sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Longos de fim-de-semana

No sábado, dia 13, tínhamos decidido ir fazer um longo para os trilhos de Monsanto. 
Com a sorte que temos nesse dia estava a chover e um vento frio. Portanto, daqueles dias em que apetece mesmo acordar às 8h (de um sábado) para ir correr mais de 5h...
Foi preciso uma grande força de vontade para não voltarmos para trás assim que começámos a correr.

Mesmo assim o casalito está sempre animado. 
Conseguem descobrir as diferenças nas fotos? 
É que apesar dos sorrisos, uma foi tirada antes do treino e a outra após 30 km e 5h e 20 m de treino =)

Antes.
Depois.

Fomos para este treino a pensar em São Mamede. O grande dia aproxima-se. No dia em que fomos faltavam 3 meses para a prova. O tempo passa rápido! 
Temos planos para muitos mais treinos longos até ao dia D e pelo caminho há uma maratona de estrada =) A sexta! Em Barcelona desta vez =) 
E duas maratonas de trilhos/ultras, uma posso já dizer que são os 42 km dos Trilhos de Almourol, a outra é praticamente a mesma distância mas num sítio mais a norte ;) Um sítio onde nunca corremos e sempre quisemos correr ;)

Entretanto planeámos um treino por trilhos assim mais para o longo que o habitual... mas ainda não sabemos bem onde o vamos encaixar. Olho para o calendário e parece-me que praticamente já não há tempo para esse treino, porque São Mamede já está a 2 meses e meio de distância!!! Por favor alguém abrande o tempo!!!!!!!!!!!!

Mas voltando ao nosso treino por Monsanto. 
Levámos sandochas, donuts, marmeladas e barras energéticas para comer. E para simular uma prova decidimos nunca parar o relógio. Em prova o relógio não pára quando estamos nos abastecimentos ou quando fazemos um ligeiro desvio para ir fazer um xixizinho aos arbustos.
Houve 3 paragens para as nossas necessidades básicas...sendo que uma foi inédita...nunca me tinha acontecido mas deu-me uma grande dor de barriga e não havia casas de banho por perto... acho que vocês dispensam pormenores =P

Se no inicio do treino andava mais pessoal por Monsanto a correr ou a fazer BTT, na última hora ou duas praticamente não vimos ninguém. Já começámos o treino depois das 10h e quando acabámos eram 15h e tal. Num dia daqueles, com um tempo tão chato, custou mas conseguimos! 30 km feitos =)

Entretanto no fim-de-semana seguinte, a 21 de Fevereiro, fomos a novo longo, desta vez em estrada e desta vez com sol.
Confesso que até estava com saudades de correr com sol e algum calor (sem ser em demasia!). 
Foram 24 km, onde encontrámos muita gente conhecida.
Logo para começar, no novo passeio marítimo que vai de Algés à Cruz Quebrada cruzamo-nos com o Isaac que também vai com amigos a treinar. 
Mais à frente vamos no passeio marítimo mas já na zona de Paço d'Arcos e de repente alguém chama pelo Vitor, é um colega dele que está a passear com a família mas que só por acaso também corre e corre para caraças! 
Uns 2 km's à frente a surpresa do dia! Nem vão acreditar quem vimos!!!
Vamos nós muito bem (muito bem é como quem diz, que a coisa até ia a custar) quando ouço o Vitor para mim "Olha a Rosa Mota!"....Han? Quê? A Rosinha? Assim que a vejo não consigo evitar "Grande Rosa Mota! Grande campeã!" grito. Ela sorri e acena. Vai a fazer uma caminhada com amigos.

Foi um momento muito bom e que passou muito rápido. Ver a Rosa Mota inspirou-me e a partir daí fui mais faladora e com mais energia. 
Amigos, nada como ver a Rosa Mota para nos dar logo um boost de energia =)

Mas as pessoas conhecidas não paravam por aqui!
Mais à frente, já na Praia de Carcavelos vimos o actor José Carlos Pereira. 
Ufa, que isto hoje é só gente famosa e conhecida!

Após 12 km era tempo de voltar para trás.
No regresso passámos novamente junto à Praia de Caxias. Desta vez as coisas já estavam mais calmas. Infelizmente este treino também ficou marcado por um momento mais triste. Logo de manhã, ainda no trajecto de ida, tinham descoberto a menina desaparecida. A polícia não permitia que as pessoas passassem no passeio do lado da praia, tivemos que passar para o outro lado. Foi um momento algo arrepiante, pois todos vimos as notícias nessa semana e todos ficámos chocados com o que sucedeu. Há coisas muito tristes e para as quais não há palavras.

