terça-feira, 24 de novembro de 2020

Corridas Junho 2019

10.06.2019
Corrida Volkswagen
10 km
52m08s

Mais uma estreia. Desta vez fomos até à famosa AutoEuropa para correr pelas suas instalações. Uma corrida diferente e original. E a brincar a brincar por pouco não batia o meu recorde pessoal. 

Foi uma manhã entre amigos, em tempos em que podíamos abraçar-nos e tirar selfies com várias pessoas sem máscara. Fiz a minha prova com o Vitor, como sempre, e até tirámos algumas fotografias. Sentia-me bem e estava mesmo a usufruir da corrida. O ritmo era bom mas não ia a pensar em recordes. Só mesmo já nas últimas centenas de metros é que comecei a pensar que iria ficar muito próxima do meu recorde.  

E foi assim que numa prova em que não fomos com o objectivo de tempos acabei por fazer o meu 2ºmelhor tempo de sempre em mais de 60 provas de 10 km =)

Eberhard, João, eu e Vitor.
Saudades disto!

A partida
Dentro da fábrica

Biscoito dado na meta. Mhan mhan mhan =)


30.06.2019
Oeiras Trail
20 km
2h42m31s

Um trail no concelho onde nasci? We're in! 
Nova estreia. Desta vez em trilhos. Não sei se podemos chamar bem trail ao percurso, ou se não será antes uma espécie de corta-mato um pouco mais duro que o habitual. Seja como for foi interessante conhecer novos trilhos e até perdi um brinco no meio do mato eh eh eh.
O amigo João Lima foi assistir à nossa chegada e tirar-nos mais umas fotos =)



Chegada à Fábrica da Pólvora onde estavam instaladas 
a partida e a meta.

A alegria de mais uma meta conquistada.

Segue-se o mês de Julho com 3 provas, uma delas outra estreia e outra foi uma ultra ;)
Bons treinos!

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Corridas Maio 2019

Eu bem disse que ia pôr o blogue em dia. Acredita quem quiser =P

Tirando os artigos sobre o Trail de Abrantes 100, a Maratona do Porto Virtual e um sobre o aniversário do blogue a última prova sobre a qual escrevi foram os Trilhos das Lampas no longínquo mês de Maio de 2019. 

Isto significa que tenho 25 provas em atraso! E só não tenho mais porque entretanto apareceu um vírus que parou o mundo. A única forma de deixar isto em dia é agrupar as provas por meses e escrever ligeiramente menos do que habitualmente escreveria (verdade seja dita que já mal me lembro de algumas).

Assim, em Maio está em falta escrever sobre a prova do coração, São Mamede claro, e sobre a Meia Maratona do Douro Vinhateiro, uma estreia.


18.05.2019

Ultra Trail São Mamede
43 km
8h10m11s

Que dizer sobre aquela que é a minha prova do coração?
O entusiasmo cresce à medida que se aproxima o dia. No caminho para Portalegre vamos alegremente a ouvir música no carro. À chegada levantamos os dorsais e assistimos à partida dos guerreiros dos 100 km. 
Vamos dormir e no dia seguinte acordamos cedo e apanhamos o autocarro da organização rumo à partida dos 43 km em São Julião. Já conhecemos este novo percurso, eu quase que podia fazer o percurso sem fitas pois recordo-me bem dele e adoro-o. A paisagem é linda, o percurso duro qb e os abastecimentos são maravilhosos. Tudo isto feito por voluntários animados e muito prestáveis. 5*

É uma prova que nos deixa felizes e desta vez até fizemos uma pequena "promessa". Se concluíssemos a prova e o Benfica fosse campeão, no dia seguinte iriamos subir a escadaria da Penha em Portalegre. E assim foi! 
Portalegre já é quase uma segunda casa de tantas vezes que já lá tivemos e a Serra de São Mamede continua a ser especial.

Fiquem com as fotos =)


No autocarro a caminho da partida.



No topo da serra.



Tanta coisa boa! E aquela boleima mhan mhan mhan

Lá atrás "A Besta". 

A meio da Besta.

Quando se sorri assim após 43 km é porque está tudo bem =)



SLB Campeão e nós nas ruas em Portalegre a festejar.

Promessa é promessa. Bora lá subir isto!

Uma testemunha =)

Outra testemunha =p

Até à próxima Portalegre!


