domingo, 10 de dezembro de 2017

20 km Almeirim, a esperança renasce

29.10.2017

Após a desgraça que foi a Meia da Vasco da Gama, na semana seguinte decidimos tentar fazer um longo de 30 km. Era o tudo ou nada. Se conseguíssemos, independentemente do tempo, ficávamos mais optimistas e voltávamos a acreditar ser possível terminar a nossa 9ª maratona. Mas se não conseguíssemos completar 30 km então seria difícil ter algum optimismo para a maratona.

Arriscámos e fomos até aos 15 km de forma a sermos obrigados a voltar tudo para trás, terminando com 30 km. O máximo que podia acontecer era termos que andar, mas não foi preciso :)
Corremos 30 km em 3h28m o que foi para nós excelente! Os restantes 12 km da Maratona nem que nos fossemos a arrastar, mas tínhamos que terminar!

E na semana a seguir a este treino longo fomos até Almeirim para a sempre animada prova "20 km de Almeirim".

E é sempre bom rever os amigos desta grande equipa, agora reforçada por mais uma mulher :)
Bem-vinda Sofia!

A equipa presente:
João, eu, Vítor, Sofia e Aurélio

Foi uma agradável manhã passada a correr. 
Este ano o percurso foi diferente das edições anteriores. Habitualmente corremos em direcção ao Lago/Barragem dos Patudos mas este ano corremos em direcção a Santarém onde passámos a ponte antiga e após a qual fizemos o retorno.




Como podem ver pelas imagens, também este percurso é muito bonito. Corremos rodeados de verde e de campos. Ao passar por cima do rio Tejo é que ficou uma imagem mais marcante, a do rio quase seco em finais de Outubro. E em inícios de Dezembro, quando escrevo estas linhas, a imagem não deve ter mudado muito tal é a pouquíssima chuva que tem caído.



O rio Tejo...


Após o longo da semana anterior ficámos com mais força e garra e em Almeirim fizemos 2h04m40s, nada mau para mais um dia de calor.

Após a prova o habitual convívio à volta da sopa da pedra, uma de muitas boas razões para participarem nesta corrida :)

Nós os dois, à tarde, ainda fomos com o meu pai conhecer o Pilar 7 da Ponte 25 de Abril.
Uma experiência bem gira, quer a vista lá de cima, quer a experiência de realidade virtual :)

E a uma semana da Maratona do Porto o espírito era bom, mais optimistas embora com receio e com plena consciência que o objectivo seria "apenas" terminar. E "apenas" terminar significa sem pensar em tempos, porque todos sabemos que "apenas" terminar é bem difícil!!! Mas é uma enorme satisfação :)

Corridas felizes!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Meia Maratona Vasco da Gama, sofrer, sofrer, sofrer!

15.10.2017

A 3 semanas da Maratona do Porto fizemos a Meia da Ponte Vasco da Gama.
Esteve um dia de muito calor e sabíamos que não estávamos em grande forma...mas sofrer tanto também nunca pensei. Em 26 meias esta foi a 2ª pior! Só fiz pior tempo na minha estreia, estreia essa em que não sofri nem metade do que sofri nesta!

Mas enfim...há dias assim. Faz parte do maravilhoso mundo das corridas, se fosse fácil não tinha piada ;)

Tal como habitualmente apanhámos o autocarro no Oriente que nos levou até ao tabuleiro da ponte, desta vez a partida foi mais atrás o que deu para correr mais tempo em cima da Ponte Vasco da Gama :)

O casalito com o amigo João Lima a caminho da ponte.
Já na Ponte Vasco da Gama.

Não tínhamos grandes aspirações para esta prova, para nós seria "apenas" um treino longo para a Maratona do Porto, mas não esperávamos que nos custasse tanto.



Foram loooooongos 21 km.
Começámos relativamente bem, numa passada certinha, mas ali por volta dos 12 km a coisa começou a custar. Como já sabemos que a partir do momento em que se começa a caminhar já é muito difícil retomar a passada de corrida lá nos fomos aguentando/arrastando até onde conseguimos. 

Sabia que o meu pai estava por volta do km 17, então comentei com o Vitor que iria tentar aguentar-me até chegar lá e lá conseguimos, passámos junto ao meu pai na Rua da Prata e poucas centenas de metros depois começámos a andar. E muito já tínhamos nós aguentado!

