quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Sonhos

No sábado vamos dar tudo de nós para superar cada km dos 50 previstos dos Trilhos dos Abutres.
Aconteça o que acontecer nunca deixaremos de dar o nosso melhor e nunca deixaremos de sonhar com voos mais altos. Porque somos insaciáveis e vamos querer cada vez mais. 
Uma aventura de cada vez, com certeza com altos e baixos pelo meio. Mas uma coisa é certa, nunca deixaremos de caminhar/correr rumos aos sonhos.


"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."

Eduardo Galeano

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Rumo aos Abutres ou as coisas onde uma pessoa se mete...

Pois é amigos, chegámos à última semana do mês de Janeiro e tenho a certeza que alguém anda a acelerar o tempo! Não era suposto termos chegado aqui tão depressa.
A nossa segunda ultra é já no próximo sábado. Serão 50 km nos famosos Trilhos dos Abutres. Por alguma razão parece que quando nos metemos nisto é logo à grande. Ah é para estrear em ultras? Ultra Trail Serra d'Arga. Ah querem fazer a segunda ultra? Pumba, Abutres! São só duas das mais famosas ultras do nosso país e possivelmente duas das mais duras. 

Para ajudar à festa e mais uma vez, os Abutres têm tempos-limites muito apertados. Vejamos:

5h30 para os primeiros 30 km - Com aquele desnível? Com a tecnicidade por que esta prova é conhecida? Deixem-me rir....Vai ser muito complicado, quase impossível. Mas eu disse QUASE. Como é natural vamos dar o nosso melhor, o tudo por tudo até aos 30 km. Aconteça o que acontecer ao menos tentámos. E deixem-nos sonhar porque os milagres acontecem!
9h30 para os primeiros 35 km - Quero muito passar o controlo dos 30 km só para saber o que raio se passa nestes 5 km para nos darem 4 horas!!!!!!!!!!!!!!!! para os fazermos. 4h para 5 km????? Deve ser super difícil e super brutal! Mal posso esperar para ver ;)
13h para os 50 km da prova - Logo aqui se vê a brutalidade desta prova. 13h para fazer 50 km...Nós demorámos 11h e tal para fazer os 53 km de Arga.

Posto isto o que é que uma pessoa pode pensar?

Isto é o que eu penso:

ESTAMOS LIXADOS!

Mais uma vez vamos com um plano na manga semelhante ao de Arga. Perder o mínimo de tempo possível nos abastecimentos, correr sempre que der para correr e perder o mínimo de tempo possível com fotos. E este, amigos, é o ponto mais complicado. Oh quantas vezes já falámos do tempo que perdemos a tirar fotos. Penso mesmo que não há ninguém que tire tantas fotos como nós nas provas. Basta ver o artigo do Centro Vicentino...e nem coloquei no blogue metade das fotos que tirámos!
Tiramos realmente muitas fotos e isso faz parte da nossa personalidade e dos nossos gostos, e também porque sabemos que vocês adoram ver estas fotos. Não conseguimos evitar passar num sítio lindíssimo e não tirar uma foto. Mas analisando bem a coisa temos perfeita noção que isso nos faz perder minutos preciosos. E, nos Abutres, se realmente queremos completar a nossa segunda ultra-maratona vamos ter que reduzir bastante as fotos. E rezar para que o tempo poupado nestas coisas todas seja o suficiente para passarmos os controlos.

Termino com duas frases que me são características nas corridas:

AI CA MEDO!

AS COISAS ONDE UMA PESSOA SE METE!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Monsanto em imagens

No passado domingo fomos até Monsanto para mais um treino.
Monsanto estava mais bonito do que nunca. Nevoeiro, terreno enlameado e o verde ainda mais verde.
Desta vez andámos 80% do tempo em sítios novos e adorámos os sítios que fomos descobrir.
Zonas técnicas e bem bonitas. O último treino em trilhos para os Abutres.
Ficam as imagens desse treino, faltam as mais bonitas que o meu telemóvel resolveu não gravar...uma bonita cascata que se formou em pleno Parque Florestal do Monsanto. Ficam as imagens na nossa memória e a promessa de voltarmos aquela zona para novo treino e para as fotografias em falta.














quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Trail Centro Vicentino da Serra, beleza e dureza alentejana

No domingo dia 11 de Janeiro foi dia da nossa primeira prova do ano.
E não imagino melhor forma de começar o ano. Este não foi um trail qualquer, este foi bem especial. Lindíssimo e duríssimo. Tal como a gente gosta.
Foi também a minha primeira prova com 27 anos, feitos durante a semana :)

Aproveito para partilhar convosco aquele que foi o meu bolo de anos.

