamos num bom ritmo para atingir o nosso objectivo pessoal: acabar antes das 10h de prova. O Vitor, o optimista...chegou a sonhar com as sub 9h. E a verdade é que à média que íamos dava perfeitamente para 8h e 50 e tal. Mas eu, a realista da coisa, disse logo que tínhamos que contar com o calor que estava a chegar em força e com eventuais quebras. E quem é que tinha razão?...Infelizmente eu.

Corremos em zonas familiares. A certa altura eu até já dizia ao Vitor o que se seguia. 





Chegámos a uma subida de que ambos nos lembrávamos perfeitamente, é uma subida bastante inclinada que no ano passado tinha uma corda para auxiliar, mas este ano não vimos corda nenhuma.
Provavelmente a pior subida da prova mas entretanto com a experiência que já temos, pareceu-nos aceitável. O que é isto ao lado duma Rocha da Pena ou dum LouzanTrail?




Depois disto continuámos em zonas bastante corríveis, com algum sobe e desce mas nada de especial.
Chegados a mais um abastecimento por volta do km 28 voltámos a comer laranjas, melancia e batatas fritas. Soube bem mas fazia falta qualquer coisa mais substancial. Seguimos caminho e completámos 30 km em 5h. Portanto tínhamos muita margem para fazermos 9h e pouco, quiçá as 8h e muito. Mas o calor...o calor dá cabo de muita gente e então eu que me dou tão mal com o calor.

O rio Tejo.

Chegámos a mais um abastecimento ao km 34, em Tancos junto ao rio Tejo, onde enchemos as garrafas e bebemos cola-cola. Aqui estava um atleta que estava ali parado há cerca de 1h, contou-nos que tinha quebrado e teve que parar para recuperar mas que ia continuar. A sua esposa tinha seguido e ia com 1h de avanço.
Seguimos caminho e ainda avistámos o castelo de Almourol ao fundo mas entretanto metemos para dentro, em trilhos novamente familiares como o Trilho do Casal do Pote.
Gostava de ter tirado mais fotos, mas a foto anterior foi mesmo a última que tirei em toda a prova.
A partir dos 30 e muitos km's a força já não era muita, estava imenso calor, eram umas 2 da tarde. Já não conseguia correr sempre, nas zonas planas, por vezes tinha que caminhar. Mas a coisa lá se foi fazendo.

Chegámos a mais um abastecimento por volta do km 40 e ah como eu estava mesmo a precisar daquela melancia fresquinha!!!
Depois de repostas as energias (pensava eu) seguimos caminho. Se até aqui a coisa ia mais ou menos normal apesar do calor, os 5 km seguintes foram o descalabro! Demorámos quase 2h para os percorrer!
Pra aí 1 km depois do abastecimento comecei a ficar sem energia nenhuma. A mais pequena subida era um suplicio, comecei a pensar que não ia aguentar. Não podia desistir! Outra vez não!
Tive que parar a meio de uma subida e foi quando o Vitor olhou para a minha camisola e viu tudo branco. Quando também eu olhei para baixo até me assustei! Tinha perdido imenso sal! Tinha a camisola com grandes manchas brancas. Já nos aconteceu nalgumas provas com mais calor mas nunca foram manchas tão grandes. O Vitor estava super preocupado e só dizia que se fosse preciso desistíamos outra vez. Não estamos aqui para sofrer, disse ele. Lembrei-me então que tinha uma saqueta com sal na mochila. Ingeri umas pedrinhas de sal e voltei a ingerir mais umas. Estava um pouco mal disposta mas senti que me tinha feito bem pois senti-me ligeiramente melhor.
Entretanto mais à frente tive que me sentar numa espécie de tronco a descansar. Só precisava de me sentar um bocado. Fomos alcançados pelo tal senhor e pelo vassoura. O atleta tinha recuperado e agora seguia a caminhar mas em bom andamento. O vassoura foi 5* conosco, disse para seguirmos ao nosso ritmo e para pararmos sempre que quiséssemos, tranquilizou-nos sempre dizendo que tínhamos tempo.

Eu ia mal, precisava de chegar ao abastecimento e comer mais a sério. Até lá ainda custou mas quando lá chegámos o pessoal foi todo 5*.
Sentei-me logo numa pedra, bebi água, isotónico, comi laranjas, banana e batatas fritas cujo pacote me passaram para as mãos. Estive ali sentada uns 10 ou 15 minutos e foi a melhor coisa que podia ter feito!
Depois disto senti-me nitidamente melhor e até à meta já não tive nenhuma quebra. Já não tinha energias para correr e até à meta foi sempre a caminhar, mas pelo menos já não estava a morrer como há meia hora atrás.
Mas ficámos com alguma pena de não termos podido aproveitar mais, pois esta prova até era bastante corrível.

Seguimos caminho, sentia-me rejuvenescida apesar do cansaço e dos km's em cima.
Era pra acabar caraças!!!! ÍAMOS CONSEGUIR!!!

Chegámos ao último abastecimento, ao km 47, faltavam supostamente 3 km. Mas já sabem como é isto dos trilhos, tem sempre mais uns pozinhos.
Quando completámos 50 km segundo os nossos Garmin ficámos satisfeitos. Mesmo com a quebra tínhamos conseguido fazer os 50 km em menos de 10h, com 9h58m.
Avistámos a última placa, faltava 1 km!!!!
Fiz uma pequena festa e o vassoura riu-se.
Última descida, última subida/escalada com corda e depois sempre plano até à meta a apenas uns metros de distância.
Na meta estava a esposa do outro atleta e um voluntário a baterem palmas.

Nem acreditei que tínhamos conseguido! Estávamos estoirados. Eu então estava mesmo toda rebentada. Só me queria sentar e o atleta vassoura foi um querido e foi-me buscar uma cadeira.
Foram cerca de 51,5 km percorridos em 10h20.
Sentadinha a comer melão é que eu estava bem! :)
Incansáveis, foram ainda buscar-nos gelados.
Acho que balbuciei uns obrigados mas com o cansaço que estava só comecei a despertar depois de tomar banho, comer um caldinho verde e um arroz doce.
Mil obrigados a todo o pessoal. Foram todos 5*.

Foi uma prova e tanto! Fui-me completamente abaixo, tive uma quebra enorme mas lá consegui recuperar para terminar.
Foi a nossa 10ª prova com 42 km ou mais :)

Prova muito bem organizada, bem sinalizada, muitos abastecimentos, percurso variável e bem bonito, voluntários amáveis. Único ponto menos bom foi a pouca variedade de comida. Para uma prova com 50 km feita com tanto calor acho que se pedia mais qualquer coisa, bastava tomate com sal e já fazia toda a diferença. O sal é fundamental quando está tanto calor. Mas este é mesmo o único ponto negativo a apontar pois de resto foi tudo positivo. A A.C.R. de Santa Cita está de parabéns pela prova organizada e é nossa vontade regressar.


Agora é que é, estamos de "férias" dos trilhos.
Durante uns tempos temos que focar-nos na estrada pois aproxima-se a Maratona de Lisboa, a nossa 5ª maratona. Até lá provas e treinos sempre focados na estrada. Voltaremos aos trilhos depois de 18 de Outubro.

Agora vou ali descansar um bocadinho que ainda estou toda partidinha.
Ai as minhas cruzes!