Lá vão os amarelinhos :)

A partir daí foi sempre a alternar caminhada com corrida.
Não bastava o imenso calor que se fazia sentir, este ano houve uma alteração no percurso. Em vez da meta ser no Parque das Nações, este ano foi no Terreiro do Paço, mas para isso tivemos que subir toda a Avenida da Liberdade até ao Marquês de Pombal para depois descer e acabar junto no Terreiro do Paço. Subir a Avenida da Liberdade com mais de 30ºC e quando já se tem quase 18 km nas pernas....ui!!!!! Foi muito custoso, eu só queria que aquilo acabasse rápido, não foi de todo uma prova fácil.

Junto à meta tinha os meus pais à minha espera.

Foram 2h20m18s (2h20!!!!!!!!tão longe de recordes!!!) muito custosos mas está feita :) Mais uma meia-maratona para ambos :)

A 3 semanas do Porto não estava nada optimista. Custou-me tanto fazer 21 km! Como raio íamos fazer 42 km??!!?? Mas uma maratona é aquela coisa super especial em que ganhamos poderes especiais ;)

p.s. Estou orgulhosa de mim =) Já só tenho relatos de 4 provas em atraso.... =P

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Corrida do Tejo, com treino longo

24.09.2017

João Branco, Aurélio, João Lima, eu, Vitor, Eberhard e Orlando 

Duas semanas após a Corrida Jumbo fomos até à minha terra para fazer a sempre especial Corrida do Tejo. 
Planeámos um treino longo para este dia, a ideia era correr 10 km antes da prova, de Oeiras a Algés e depois fazer a prova (de Algés a Oeiras). E assim fizemos. Total: 20 km.

Chegados a Oeiras bem cedo iniciámos o nosso treino já com algum calor, mas como fomos sempre nas calmas e na conversa nem demos muito pelo esforço e chegámos bem a Algés.
Em Algés reunimo-nos com os amigos e companheiros de equipa e preparámo-nos para iniciar a prova já com 10 km nas pernas. Só vos digo...não foi nada fácil...

Sabem como é, numa prova queremos sempre puxar mais um pouco. Tudo bem que no fundo estávamos a fazer um longo de 20 km, mas os últimos 10 eram em prova, o pessoal quer sempre acelerar mais um pouco...

Até começámos bem mas aos poucos fui perdendo o gás. O Vitor safou-se lindamente para quem tinha sido operado à menos de 1 mês. Já eu...Por volta do km 7 ou 8 tive que caminhar um pouco, não estava a aguentar o ritmo e comecei logo a ver o Porto por um canudo. Se nem 20 km conseguia correr como deve ser quanto mais 42 !!!! Mas às vezes há milagres ;)

Apesar de uma prova um pouco sofrida (o calor também não ajudou) acabámos com 1h03m44s. Tempo fraco mas tendo em conta que foram 20 km nas pernas até nem foi mau de todo :)

A mês e meio da Maratona do Porto este foi o nosso primeiro treino longo...A coisa prometia para o Porto.... =P

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Corrida Jumbo/Autódromo do Estoril, regresso pós-queda

09.09.2017

Não ralhem comigo! Outra vez...Este blogue está com os relatos super em atraso!!!
São "só" 6 provas em atraso sendo uma delas uma maratona...
Mas isto vai ao sítio, aos pouco vou pondo a escrita em dia e quando der por isso estou a escrever logo no próprio dia da prova :)

Após a queda na Rocha da Pena (em Agosto...) estive parada duas semanas e depois comecei aos poucos a correr. Coincidiu nesta altura a tal operação do Vítor, sendo que entretanto foi ele que ficou parado em recuperação. Resumindo, entre um e outro a coisa esteve parada 1 mês. Claro que quando regressámos aos treinos foi muito custoso. Perdemos toda a forma que tínhamos pré-Rocha da Pena.

Com o aproximar da Maratona do Porto os treinos eram escassos e fracos, por vezes muito fracos. A coisa não estava famosa mas tínhamos que tentar. Lá nos inscrevemos para algumas provas, tendo umas corrido melhor que outras.