No regresso as coisas já estavam mais calmas, embora ainda com a comunicação social presente.
Passámos pelo local e seguimos caminho para terminar o nosso treino. 
Foram 24 km, embora só tenhamos corrido 23, o último km já foi feito a caminhar até ao carro. 

E assim se fez mais um longo, com muitas emoções à mistura.
No próximo domingo há mais.

No final do treino =)

domingo, 14 de fevereiro de 2016

20 km Cascais, é sempre bom voltar

No domingo dia 7 fomos até Cascais fazer uma das poucas provas em que faço questão de marcar presença desde que corro. Adoro esta prova, tem um percurso bonito e bom para acelerar e o retorno faz com que nos cruzemos com muita malta conhecida, gerando sempre muita animação, muitos cumprimentos e palavras de apoio mútuas.

No inicio da prova a habitual foto dos 4 ao km onde só ficou a faltar o colega Eberhard.
O nosso objectivo era darmos o máximo e tentar baixar das 2h.


A prova começou muito animada com música e os atletas a acenar para a câmara instalada no pórtico da partida. A sentir-me bem acabámos por puxar logo de inicio, passámos por alguns amigos e outros passaram por nós. Sempre com grande alegria, porque ao contrário do que muita gente diz, na estrada há um grande companheirismo e um grande espírito de alegria e amizade. E esta prova é sempre muito animada, com as pessoas a passaram umas pelas outras e a motivarem-se mutuamente.

Seguimos bem e a dar o nosso melhor até ao retorno na zona do Guincho por volta talvez dos 12 ou 13 km. Depois por volta do km 15 comecei a quebrar. O dia estava mais quente do que imaginei e ia com manga comprida. Comecei a sentir-me cansada e com calor e isso afectou o nosso ritmo. Segui conforme consegui, a uma velocidade bem menor e já só querendo chegar à meta. De vez em quando fazia um esforço e acelerava umas centenas de metros para logo em seguida quebrar novamente já com pouca energia. 


Entretanto, e para piorar a coisa, a cerca de 2 km da meta começa a dar-me uma dor na planta do pé e a alastrar para o lado, tal e qual a dor que tive em Sicó o ano passado.
Apesar da dor, e como não era insuportável, lá me consegui arrastar até à meta, onde terminámos com 2h00m49s. 



Por pouco não fazíamos abaixo das 2h, mas tendo em conta os últimos 5 km's algo sofridos e a dor no pé nos últimos 2 até que não foi nada mau. 
20 km em 2h para nós é muito bom, em treino nunca faríamos este tempo, por isso é bom fazer 20 km em ritmo mais competitivo.

Agora o pé....assim que cruzámos a linha da meta e comecei a andar, comecei logo a coxear, a dor ainda era razoável e mal pousava o pé no chão....comecei a ver a coisa preta...pensei que era fascite plantar mas com o andar percebi que não, era semelhante à tal dor que tive em Sicó. Aí relaxei pois na altura foi mau mas com gelo recuperei relativamente rápido e tive autorização para correr.

Como nesse dia fui almoçar ao meu pai, assim que lá cheguei fui logo pôr gelo no pé e entretanto o Vitor foi comprar-me uma pomada anti-inflamatória. Depois almocei cozido à portuguesa :)

Não sei se foi do gelo, da pomada ou do cozido ;), o que sei é que dois dias depois estávamos a correr 10 km e eu sem sinais de dores no pé. Ufa, que alívio! =)

E depois novamente 15 km na quinta-feira e depois mais 30 km no domingo =) Sempre sem dores! YUPI!!!!!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Longos de Janeiro

No mês de Janeiro fizemos um total de 4 longos. 

20 km estrada
30 km trilhos (TCVS)
23 km estrada
25 km estrada

Visto que já despachei o relato do TCVS e nesse mesmo artigo também vos falei do treino de 20 km, o 1º longo do ano, está na hora de vos descrever os longos seguintes.

