quinta-feira, 28 de agosto de 2014

5h na Serra de Sintra

Olá a todos!

Cá estou eu a relatar os nossos treinos.
Mas antes disso quero dizer umas coisas.

Primeiro: A amiga Anabela está hoje (neste momento) a correr nos Alpes, na OCC (53 km) e que está integrada nessa tão famosa prova que é o Ultra Trail  du Mont Blanc. O amigo Paulo já ACABOU a sua prova de 119 km!!! PARABÉNS PAULO!
Para eles vai toda a minha força. São uns corajosos que não temeram o desafio! 

Segundo: Hoje falta 1 mês para eu e o Vitor irmos à Serra d'Arga. Fazer quantos km's é que só saberemos no dia...pois é....cada vez mais, e apesar dos treinos, achamos (mais eu que ele, pois ele ainda está optimista e eu estou cada vez mais....realista!) que será muito complicado (quase impossível) que consigamos fazer os primeiros 33 km em menos de 5h. Para um desnível positivo tão elevado parece-me uma tarefa difícil. Nem são as 10h para os 53 km, é mesmo as 5h para os primeiros 33. E se não chegarmos ao marco dos 33 km antes das 5h de prova, bye bye ultra! 
Como sou uma pessoa precavida pelo sim pelo não já tenho um plano B e até um C. E esses planos são outras provas ainda este ano na qual nos poderemos tornar ultras caso Arga falhe. Pelo sim pelo não...
Mas pode ser que não seja preciso visto que apesar do enorme desnível positivo, a prova até será corrível....

Feitas estas considerações tenho a dizer que no passado fim-de-semana a ideia era fazer novamente um longo em Monsanto, mas no sábado conversámos e concordámos que Sintra seria mais duro e diversificado. Para não falar do efeito novidade que nos poderia manter mais motivados para o treino que queríamos fazer. 5h de treino. Não interessa quantos km's, queríamos correr e andar durante 5h. 

E assim após pesquisas por tracks na net e com algumas ideias em mente, partimos da Barragem do Rio Mula no passado domingo às 8h30. Estava bastante vento, um vento frio. Para contrariar este frio nada como começar logo a subir nos primeiros km's. 

Barragem do Rio Mula



Ainda íamos com poucos km's e já íamos maravilhados com as paisagens. Não seguimos nenhum caminho em específico, fomos correndo. 

Tenho uma história engraçada para contar que aconteceu logo nestes primeiros km's. Não havia muita gente pela serra mas de vez em quando lá nos cruzávamos com alguém ou a caminhar, ou a correr ou de BTT. A certa altura parámos um pouco e de repente olho para o chão e vejo um bicho!!! De pêlo ruivo! Num segundo estava a dar um gritinho histérico, no segundo seguinte já estava a rir-me e a tentar fazer festas a um cãozinho muito afável que ia a correr com o seu dono. Não gozem, ok? Mas assim de repente ver um bicho mesmo ali ao pé de nós no meio de nenhures....


Também encontrámos um grupo grande que ia a correr e que até nos deram uma dica sobre uma fonte meio escondida e que esconde uma água TÃO fresquinha!!! Em dias quentes deve saber tão bem.

Hihihi, o que a gente se riu =)
Nesta altura já íamos a seguir as indicações de percursos pedestres que iam dar à Peninha e lá chegámos. As vistas eram soberbas!

Foto tirada por um simpático grupo de BT'Tistas
após lhes termos tirado também uma a eles.
Vista da Peninha para o lado do Cabo da Roca.

E depois da Peninha descemos, descemos, descemos com intenção de depois voltarmos para trás para subirmos, subirmos subirmos.

O barulho veio dali Vitor!!!!!!


Depois de termos descido por trilhos lindissimos eis que consegui espetar um pico num joelho. Com jeitinho o Vitor lá me tirou o pico e prosseguimos viagem já em zona plana e acabando por ir ter a uma estrada que pensamos ser a do Fim da Europa e que vai dar à Azoia. Concordámos em voltar para trás que era para subir aquilo tudo e assim fizemos. Voltámos à Peninha, passámos na tal fonte escondida e que tinha água mesmo muito fresca e que bem que soube passá-la pela cara. 
Depois, para não voltarmos pelo mesmo caminho e porque ainda faltava muito tempo para as 5h, virámos à direita em certo ponto e comecámos a descer em direcção a uma aldeola. Andámos ligeiramente perdidos, até que encontrámos um grupo de caminhantes e lhes perguntámos o caminho para a Pedra Amarela. Lá nos indicaram mais ou menos e eventualmente lá conseguimos dar com o caminho. Mas primeiro ainda andámos perdidos por aqui:


Como podem ver pela foto...nem sequer se vê um trilho...andámos literalmente no meio de arbustos porque pensámos que a Pedra Amarela era aqui (tanta rocha...só podia ser, certo?...). Após vários arranhões nas pernas lá chegámos à conclusão que ali era impossível ser a Pedra Amarela. Mas valeu a pena a incursão a esta zona pois para lá chegarmos tivemos que trepar por umas rochas e se vamos a Arga tem que ser, não é verdade?