A 9 de Setembro queria TANTO ter ido à Meia das Lampas mas ainda não tinha treinos para fazer uma meia-maratona, ainda por cima "A" meia! Fiquei mesmo com muita pena de ter falhado as Lampas, desde que corro que todos os anos marquei presença. Este ano não deu mesmo mas contamos regressar no próximo ano :)

Não me sentia preparada para uma Meia mas 10 km conseguia com certeza fazer.

Assim, fui pela segunda vez à Corrida do Autódromo do Estoril. Desta vez corri sozinha, visto o Vítor ainda se encontrar em recuperação, mas tive o apoio do meu homem :)




Iniciei a corrida com algum receio por ser a minha primeira prova após a queda e por ainda sentir uma impressão no joelho, mas cedo me senti bem e com força e ups...acabei por me entusiasmar.

Tinha pensado fazer uma prova mais tipo treino sem grandes acelerações, fazer à volta de 1h, 1h e pouco, mas como me sentia bem claro que acelerei.




Correr no autódromo é um sentimento especial pois estamos numa pista de automóveis e esta pista em específico não é assim tão plana, pelo contrário até tem algum sobe e desce. Mas lá me aguentei, sentindo o entusiasmo e o espírito de uma corrida e acabei por fazer 55m49s :)
Fiquei super feliz! Para a minha forma do momento foi óptimo fazer abaixo dos 56 minutos e deixou-me mais optimista para as provas seguintes e até para a maratona.

A prova seguinte, a Corrida do Tejo, já não correu assim tão bem mas sobre essa falamos noutra altura.


Felicidade minutos após cortar a meta

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

UTRP, uma prova enguiçada

E vão mais de dois meses sem escrever no blogue.
Mas há uma explicação, várias. 
Vamos por partes.

A Rocha da Pena coincidiu com o inicio de um novo desafio profissional. Está a correr tudo bem e está a ser uma óptima experiência mas estou a começar, há muita coisa a aprender. Chego ao final do dia muito cansada e sem vontade nenhuma de ligar o computador, quanto mais escrever.

Gostava de vos dizer que nestes dois meses temos corrido muito, imenso...mas não é bem assim...

Depois de meses de preparação e de finalmente nos sentirmos aptos a terminar uma prova como a Rocha da Pena chegou o grande dia. E o grande dia para mim terminou logo ao km 18:

5 pontos depois...

Voltei a esbardalhar-me! Só que desta vez foi à grande.

Não tem grande história. Mais um fim-de-semana de calor, embora nada comparado com o calor da edição de 2016! 
Levantámos os dorsais no dia anterior em Salir e logo nos reconheceram. Que desta vez é que era! Desta vez íamos conseguir! Pois....
Até tive direito ao dorsal número 8! Foram uns queridos. Sempre o dissemos e continuamos a dizer esta organização é do melhor que há. Impecáveis!

Ali está ela...a Rocha da Pena
Duas caras sorridentes antes da prova.

Estávamos optimistas mas sentíamos respeito pelo que tínhamos pela frente. Não seria brincadeira. Mas mais que nunca sentíamos que íamos conseguir.

E aí vamos nós...
Sorrisos
E mais sorrisos.

Até por volta do km 18 corremos bem e felizes. Soltámos um ou outro palavrão pelo meio, com aquelas subidas não dá para evitar, mas o panorama geral era bom. 
Os abastecimentos bons como sempre, os voluntários simpáticos e prestáveis como sempre.

À saída do segundo abastecimento, com 18 km e pouco tínhamos uma zona de terra batida (piso igual ao das fotos) que era ligeiramente a descer. Sentia-me muito bem, toca a acelerar. Claro que o nosso "acelerar" não é igual ao dos outros mas ainda assim era a acelerar um pouco visto que era uma zona plana e a descer. 

Mais uma vez, e tal como das outras duas vezes que me esbardalhei este ano, nem dei pela coisa, quando dei por mim já tinha tropeçado em algo e já me estava a esbardalhar no chão. Pequeno problema...para além das dores que até nem eram muito fortes, tinha aberto o joelho...um corte ainda feio. O Vitor assim que olhou para aquilo disse logo que eu não ia poder continuar, mas eu recusando-me a acreditar em tanto azar neguei. 