Na semana a seguir ao Trail Centro Vicentino fomos a mais um longo, desta vez de 23 km. Novamente com partida em Algés mas desta vez na direcção contrária. Seguimos rumo à Cruz Quebrada e entrámos no Jamor, demos umas voltinhas por lá e depois saímos em direcção a Caxias, vamos a descer quando avistamos três caras familiares, o João, o Nuno e a Sandra :)
Juntamo-nos a eles, embora isso signifique subir o que acabámos de descer. 

Com eles seguimos na converseta e o tempo passa mais rápido, damos mais umas voltinhas no Jamor e regressamos com eles. Em Paço d'Arcos voltamos para trás, enquanto eles seguem caminho rumo a Oeiras. Nós passamos novamente por Caxias, Cruz Quebrada e terminamos o nosso longo de 23 km em Algés.

A coisa começa a compor-se. Com 2 longos em estrada e um bastante duro em trilhos sentimos que estamos no bom caminho :)













No longo seguinte decidimos tentar ir aos 25 km.

Caras pré-treino.
Isa sorridente mas cheia de olheiras,
Vítor mesmo com cara de "Mas porque é que não ficámos a dormir a um domingo de manhã???"...Hehehe

Já não fazíamos longos destes desde sei lá quando, mas decidimos que temos mesmo que forçar-nos, dentro das possibilidades, a fazer estes longos. E assim despachámos mais 25 km :)
Novamente num treino semelhante ao dos 23 km, desta vez decidimos fazer 10 km para lá e 10 à volta, com 5 pelo meio.
Assim, com partida de Algés, vamos sempre pelos passeios marítimos ou pelo passeio da Marginal até Oeiras, mesmo até à Praia da Torre, onde completamos 10 km. Depois voltamos tudo para trás, mas quando chegamos à zona do Jamor damos umas voltinhas por lá, com cerca de 20 km já vamos a arrastar-nos mas persistimos. Queremos os 25 km! E assim continuamos até fazermos uns 22 km, altura em que regressamos para os 3 km que faltam até Algés, onde terminamos mesmo junto ao carro. Feito! :)

Três longos em estrada já cá cantam. Total de 4 longos com 1 em trilhos.

Na semana a seguir vinha outro longo em estrada, os 20 km de Cascais :)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Trail Centro Vicentino da Serra, continua fantástico e memorável

Amigos, eu sei eu sei! Não é preciso ralharem mais, mas não tem havido mesmo tempo. A única coisa que posso fazer é garantir-vos que a partir de agora este blogue vai estar novamente mais activo. O mês de Janeiro foi mais complicado, com quase nenhum tempo livre mas daqui para a frente este blogue renasce :)

Com os 100 km do UTSM a aproximarem-se temos mesmo de começar a levar a coisa a sério. Neste momento estamos a fazer longos todos os fins-de-semana, abdominais matinais praticamente todos os dias (ah pois é!) e estamos a seguir uma alimentação mais equilibrada.
Logo no primeiro fim-de-semana do ano fomos fazer o 1º longo. Foram 20 km com inicio em Algés, sempre junto ao rio até perto de Santa Apolónia e depois retorno.

Após o primeiro longo do ano :)

Com algum tempo de atraso (quase 1 mês) aqui vai o relato do TCVS, uma prova sempre a repetir pois é claramente das melhores a nível nacional. Este ano a coisa não nos correu tão bem, mas fica a experiência e a aprendizagem fundamentais para o nosso futuro enquanto atletas.

Chegámos a Portalegre, que já é quase a nossa segunda casa, no dia anterior à prova e logo percebemos que o tempo não iria ser famoso durante o dia da prova. Estava muito nevoeiro, frio e chuva. No domingo a juntar a tudo isto, vento forte. Para nós, e tendo em conta as últimas semanas de pouco treino, íamos com um objectivo, encarar a prova como um treino para São Mamede. Como é óbvio queríamos terminar a prova tal como no ano passado mas neste ano não foi possível, ficam já a sabê-lo =P

Esta prova marca pela beleza, dureza e originalidade e inovação. Este ano não foi excepção e no sábado à noite houve uma corrida para os miúdos em vários escalões. Um mini-trail nos jardins de Portalegre que foi simplesmente fantástico e até emocionante. 

Insisti com o Vitor para que jantássemos cedo, para às 21h estarmos à assistir à partida dos miúdos. No briefing aconselharam os pais e expectadores da corrida a espalharem-se ao longo do jardim para que os miúdos tivessem apoio em vários locais. Nós assim fizemos. Penso que éramos dos poucos que não tínhamos crianças a participarem mas é sempre bom para eles sentirem apoio.