Obrigada pai :)

Fomos até Portalegre pela segunda vez para mais um trail. A primeira foi para o Trail de São Mamede, os 42 km que acabaram por ser 44 e que podem ler aqui. Na altura adorámos toda a prova e a excelente organização. Voltámos agora para outro trail igualmente bem organizado mas ainda mais belo e duro.

Já sabem que eu gosto sempre de relatar tudo, não só porque as peripécias que se vivem durante mais de 7h são muitas mas também porque gosto de poder um dia mais tarde reler o que escrevi e relembrar as aventuras vividas.
Por isso aqui vai mais um livro ;)

Atleta que é atleta não vai a Portalegre só para fazer a prova, aproveita e sobe os 270 degraus da escadaria da Pena. Sobe e desce claro! Já tinhamos descido esta escadaria após cerca de 40 km de prova do Trail de São Mamede, agora queriamos também subir e assim fizemos :)
Pelo caminho encontrámos estes amigos e vimos uma cena super ternurenta e que mostra a inteligência e ternura das ovelhas. O dono apareceu e elas foram logo todas ter com ele, ele a fazer-lhes festas e uma grandalhona estava toda contente a dar-lhe com a pata para ele lhe fazer mais festas. Haviam de ver!

Oh para esta ovelhinha tão amorosa!

Eu a fazer amigos.

E depois voltámos a concentrar-nos na tarefa de conquistar a Pena.
Um pequeno vídeo que fizemos:



Pronto não vos vou mais massacrar com o pré-prova.
Chegou o dia e como já tinhamos levantado os dorsais no dia anterior foi só fazer o controlo zero e esperarmos pela partida.
A partida atrasou um pouco, cerca de 15 minutos, mas nada que manche a espectacular prova que foi e a boa organização.
Houve muita animação na partida e assim partimos em clima de festa.

No mercado de Portalegre onde foi a partida e a chegada.


A partida foi dada dentro do mercado mas só cá fora é que seria dada a partida "a sério".
Corremos pelas ruas de Portalegre e não tarda nada estavam a doer-me os gémeos e as canelas...espectáculo....Não aqueci bem, mas realmente a logística também não permitia grandes aquecimentos.
Ora estas dores significam que depressa ficámos para trás e depressa ficámos para último...
O começo era logo a subir.
Não foi a primeira nem vai ser a última vez que eu começo logo a pensar que não tenho estofo para estas coisas. Mas isto passa sempre assim que os meus músculos aquecem bem e se soltam e nessa altura já penso no quanto adoro isto e em como posso não ser rápida mas tenho a resistência necessária para progredir sempre e terminar.
Fomos acompanhados pelo atleta vassoura, que segundo me lembro se chamava Miguel e que foi muito simpático conosco.
Cedo percebemos que esta prova era muito técnica e para ajudar à festa tinha bastantes subidas, algumas em escalada.

Toca a escalar malta!

Não sei dizer ao certo mas cedo fomos apanhados pelos primeiros atletas da prova mais curta, os 20 km. Isto causou algum transtorno para nós pois como haviam muitos single tracks, tinhamos que estar sempre a parar para nos desviarmos e deixarmos passar esta malta que não corria, voava!
O nosso companheiro conhecia muitos deles e ia dando força.
Fomos também ultrapassados por um atleta de quatro patas! E olhem que era bem minorca e no entanto era ele que ainda ia a puxar pelo dono. Comentámos entre os 3 que é uma boa opção para as subidas ;)
Mais ou menos na mesma altura também fomos ultrapassados por um atleta que perguntou se éramos a Isa e o Vitor. Mais um companheiro leitor dos nossos blogues. Não chegámos a perguntar o nome mas desejámos uma boa prova e olhem que com o andamento que ele ia...vai lá vai...
Por esta altura já me tinham passado quaisquer dores e já ia solta. O Vitor percebeu logo pois eu já ia mais faladora e a correr melhor.
Paragem para apreciar esta bela cascata em pleno Alentejo. E passaríamos por mais. Lindíssimo!




Esta prova esteve repleta de situações originais e engraçadas. Uma delas deu-se quando ainda íamos misturados com os atletas dos 20 km e começamos a ouvir um atleta a relatar a prova começando assim "E estou aqui em directo para a Rádio Portalegre..." e depois começa a relatar a prova. Ainda ficámos na dúvida se ia a brincar mas o nosso companheiro (relembro que íamos com o atleta vassoura) confirmou-nos que era mesmo a sério. Muito fixe! Relato em directo e com mais emoção que alguns relatos de jogos de futebol eheheh :)

Outra particularidade desta prova foram as diversas placas informativas ou motivadoras que encontrámos e que sempre nos faziam sorrir.