Agora sim!
Na Pedra Amarela!




Eu sei, eu sei...tirámos montes de fotos com os telemóveis....E acreditem que tirámos muitas mais...no blogue só estão para aí metade ou nem isso...Mas em Arga haverá muitas menos pois não poderemos perder muito tempo com isso se queremos chegar ao controlo dos 33 km antes do tempo limite...Estou a falar muito neste assunto dos 33 km? Não sei porquê...eu nem estou nada preocupada com isso...

A descer da Pedra Amarela.

Depois da incursão à Pedra Amarela acabámos por encontrar o caminho de volta à barragem do Rio Mula. Bem, mais ou menos... algures pelo caminho seguimos por um trilho diferente e fomos lá dar na mesma só que por um caminho mais longo. Ups!
Quando chegámos à barragem íamos com 4h e pouco, ainda tinhamos que inventar mais tempo e lembrámo-nos que tínhamos passado de carro à porta da Quinta do Pisão e lembrámo-nos de ir lá cuscar ;)

E vejam só as coisas mais lindas que por lá encontrámos :)


"Andá cá à Isa."
"Lindos meninos."
"Merecem muitas festinhas."
E o cronómetro parado...



"Agora é a minha vez de fazer festas."

Depois de alguns minutos a fazer festas a estes bonitões (ou bonitonas) retomámos o cronómetro e continuámos a explorar a quinta, seguindo as indicações o Estábulo do Refilão (não sabia que o Spike tinha um estábulo ;)....hehehe).


Fomos encontrar um prado cheio de cavalos e burros. Muito bonito.



Por esta altura já estávamos no pico do calor e já custava um bocadinho mas lá explorámos um bocadinho mais da quinta (e mais haveria a explorar, mas fica para uma próxima) e depois saímos e voltámos ao carro com 5h de treino! Ufa! Tava a ver que não!

Foram 5h, 28 km e 1000m de desnível. 
Ora bem, assim de repente e analisando a coisa conseguimos fazer 28 km em 5h e não 33! Tudo bem que parámos algumas vezes para tirar fotos, tudo bem que andámos perdidos no meio de arbustos onde mal se conseguia andar quando mais correr..., tudo bem muita coisa mas 33 km em menos de 5h parece-me...complicado....não sei se já o tinha dito....

Foi um treino fantástico onde começámos com um vento gelado mas acabámos com bastante calor. Apanhámos algum nevoeiro nas zonas mais altas, vimos paisagens bem bonitas e vistas fabulosas e corremos por sítios técnicos e outros menos técnicos mas não menos interessantes. 
Será claramente para repetir, só não sabemos quando pois neste fim-de-semana teremos que fazer um treino em estrada (Maratona do Porto a aproximar-se a passos largos) e no seguinte vamos a Tomar, aos Trilhos dos Templários, e no seguinte será a Meia-Maratona das Lampas e o seguinte a esse já será o ÚLTIMO fim-de-semana antes de Arga!!! Mas está tudo bem, ninguém está nervoso...

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Belavista

Na semana passada fizemos um treino pelo Parque da Belavista, para muitos apenas conhecido pelo local onde se realiza o Rock in Rio, para outros conhecido como um parque com uma bela vista ;) e umas belas rampas...ufa...

Achámos (mais eu que ele, pois ele não conhecia tão bem o parque) que seria um bom treino em alcatrão mas com bastante sobe e desce. Acho que o Vitor não estava preparado para tanto sobe e desce, mas como é natural aguentou-se bem. 
Fizemos 10 km por este parque tão agradável para se correr mas com dificuldades qb.
Não é só a vista que é bonita (vê-se até à Serra da Arrábida!), é os aviões que passam ali já baixo (demasiado baixo!) e as cães a serem passeados e a brincarem e a correrem na relva (e todos sabem como gosto de cães).

Agora menos conversa, mais fotos e mais km's se faz favor!

Uma das belas vistas.
Esculturas de madeira que há no parque.