A prova dos mais velhos começou e num verdadeiro sobe e desce no jardim os adolescentes lançaram-se como se não houvesse amanhã para completarem 5 voltas ao circuito. Batíamos palmas, dávamos força e fazíamos comentários sobre a estratégia de alguns eheheh :)
Numa festa que juntou tanta gente, também alguns miúdos da CERCI estiveram presentes a correr ou a caminhar, uma atitude de louvar por parte da organização que convidou estes miúdos a participarem e para eles com certeza foi uma experiência a recordar.
A seguir aos mais velhos, foi a vez dos mais novos. Alguns bem pequenitos e amorosos.

Uma excelente iniciativa do TCVS.

A malta jovem a preparar-se para o mini-trail.
=)
O primeiro atleta em bom ritmo.
Os putos vão tão rápidos que a foto até ficou desfocada =P

O dia seguinte amanheceu escuro mas sem chuva.
Equipámo-nos, tomámos o pequeno-almoço e fomos até ao mercado, mais uma vez o local central do evento. Logo encontrámos malta conhecida como a Ana Pereira, a Carla e o Jaime.

Aí estão eles prestes a iniciar nova aventura.

Às 9h foi dada a partida. Aí vamos nós em mais uma aventura! :)

Ambiente de festa, muita animação, muita cor.
Seguimos dentro de Portalegre, este ano noutra direcção, entramos dentro de um recinto grande da GNR, um convento com um claustro, e voltamos a sair. Logo à saída começamos a subir e não tarda muito embrenhamo-nos na serra. Esta é a mesma serra do UTSM, esta é a mesma serra do TCVS do ano passado mas do inicio ao fim não reconhecemos nada. O percurso é diferente do ano anterior e para ajudar...está bastante nevoeiro o que não nos permite ver as paisagens ou tentarmos situar-nos.

Cai uma chuva miudinha mas nada de especial. Estamos bem agasalhados e com tralha suficiente na mochila. Aprendemos algumas lições nos Abutres do ano passado ;)

Depressa ficamos para trás, embora desta vez não sejamos os últimos. Seguimos mais uma vez encantados com os trilhos difíceis e técnicos desta serra, com os tons de verde e castanho que nos regalam os olhos. É a quarta vez que corremos nesta serra e ela não deixa nunca de nos surpreender e maravilhar. Quem não conhece, nem imagina o quão maravilhosa e diversificada é esta serra alentejana.

Tal como no ano passado, a organização colocou vários pequenos postes com os nomes dos trilhos ou com frases como "Acredita", "Está quase compadreeee" ou "Cuidado com o sku". São pormenores destes que tornam uma prova única.
Passamos várias vezes ribeiros, molhamos várias vezes os pés e de repente...
"O que é aquilo????"
O Vitor acha que é um mergulhador, a mim parece-me uma câmara a filmar daquelas que se mexe com o movimento das pessoas....Aproximamo-nos para atravessar o rio e então vemos melhor...Atravessamos o ribeiro e é isto que nos espera do outro lado:

Uma pessoa vestida de salamandra!!!

SIM! Digam lá que esta organização não tem pormenores deliciosos? :) Fartámo-nos de rir e tive que pedir ao senhor (ou senhora) que pousasse para nós.





Seguimos caminho e a certa altura achei que estava a ficar mais frio e nós a subirmos...Parei e meti o gorro na cabeça e a gola quente ao pescoço. Melhor coisa que fiz! Passado um pouco iniciámos uma subida algo complicada com muito nevoeiro, chuva e vento forte. O Vitor ia um pouco à frente e ia bastante aflito com o frio, assim que chegou lá acima, abrigou-se entre umas árvores e pôs a fita tapa-orelhas e o capuz do impermeável na cabeça. Durante esta subida o vento era de tal ordem, e a chuva batida a vento a bater-nos na cara de tal maneira incómoda, que comecei a lembrar-me dos Abutres e a pensar se não devíamos ficar já no próximo abastecimento que seria o segundo da prova...
Muito complicado gerir um tempo assim mas os Abutres serviram para alguma coisa. Chegados ao abastecimento, numa tenda que até chá tinha, os 3 ou 4 atletas que ali estavam iam todos desistir. Apesar do susto com o tempo decidimos seguir, estávamos bem, daqui para a frente iríamos correr com luvas. Fiquei mais motivada quando estávamos a sair da tenda e um dos atletas que ia desistir por lesão nos disse um "Força campeões!". Soube-me muito bem ouvir aquelas palavras, sabemos que somos lá de trás, mas coragem (ou loucura) não nos falta :)