Do melhor!
Esta normalmente aparecia antes duma subida....
Podes descansar Vitor mas não te preocupes que...
"Tá quase compadreeeee" :)
Digam lá que estas placas não eram do melhor!

Nem tinhamos ainda chegado ao 2ºabastecimento, o dos 14 km onde se dava a separação dos atletas das duas provas e já tinhamos passado por vários trilhos técnicos e com muito verde e muita água.
Ah, já me esquecia mas dei uma queda. Mais uma para o historial....Haviam algumas zonas escorregadias e nomeadamente a descer era preciso muito jeitinho para a coisa. Lá dei uma queda que quase não merece o nome de queda visto que caí de lado e nem sequer cheguei a assentar o rabo todo no chão. E não me aleijei, só de raspão, por isso siga que o caminho é em frente!

Quase a chegar ao 2ºabastecimento.
Com o nosso companheiro e atleta vassoura.

Já cheira a boleimas!!!!
YUPI!

Chegávamos assim ao 2º abastecimento onde enfardámos boleimas, uns bolos típicos que eram uma delícia, mais laranjas, batatas fritas e por aí fora. Ia com alguma esperança no tomate com sal de São Mamede mas vou ter que esperar até Maio :(  Mas as boleimas encheram-me as medidas.
Este abastecimento era uma animação! Música, pessoas vestidas de palhaços e uma delas a oferecer-nos uma cabeça de peixe....não obrigada...estou bem com as minhas boleimas ihihihih :)
Aqui no abastecimento reparámos que tínhamos apanhado alguns atletas dos 37 km e comentámos com o nosso companheiro meio a brincar que ainda íamos ultrapassar alguns atletas. E de facto foi o que aconteceu e a partir daqui não mais seríamos os últimos e fomos ganhando posições :)

A partir daqui iríamos mais calmos, pois já não havia a pressão dos atletas da outra prova que tinham seguido por outro caminho. E já não éramos os últimos.
Sempre que dava para correr um bocadinho lá aproveitávamos pois já sabíamos que não tardaria a aparecerem zonas mais técnicas e subidas complicadas.




Cabras a pastarem nos montes.
Alentejo no seu estado puro.


Vistas espectaculares!


E de repente, como se até aí já não tivéssemos subido que se fartava damos de caras com uma subida daquelas que é sempre em frente mas sempre a subir e não se lhe vê o fim...
E a placa indica isto:



A minha primeira frase quando vi esta subida foi "As coisas onde uma pessoa se mete!" mas na realidade apetecia era soltar toda a espécie de impropérios.
Como todas as subidas manhosas, esta escondia mais subida. A subida não acabava onde a nossa vista alcançava, quando lá chegávamos descobríamos que afinal continuava a subir mais um bocadinho e mais um bocadinho e mais um bocadinho...

A começar a subida aos Céus Vicentinos.
Parece que acaba ali mas claro que não...
A vista para trás era esta e nem a meio íamos.

Claro que parámos a meio algumas vezes...
Apenas para tirar fotografias, ninguém precisava de descansar... =P
Mas quando é que isto acaba????? pensa ela.
Meto-me em cada uma... pensa ela.
Mas assim vale a pena!
Lá ao fundo Marvão, Espanha e Barragem da Apartadura.
Ele a pensar "Meto-me em cada uma..."
O casal Isa e Vitor conquista o topo dos céus vicentinhos.
E a vista compensa todo o esforço.

Depois desta subida brutal concordámos em elegê-la como a nº1 das subidas.
Aqui é preciso esclarecer os nosso critérios. Já fizemos subidas bem mais técnicas (inclusivé nesta prova) e outras bem mais longas mas qual é a diferença? É que normalmente esse género de subidas é aos esses. Vamos a subir sim. Mas viramos à esquerda, depois viramos à direita e não se dá tanto pela subida. Em Arga tivemos subidas que duraram mais tempo mas não eram tão inclinadas e não eram "sempre em frente". Por isso achámos esta a pior que fizemos até hoje. Portanto a da Rocha da Pena perdeu o título e passámos o título para esta do Centro Vicentino :) Que honra, han?

Chegámos então ao Trilho da Analice. Sim, essa atleta com 72 anos!!!! E que faz ultra-maratonas como quem corre de casa até à paragem do autocarro. A grande Analice (com 72 anos....) deu-nos cerca de 1h nesta prova...sem comentários...
Uma bonita homenagem a esta grande e conhecida atleta no mundo do trail. 
Também havia outro trilho em homenagem ao atleta Vitorino Coragem.