Tive sorte. Caí poucos metros depois do abastecimento, foi só andar para trás uns 100 ou 200 metros. Lá chegada fui vista por uns bombeiros e enfermeiros que me desinfectaram a ferida mas que disseram logo que ia precisar de pontos e que ali não tinham médicos, só junto à meta... Ainda em negação perguntei se não me podiam coser o joelho ali mesmo para eu continuar em prova...Santa inocência...Responderam-me logo que não, que mesmo que me cosessem ali, com os km's todos que ainda faltavam e com o simples acto de correr iria abrir os pontos. Tive que me resignar. A minha aventura tinha terminado ali :(
Nem sequer cheguei à mítica Subida do Inferno :(

Depois seguiu-se o mais difícil, convencer o Vítor a continuar. Ele não queria seguir sem mim, mas tive que insistir. Ao menos que um de nós terminasse! E ele lá seguiu caminho.

Fui transportada para a meta, levaram-me até à tenda médica e lá fui cosida por um médico do Hospital de Loulé. Levei 5 pontos.

Entretanto sentei-me à espera do meu Vítor, mas infelizmente não esperei muito. Devido a fortes caimbras ele foi obrigado a desistir. Esta é uma situação recorrente, ele costuma sofrer bastante nalgumas provas com caimbras mas essa é outra situação que esperemos entretanto ter ficado resolvida.

E assim terminou a nossa aventura na Rocha da Pena.
Sinceramente esta prova parece enguiçada para nós. Por muito que tenha um carinho especial por ela ,e por muito que a organização seja fantástica, não sei se voltaremos. É provável que um dia sim. Algum dia vamos ter que a acabar, mas não sei se será tão proximamente quanto isso.

Até um dia destes Rocha da Pena?

Depois disto tive que andar a trocar o penso dia sim dia não e passado nem uma semana a enfermeira achou que já se podiam tirar os pontos. Nós não ficámos muito convencidos até porque aquilo ainda estava com um aspecto feínho mas ela tirou-os.
Estive duas semanas sem correr nada, até porque para além da ferida em si, tinha vários arranhões na perna e uma ferida mais pequena no outro joelho. E, claro, as dores...
Desde que comecei a correr que nunca tinha estado tanto tempo sem correr. 
Após as duas semanas comecei com algumas caminhadas e alguns passos de corrida mas tudo muito fraco pois o joelho doía-me. Entretanto o Vítor teve uma pequena operação, nada de grave, mas também teve que estar sem correr cerca de duas semanas.

Esbardalhanço Isa + Operação Vítor = Muito poucos treinos para a Maratona do Porto 

Mais de dois meses depois tenho uma "bela" marca no joelho e embora não me doa a correr, dói-me ao toque. Esta é daquelas cicatrizes que não desaparecem assim...penso mesmo que vou ficar com esta cicatriz para sempre. Ou seja, gosto tanto da Rocha da Pena que até fiz uma tatuagem =P

A duas semanas e meia da Maratona do Porto nunca treinámos tão pouco para uma maratona. 
Mas, como diz um amigo nosso, vamos acreditar :)

Para já é tudo, daqui a mais uns dias (vou tentar, vou tentar!!!) volto a escrever sobre a prova seguinte.

Corram amigos! Corram! Mas não se esbardalhem!

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Caldas Trail, o regresso do Vitor

16.07.2017

A semana seguinte à lesão do Vítor foi passada a pôr gelo todos os dias e a massajar com Voltaren todos os dias. Fez-lhe bem e a meio da semana fomos fazer um teste ligeiro, conseguiu correr mas ainda com uma moínha por isso não corremos muito e corremos mais lentos. No final da semana novo teste e desta vez correu muito bem, sem quaisquer dores!!! :)

O Vítor decidiu que iria tentar ir às Caldas, mas apenas aos 25 km. E digo "apenas" porque a ideia inicial era irmos à ultra como preparação para a Rocha da Pena. Mas com a sua lesão recente seria demasiado arriscado fazer uma ultra. E mesmo assim já foi um pouco arriscado ele fazer os 25 km mas felizmente que a coisa correu bem :)

Aquecemos bem, principalmente o Vítor, e depois partimos rumo a mais uma aventura. 

No ano passado já tínhamos feito esta prova e gostámos muito. Achámos desafiante mas nada de muito difícil, por isso em principio não seria uma prova má para um recém recuperado lesionado fazer.