26.05.2019
Meia Maratona do Douro Vinhateiro
2h06m08s

Finalmente fomos conhecer uma das meias mais famosas do país! Apesar da logística não ser muito fácil, a paisagem vale a pena. Uma semana depois de termos feito uma ultra fomos a esta prova com o objectivo de desfrutar e fazer a corrida em modo turista. Apesar das muitas fotos ainda conseguimos fazer um tempo jeitoso para as nossas capacidades.

No dia anterior à prova levantámos os dorsais e regressámos ao alojamento a transpirar. Estava imenso calor!
No dia seguinte apanhámos o comboio para o local da partida. Isto era uma coisa nova. Já apanhámos autocarros para zonas de partida mas comboio era algo novo. Chegados ao destino, junto a uma barragem, foi procurar as casas de banho para o habitual xixi pré-prova e dado o sinal de partida foi disfrutar de uma corrida realmente bonita sempre junto ao Douro. O percurso é de ida e volta, não termina no local da partida mas sim no centro da Régua. As sensações foram boas e embora tenhamos gostado bastante da corrida não será fácil voltar pois fica longe. Mas foi bom ir conhecer mais uma bela prova do nosso país.

Deixo-vos com as fotos:

Nos tempos em que não havia distanciamento social...





Momento único! Umas freiras a assistir e a apoiar os atletas
e alguns a tirarem selfies com elas. Muito bom!



Quase a chegar à meta.



Um artigo já está. Faltam 8 ;)
Fiquem bem.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Maratona do Porto Virtual, we're still alive

Se não for agora não sei quando irei colocar o blogue em dia. Sem provas devido à pandemia esta é a oportunidade que tenho de colocar o blogue em dia.

Para já vou começar com a "prova" mais recente mas tenciono aos poucos ir escrevendo sobre todas as provas que estão em atraso. Eu sei, é de loucos. Mas se não escrever sobre tudo o que está para trás sinto que não tenho realmente o blogue em dia. É psicológico, eu sei. Faço-o sobretudo porque o blogue, entre outras coisas, é um registo de todas as provas que fiz até hoje, com relato e fotos de momentos fantásticos vividos a correr. Portanto, é agora! É agora que vou colocar a escrita em dia. Tanto tempo fechada em casa vai ter que servir para alguma coisa =P

Tenho saudades vossas. De quem quer que esteja aí desse lado. São poucos mas bons =)

O mundo está virado do avesso. Vivemos tempos completamente estranhos e assustadores e hoje mais do que nunca agradeço ter este hobbie, que na realidade não é um hobbie mas sim uma paixão. Claro que estou a falar da corrida.

Apesar da pandemia, e tirando os quase 2 meses que tivemos em confinamento, temos corrido regularmente e feito treinos fantásticos e descoberto sítios maravilhosos quase à porta de casa mas também por esse país fora.

Este ano é a primeira vez que não corremos uma maratona oficial. Regra geral são duas por ano. Este ano tivemos que nos adaptar e resolvemos inscrever-nos para a Maratona do Porto Virtual. Não é de todo a mesma coisa que uma prova oficial mas foi o que se arranjou.

A maratona, essa distância mítica, tem outro gosto quando é oficial. Em prova é uma autêntica festa, com milhares de pessoas juntas, bandas a animar a malta, muitos sorrisos, muito nervosismo e entusiasmo. A chegada à meta é aquele momento que nos dá calafrios e que tanto pode dar para rir de alegria como chorar de emoção. A maratona é algo de único ao ponto de eu já me estar a emocionar só de escrever sobre isso. Fazer uma maratona em treino não é a mesma coisa. O esforço está lá claro, a parte física digamos assim, está lá. Mas depois falta o resto. E o resto é tudo. 

E foi assim que chegámos ao dia 7 de Novembro de 2020 com muito pouca preparação para correr 42 km e 195m. 

O regulamento dizia que a prova podia ser feita entre 2 e 8 de Novembro a qualquer hora, em qualquer lugar. Fizemos a Maratona do Porto em Lisboa, algo completamente bizarro, e planeámos começar entre as 8h e as 8h30. Eram 8h35 quando começámos a correr no Parque das Nações. O plano era fazer exactamente igual a um treino de 42 km que fizeramos no ano passado na preparação para os 100 km de Abrantes. E assim foi.