Seguimos caminho maravilhados com as nossas novas luvas. Depois dos Abutres do ano passado jurámos que não voltaríamos a correr em trilhos no Inverno sem umas luvas impermeáveis e mais quentes, acabámos por encontrar a melhor opção na secção de ciclismo da Decathlon. Umas luvas justas, práticas e poucos volumosas, impermeáveis e quentes. Perfeitas para este tipo de provas onde volta e meia vamos ter que nos agarrar a troncos e rochas.

Um pouco à frente iríamos entrar numa zona lindíssima. Quem fosse teletransportado para ali nunca iria adivinhar que estava no Alentejo. Uma zona de rochas com cascatas, uma delas bastante grande. Lindo, lindo, lindo! Mas com a chuva e de luvas não deu para tirar fotos :( Por isso se quiserem mesmo conhecer este paraíso no Alentejo não percam a próxima edição....porque nós também não :)

Foi também nesta zona que tivemos nova surpresa da organização, um grupo de pessoas mascaradas tipo de homens das cavernas a gritarem feitos malucos. Isto em plena serra! Incrível como há voluntários no meio do nada a fazerem esta cena maluca! Todas estas pessoas estão de parabéns pela prova incrível que montaram.

Novo abastecimento e desta vez com direito a café :)
Até eu que não costumo beber café, tive que beber um café Delta, com aquela chuva e aquele vento forte e muito desagradável, um café quentinho soube muito bem.
Para além do café, havia também as habituais iguarias e as famosas e saborosas boleimas.

Entrámos depois numa zona mais plana. Nesta altura eu já ia praticamente convencida que já não íamos passar o controlo do km 37, paciência. Mas o Vítor...era o Vítor... "Bora Isa, ainda dá, temos tempo."..."Vá quero ouvir alguma coisa. Vá, vamos conseguir." e eu "sim", e ele "Não ouvi" e eu novamente com um sim em tom arrastado e ele novamente "NÃO OUVI!" E então de repente em plena Serra de São Mamede a Isa gritou a plenos pulmões:



Eheheheh =P

O grito e o facto de termos entrado em nova zona mais corrível deu-nos algum alento, ainda havia esperança, não íamos desistir, íamos continuar a lutar.
E então quando já seguíamos com novo alento, a chuva começa a cair com mais força, as rajadas de vento aumentam. Sinto a cara gelada. Nova zona mais técnica, muitas rochas, um vento fortíssimo. Temos que seguir com muito cuidado, digo ao Vítor para ele seguir com calma. Quero lá saber de cortes ou tempos de barragem, o mais importante é sempre a segurança.
Nesta altura acabamos por perder algum tempo e agora sim começa a ser muito complicado chegarmos a tempo ao corte do km 37. Ainda nos falta o abastecimento dos 29/30.
O tempo nesta altura está de loucos e tomamos a decisão de ficar no abastecimento dos 29 km. Falta 1h e pouco para fazermos ainda 7 a 8 km, com o tempo que está e com o grau de dificuldade desta prova sabemos que é praticamente impossível. Decidimos terminar aqui a aventura, foi um grande treino e desta vez estávamos claramente melhor preparados para este tempo extremo.

Comunicamos a nossa decisão à malta do abastecimento dos 30 km que nos dizem para esperarmos dentro da tenda do INEM enquanto não temos a boleia para baixo. Este foi um pequeno vídeo que fiz dentro da tenda...




E isto dentro da tenda, agora imaginem lá fora...

Ficámos com pena de não termos terminado a prova mas considerámos que foi um belo e grande treino. Para baixo viemos com um jovem e um senhor mais velho numa carrinha e eram ambos super simpáticos, a comprovar que as gentes de Portalegre são 5*.

No final tivemos direito a banhinho quente e a refeição com sopa, lombo de porco com esparguete, bebida e um doce conventual :) Que mais se pode pedir?

Foi a primeira prova do ano e apesar de não ter acabado como desejaríamos, foi uma grande aventura e um grande treino. E claramente para o ano é para regressar. Novamente!

Corram felizes!

Nota: Depois do TCVS estas pernocas já contam com mais dois longos, desta vez em estrada. Relatos nos próximos dias :)