Selfie pré-prova

Mal sabia eu que quem ainda ia sofrer nesta prova ia ser eu! 
O homem começou louco! Devia estar de ressaca da lesão! Quanto a mim...parecia que as pernas não queriam correr, tinha os gémeos pesados. Arrastei-me durante os primeiros 5 km com o Vitor na dianteira a correr como se não tivesse estado lesionado...sem comentários...Só me apetecia rosnar =P

Felizmente que a coisa passou e comecei a sentir-me bem melhor e a correr bem soltinha.
Não há nada comparável a corrermos de uma forma solta e leve. É uma sensação única!

A prova correu muito bem, apesar do Vítor se ir a sentir bem, tentámos não abusar muito e não esticar em demasia nas zonas mais corríveis.

Obrigada aos srs do INEM por nos terem tirado esta foto na arriba
(daí eu estar toda torta e mais alta que o Vitor eheheh)

 

Lagoa de Óbidos

Se no ano passado fizemos 4h08m, este ano, com o Vitor ainda a recuperar de lesão, terminámos com 3h52m :)

Os prémios... hi hi hi ;)

Foi uma prova super agradável, com uma excelente organização e um percurso bom sem ser demasiado duro.

Nos fins-de-semana seguintes fomos até à Serra de Sintra fazer respectivamente 25 e 30 km. Ambos bons treinos :)

Entretanto num treino mais rápido de 10 km a meio da semana, o Vítor voltou a ter uma moínha. Chegámos à conclusão que o problema é quando ele acelera mais, tipo 5 e pouco e assim. Por isso desde esse dia que temos corrido mais controlados e sem grandes avarias. Os longos foram feitos a correr sempre que possível e a caminhar sempre que necessário, mas sem puxões ou acelerações. E basicamente tem estado estável, sem dores, mas todos os dias faz massagem apenas por precaução.

Sendo assim....

....venha daí essa Rocha da Pena!!!! 

Sim...é já no próximo domingo...

AI CA MEDO! ;)

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Sessão dulpa: 10 km Lagoa de Santo André + 25 km Trail Moinhos Saloios

08.07.2017 - Corrida da Lagoa de Santo André

No inicio de Julho fomos até à Lagoa de Santo André para os seus bem bonitos 10 km. Tudo normal não fosse estarmos também inscritos para outra prova no dia seguinte, os 25 km do Trail dos Moinhos Saloios. Seriam 2 provas no mesmo fim-de-semana, sendo que os 10 km eram para puxar e depois teríamos que nos aguentar à bronca com os 25 km do dia seguinte.

Fomos até à Lagoa com o amigo João, estava algum calor mas nada como no ano passado.
Após um bom aquecimento fomos para a partida e começámos a correr. O ritmo era bom mas por volta do km 2 o inesperado aconteceu, o Vitor encostou e disse que não dava para continuar. Disse-lhe que podíamos parar um pouco e depois continuávamos, mas ele disse que não dava mesmo para correr, para eu seguir sem ele. E eu assim fiz. De facto, após a Meia de Almada ele andava-se a queixar durante os treinos duma dorzinha, e ali em Santo André a puxar bem, houve algo que esticou de mais e ele não aguentava correr.

Segui sozinha um pouco desalentada mas com garra para acabar aquilo e pelo menos tentar bater o meu recorde de prova. Para isso tive que passar ao lado da senhora que estava a oferecer melancia (e que está lá todos os anos) e seguir correndo.

Aos poucos comecei a sentir-me cada vez melhor e na zona de terra batida/areia ainda acelerei mais e comecei a ultrapassar pessoas. Sentia-me bem e sabia que ia bater o meu recorde de prova que era de 55m11s.
No último km embalei bem na descida e senti-me como não me sentia à muito tempo, a voar :)
Ultimo km abaixo de 5 e últimas centenas de metros a 4 e pouco :)
Cortei a meta com 53m59s, tirando assim mais de 1 minuto ao meu anterior recorde aqui em Santo André :)
E em 37 provas de 10 km que já fiz, este foi o meu 8º melhor tempo :)

Na recta da meta o Vitor estava à minha espera, a puxar por mim e a coxear...A coisa não estava bonita, disse-me logo que não havia hipóteses de ir fazer o trail no dia seguinte e sabia-se lá como seriam os próximos treinos e provas...


A puxar bem na recta da meta.