Os primeiros km's foram calmos, ainda meio a dormir, sem noção do que nos esperava. Após o Parque das Nações seguia-se a zona mais abandonada, o que actualmente até é bom porque significa que nos cruzamos com menos pessoas. Perto de Santa Apolónia com cerca de 10 km o Vitor perguntou-me se eu também sentia as costas todas molhadas. Sim, também, mas comentei que era normal pois estávamos a correr de mochila às costas e naturalmente que estaríamos mais transpirados nas costas. Mais à frente é que iriamos detectar o problema...

Ao passar pelo Terreiro do Paço, e apesar de muito menos turistas que o habitual, fizemos alguma ginástica a mudar de passeios e a contornar as pessoas mais à larga para evitar aproximações. Ouvia o Vitor a arrastar os pés pelo que comecei logo a pensar que ele não devia ir muito bem. Eu própria pensava para mim que ainda só tinhamos cerca de 12 km. Como raio íamos fazer mais 30? Mas uma coisa de cada vez. Para já só queria chegar à meia-maratona e iniciar o retorno e depois logo se via o que o corpo aguentava mais.

Junto ao Padrão dos Descobrimentos o Vitor começa a ficar para trás, quando olho para ele reparo que tem os calções totalmente encharcados! Afinal as costas molhadas não era só transpiração...era mesmo a bolsa de água furada. E da forma que o Vitor tinha os calções não devia faltar muito para ficar sem água...Numa maratona...quando ainda nem tínhamos chegado à meia. Isto estava a correr bem...

Passámos a Torre de Belém, Algés e no passeio marítimo entre Algés e a Cruz Quebrada atingimos a meia-maratona pelo que estava na altura de voltar para trás. Psicologicamente ajudava pensar que já estávamos no regresso. 

Comentámos entre nós que isto não ia ser fácil. Quase que parecia que nos tínhamos esquecido das 12 maratonas oficiais e outra em treino que já havíamos feito. Ou pelo menos eu tinha parcialmente esquecido. 

Quando voltámos a passar junto à Torre de Belém, com cerca de 23 km, o Vitor já quase não tinha água na mochila pelo que decidimos comprar 2 garrafas de água. Felizmente quando fazemos distâncias maiores levamos sempre algum dinheiro e hoje em dia também levamos máscaras e álcool gel. Já faz parte do material obrigatório.



Chegados aos 25 km foi pensar a coisa km a km e esperar que pelo menos aguentássemos até aos 30 km. Mas não aguentámos. Aos 27 km não deu mais e começámos a andar. Previamente já tínhamos traçado um plano de caminhar 300 m e correr 700m e ir assim até ao fim. 

Ver os km's a passar tão devagar é desesperante. Ainda por cima estávamos agora a passar pela parte mais feia, a zona de contentores e armazéns entre Santa Apolónia e o Parque das Nações. De nada nos serviram as gomas, os cajus com sal ou os géis que levámos. Não há milagres. Começavam também as dores características, uma dor aqui, outra dor ali. E já sonhávamos com os donuts que estavam na mala do carro. Atleta sofre.

Avistávamos enfim o Parque das Nações novamente, faltavam agora 5 km. Não tínhamos qualquer objectivo de tempo mas agora tão perto da meta imaginária começava a fazer contas. Ainda era possível um sub5h30. Em 12 maratonas oficiais o pior tempo do Vitor é 5h25m e o meu pior tempo é 5h30m (primeira maratona, ainda não corria com ele). Não que fosse muito importante fazer tempos numa maratona virtual mas psicologicamente ajudava ter um objectivo para os km's finais. Quando chegámos aos 40 km fizemos contas rapidamente e percebemos que para as sub 5h30 tínhamos que ir sempre a correr nos 2 km finais...Para o casalito isso era pedir muito, estávamos de rastos. Mas lá fomos buscar forças e completámos os 42 km e 195m em 5h29m50s! 

Não houve festejos, não houve meta, não houve medalha. Mas houve 2 atletas completamente partidos a dizerem uns quantos palavrões enquanto comiam donuts ah ah ah ah.


Não dá para ver bem mas o meu dorsal tinha um 8 =)


Ora aí está a prova

Mhan mhan mhan

Estava feita! Uma maratona virtual. Podemos dizer que já corrermos 14 maratonas, mas para a contagem oficial são 12.

Foi bem durinho correr estes 42 km. Ficámos todos partidinhos, mas hoje já vamos regressar aos treinos. Só 5 km para descomprimir as pernas e amanhã já será como se nada se tivesse passado no fim-de-semana =P

Venha a próxima! Mas de preferência uma prova à séria! Vai-te embora Covid!!!

Bons treinos malta!