Subidas, descidas, zonas técnicas, zonas com água, escalada com cordas. Este trail teve tudo isso. Foi mesmo duro! Mas é esta dureza que dá sal à prova. E a dureza normalmente anda de mãos dadas com a beleza, como foi o caso. 
Os km's foram passando, os abastecimentos também. Os alentejanos são muito simpáticos e sempre nos animavam durante os abastecimentos. Num deles um senhor dizia-nos que só tinhamos mais uma subida e depois era sempre a descer. Um miúdo, que era filho do senhor, corrigiu logo dizendo que ainda tínhamos isto e aquilo. E o pai a tentar calá-lo, mas o puto muito engraçado e muito honesto ;) disse logo "Eu não vou enganar as senhoras." Ora muito obrigada! Eu e a outra senhora agradecemos a honestidade. E de facto seguia-se mais uma zona técnica com muitas rochas e muitos ribeiros.




Falámos com outros atletas sobre esta prova e alguns diziam que a prova ia ter mais km's, possivelmente 40...Todos concordavam que estava a ser uma bela prova e muito dura. Um disse que os Abutres são 50x pior. Preferi fingir que não tinha ouvido...

Mais um ribeiro para lavar as mãos.

Por esta altura o Vitor disse que já não ia muito bem. Precisava do abastecimento.
Vimos uma placa que dizia qualquer coisa como "Surpresa a 500 m". O Vitor começou a gozar a dizer que a surpresa seria que quando chegássemos ao abastecimento iam dizer-nos "Surpresa! A prova vai ter 40 km!" AHAHAHAH =)
Mas não. 
A surpresa era um cafézinho Delta.
O Vitor aceitou prontamente e a partir daí nunca mais foi o mesmo. Ganhou uma energia! E não me quero estar a queixar....mas ele não se calava!!! ;)
Aquele café foi mesmo uma injecção de energia para ele, ia todo cheio de genica e a falar pelos cotovelos.
E foi assim com o Vitor cheio de energia que entrámos no:



Basicamente havia um ribeiro e nós andávamos sempre a passá-lo para um lado e para o outro. Até já estava a ficar tonta no carrossel. Mas foi mais uma zona bem bonita e bem técnica. Um bom treino para os Abutres, aquela prova que é já no dia 31 e que é 50x pior que esta....

Não podemos queixar-nos de falta de placas preventivas ;)
Mais um ribeiro a atravessar.

Já não me lembro bem em que km estava o último abastecimento mas lembro-me que perguntámos quantos km's faltavam para o fim e disseram-nos 5 ou 6 se não me engano. Neste abastecimento era só malta animada a contar histórias de anteriores atletas e a perguntarem-nos se estávamos a gostar. CLARO QUE SIM!!! A ADORAR!
Pouco depois deste abastecimento fiquei aflitinha e aproveitei um sítio junto a uma casa abandonada (espero eu....) e ali fiz o meu xixi. É assim mesmo! 7h no meio dos montes a beber montes de água não dá hipóteses. E logo a seguir foi a vez do Vitor :)
Bexigas aliviadas e seguimos rumo à meta que entretanto segundo dois miúdos, mais uma vez honestos, eram só mais 2 ou 3 km, 200 m a subir e depois sempre a descer até à meta. E isto veio de facto a verificar-se!

Yes sir!
A parar, a escutar e a apreciar a paisagem.
Portalegre à vista.
A meta está já ali.

Acabámos bem, foram 7h36m para fazer 37 km. O tempo-limite eram 8h.
Para quem começou em último, não foi mau de todo pois ainda ultrapassámos uns quantos atletas.
Claro que acabámos cansados mas também felizes e satisfeitos por mais um desafio superado a dois.
Esta foi a primeira prova do ano e a última antes dos 50 km dos Ultra Trilhos dos Abutres.

No final ainda tivemos direito a banho bem quente e refeição.
Reencontrámos o nosso companheiro dos primeiros 14 km e agradecemos a sua companhia.
Depois da refeição foi tempo de atacar a taça de chocolate que os amigos João e Mafalda Lima deram. Obrigada, a taça estava muito saborosa ;)

Há quem conquiste taças de metal.
Este casal prefere conquistar esta :)

Foi uma bela maneira de começar o ano, foi também uma excelente forma de comemorar o meu aniversário. Como sempre na companhia do meu Vitor.
Um fim-de-semana fantástico, passeámos muito, comemos boa comida. A cereja no topo do bolo foi esta prova organizada de forma excelente e por boas gentes.
A organização está de parabéns pelo excelente trail e por todos os pormenores que deram ainda mais espectacularidade à prova!
Claramente dos melhores trails que já fizemos. Em termos de dureza vs beleza não sei se não será mesmo a melhor. Cada vez mais acho que quanto mais difícil for uma prova, mais gosto temos em fazê-la, mais satisfação sentimos por conseguirmos superar as dificuldades e terminar felizes e contentes.
Para o ano lá queremos estar outra vez!