09.07.2017 - Trail Moinhos Saloios

Apesar do Vitor não estar em condições de correr, quanto mais de fazer 25 km por trilhos, no dia seguinte lá fomos até à Venda do Pinheiro para a minha primeira prova de trail all by myself. Pois é...tantos anos de corridas e esta foi a 1ª vez que fiz uma prova de trilhos sozinha, mas até foi bom pois deu-me mais confiança. A prova não podia ter corrido melhor. :)


Houve um minuto de palmas em memória da incomparável Analice.

O tempo estava ameno e isso também ajudou. Logo nos 1ºs km's tive um encontro muito agradável com este grupo :)
Umas fofinhas!



Já sabem que eu adorando animais fiquei logo deliciada com estas meninas e menino muito simpáticos.

Chegada ao primeiro abastecimento, sentia-me impecável e mesmo feliz por estar a correr naqueles belos trilhos. Ao longo da prova fui enviando mensagens ao Vítor para ele ficar mais descansado.

Tentei andar sempre perto de outros atletas, mas por vezes dava por mim sozinha, o que mete sempre algum respeito, mas a coisa fez-se super bem.

Quando passava em pequenas povoações tinha sempre senhoras a torcer por mim. Foi muito giro. Umas diziam "Força menina" enquanto outra perguntou-me de onde vinha eu a correr, ao que eu respondi que desde a Venda do Pinheiro. A senhora comentou logo "Ui, ainda tem muito que andar!" =)


No inicio da prova encontrámos o Francisco que corre para caraças e ajudou na organização desta prova e ele disse-nos logo que este ano havia uma pequena surpresa...E a surpresa foi a da foto seguinte, mas óbvio que olhando para a foto não se percebe bem a coisa. Foi mais um bom treino para a Rocha da Pena :) 


Pouco depois desta subida juntei-me a dois companheiros que vendo-me sozinha convidaram-me a seguir com eles. E assim foi, nos últimos 4, 5 km segui com esta malta impecável e cortámos a meta juntos. 


Obrigada companheiros :)

No final havia muita e boa comida, em especial muito queijinho ;)

Se em 2016 acabámos com 4h27m, este ano acabei com 3h34m! Quase menos 1h! :)
Fiquei muito satisfeita com o meu resultado e o Vitor também ficou todo orgulhoso :)

Nem parecia que tinha puxado bem nos 10 km do dia anterior. Foi uma dose de 35 km neste fim-de-semana, mas nas próximas semanas haveria mais e felizmente já com o Vitor a recuperar :)
Senti-me impecável durante toda a prova, sempre levezinha e cheia de força.

Venha daí essa Rocha da Pena!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 30 de julho de 2017

Meia-Maratona de Almada, muito dura!

01.07.2017

Três anos após a última edição, a "minha" Meia, a Meia-maratona de Almada regressa! 
Fiquei super feliz quando soube que esta Meia ia regressar. 

Mas se na 1ª edição senti-me espectacular, fazendo uma prova de trás para a frente e com novo recorde pessoal e na 2ª edição foi uma sensação muito especial, pois corri dias depois de me ter esbardalhado e corri com o joelho magoado, já na 3ª edição...

A equipa presente:
Aurélio, João e nós os dois.
Muito animados antes da prova.
Depois da prova seria mais estoirados...

Tínhamos pensado dar o nosso máximo durante a prova e tentar pelo menos as sub-2h mas cedo desistimos da ideia. Todos os anos a prova teve percursos diferentes mas sempre difíceis, sempre com sobe e desce. Mas este ano foi demais! Esta edição foi de longe a mais dura e cedo deu logo cabo dos atletas. É uma prova com um percurso muito variado e isso é muito motivador mas tanta subida (e que subidas!) e tão cedo foi muito desgastante.

Com menos de 5 km já tínhamos entrado na Base do Alfeite e já íamos na 3ª, 4ª, 5ª? subida. Eu sei lá! Eu só sei que quando parecia que a coisa ia estabilizar vimos uma rampa bastante inclinada! Isto com 5 km! Soltei logo um palavrão. Se solto palavrões tão cedo numa prova estamos mesmo mal. Logo ali percebemos que era para esquecer as sub-2h. Tínhamos que encarar esta Meia como um treino. Um treino ainda agora a começar...

Ainda dentro da Base do Alfeite, quando finalmente entramos em zona plana, levamos com vento forte de frente...a partir daí ainda tivemos um km ou outro onde conseguimos acelerar um pouco mas a verdade é que as subidas iniciais já tinham dado cabo de nós. 

A partir daqui foi um martírio, era apenas para acabar. Foi um excelente treino lá isso foi...mas para a mente. 

Depois de sairmos do Alfeite, pouco depois entrámos na Lisnave, completamente ao abandono, e depois seguia-se, "só" a pior subida de todas, já com 15 km nas pernas e cerca de 2 ou 3 km sempre a subir...Estão a imaginar o nosso sofrimento? Foi tentar aguentar o melhor que podíamos e ainda por cima com o Vitor a queixar-se de uma dor na zona do gémeo/tendão de aquiles.

Já dentro do Parque da Paz ainda havia muito sobe e desce e quando finalmente cortámos a meta foi um alívio por a corrida ter terminado. No final todos nos queixávamos da dureza da prova. É um percurso muito variado e interessante mas bastante duro.

Acabámos com 2h06m11s o que nem foi assim tão mau tendo em conta a dureza da prova.
Foi a minha 25ª meia-maratona. 25 meias! Parece que ainda ontem comecei a correr :)

Tinha que colocar aqui esta foto que descobrimos na net.
Vejam só a coincidência! Exactamente na mesma posição! :)
No final da grande subida.
Os braços no ar e o sorriso são de alívio!
A metros da meta.
ATÉ QUE ENFIM!!!!

domingo, 23 de julho de 2017

Corrida das Fogueiras, sai um recorde aos 15

24.06.2017

Recém-regressados dumas férias no paraíso (leia-se Açores), no sábado 24 de Junho, fomos até Peniche para uma das provas mais animadas do nosso país, a Corrida das Fogueiras.
Seriam 15 km e quiçá um novo recorde.

Tempo para reencontrar amigos e dar algumas gargalhadas :)

A equipa presente:
nós, João Lima e Eberhard. (falta o Aurélio)
Com o amigo Carlos Cardoso, o famoso Papakilometros
E aqui com o João, o Carlos e o Vitor.
Duas grandes equipas: 4 ao km e CAL =)
E aqui já com o Aurélio (mas a faltar o Eberhard...
nunca conseguimos ter todos os elementos numa foto,
há sempre alguém que desaparece)
Após um óptimo convívio, fizemos um bom aquecimento, apesar de não me sentir a 100% queria tentar o meu melhor e quiçá um novo recorde pessoal.
A partida foi dada já escurecia, o Vitor começou logo a acelerar e eu até consegui acompanhá-lo. Passados os km's iniciais sentiamo-nos bem, ia dar para acelerar. Bora lá tentar recorde! ;)
O percurso foi o habitual, cheio de gente a apoiar os atletas e com as fogueiras bem vigiadas por escuteiros e bombeiros. Os primeiros km's foram dentro de Peniche e planos, depois começámos ligeiramente a subir e entrámos na zona sem iluminação, apenas com a ocasional fogueira a iluminar. Como ainda não era noite cerrada consegui avistar as Berlengas ao longe, foi bem bonito.
Continuávamos a subir mas nada de extraordinário, neste momento já nos sentimos melhor a subir. 

Foi quando chegámos ao topo e depois era quase sempre a descer, rolámos bem e demos o máximo naquelas descidas. A determinada altura já era certo um novo recorde aos 15 km :) Mas eu ainda tinha esperança num tempo sub 1h20m ;) E dei o máximo no último km para o conseguir, oh se dei!

Será que consegui? 

A chegada à meta.

O tempo que aparece na foto é o oficial e não o de chip...Quando nós partimos o cronómetro já estava a rolar à algum tempo...

O meu novo recorde aos 15 km é....

1h19m57s!!!!

CONSEGUI! =)

Novo recorde pessoal e sub 1h20m.
O anterior recorde tinha sido conseguido em Abril na Corrida dos Sinos e era 1h21s38s. Tirei quase 2 minutos!

Claro que fiquei super satisfeita e ainda mais fiquei quando soube que o amigo João tinha batido também o dele, está em grande forma!

O Vitor já que não bate os dele, visto que são demasiado bons para ser assim tão fácil batê-los, vai-me ajudando a mim a bater os meus :) Obrigada meu Vitor!

E obrigada ao povo de Peniche que mais uma vez soube animar de forma fantástica esta corrida e esta festa.

3 atletas muito satisfeitos