Nem vos digo o tempo que demorámos a decifrar o que era este bicho....
Pronto...eu digo....
Será um macaco? Não, é um gato. Não, é um cão!
Não é nada! Não vês que é uma lontra???!!!
Passada uma eternidade....
É UM CASTOR!!!
Avião a sobrevoar o parque, daí a segundos estaria a aterrar no aeroporto.
Dica: Há um sítio no parque que dá para ver os aviões a aterrarem ;)
Juro que este cão estava mesmo a posar para mim!
O outro lá atrás andava simplesmente a brincar :)
Dispensam apresentações, certo? ;)

Agora vou ali treinar para Arga.
Boas corridas!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Trail longo Rocha da Pena, o trail mais quente do ano

O que é isto? Uma prova de 25 km em trilhos no Algarve? No fim-de-semana em que estaremos....no Algarve?
Isto foi o que pensei para mim, logo a seguir falei com o Vitor e inscrevemo-nos. Não podia vir em melhor altura. Foi tudo um pouco repentino mas tínhamos que aproveitar, temos treinos longos para fazer todos os fins-de-semana, se pudermos fazer um desses treinos numa serra no Algarve com calor, melhor! E assim estávamos inscritos para o trail mais quente do ano :)

E assim no sábado acordámos às 6h da manhã para nos dirigirmos a Salir, concelho de Loulé. O dia adivinhava-se....quente....
No caminho passámos numa terra cujo nome deixava adivinhar o que nos esperava. Começava o...



Já em Salir e após estacionarmos o carro junto à meta, dirigimo-nos para a zona da partida, a mais de 1 km. O pessoal que ia correr 50 km já tinha partido às 8h, nós iríamos partir às 8h30.

4 ao km a correr por trilhos algarvios

O inicio da prova tinha algum alcatrão e eu sentia os gémeos bastante presos, o que só melhorou após os primeiros km's. Nesta altura corríamos em zona plana, passámos para terra batida mas era quase sempre plano.
Na nossa inocência pensávamos que íamos para um trail mais ou menos plano, a maior dificuldade seria com certeza o calor...sim sim...claro....bastante plano...

Apenas a começar a subir...
Vinha aí uma parede...
Ainda na parte da subida que era aceitável.
Vista bonita mas...Vêem nuvens? Vêem sombras?

E então de repente surge uma autêntica parede, a rampa mais inclinada que eu alguma vez tive de fazer!!! Juro que aquilo tinha para aí cento e tal % de inclinação! Pelo menos foi isso que me passou pela cabeça enquanto a fazia. Um horror! Não sei como não tinha uma corda pois aquilo mais parecia escalada!!!
Tenho dado voltas e voltas à cabeça mas não me lembro de alguma vez ter feito uma rampa tão inclinada.

Aqui está ela...
"O que é isto?????????" é o que eu ia a pensar

Depois de ultrapassada a subida mais inclinada de sempre seguimos caminho e pensando que daí para a frente seria mais fácil....

Mas porquê????
Vista cá de cima.

Por esta altura já comentávamos que afinal isto era mais duro do que pensávamos. Mas ainda bem! O Vitor só dizia "Isto é um bom treino para Arga!" e eu só pensava "Estamos lixados para Arga!"

Ainda eram 9 e tal, ainda nem tínhamos chegado ao primeiro abastecimento que seria aos 7 km e já se sentia bastante calor e o ar seco seco seco. Lembrei-me várias vezes de São Mamede por causa da paisagem e do calor.



Chegámos ao primeiro abastecimento. Aproveitámos para comer um pouco de laranja e seguimos caminho mesmo junto à montanha que dá nome à prova, Rocha da Pena.


A Rocha da Pena.
A gente já aí vai. Estamos a caminho.

Como podem ver pela foto, nós estávamos cá em baixo mas claro que teríamos que andar a correr pela Rocha da Pena propriamente dita, por isso lá fomos nós a subir. "Isto é um bom treino para Arga!"
Subimos e não foi pouco, mas ia tão compenetrada em ver onde punha os pés que nem dei muito pela subida. E depois das paredes anteriores isto não parecia nada.
Quando chegámos lá acima fomos recompensados pelo esforço.


Até conseguíamos ver o mar lá ao fundo!
O piso lá em cima, tal como o nome indica, era rochoso. Muita pedra, muito calhau, de vez em quando ensaiávamos uns passitos de corrida mas na maior parte das vezes íamos a andar o mais depressa que conseguíamos e com os olhos bem postos no chão. "Grande treino para Arga!"
Vamos só para aqui um bocadinho para tirar mais fotos (que é coisa que não poderemos fazer com muita frequência em Arga devido ao apertado tempo-limite).



Reparem bem no chão...eu bem disse que eram só rochas e pedras.

Depois de andarmos algum tempo lá por cima tinha chegado a altura de descermos. Não há fotos desta descida porque era uma descida bastante técnica no meio de rochas e arbustos e sempre em curva e contra-curvas apertadas. Era preciso ir com atenção pois um passo em falso e...esbardalhanço à vista. Ficámos com as pernas todas arranhadas graças aos diversos arbustos que se encontravam pelo caminho. 
Depois desta descida feita com muito cuidado lá chegámos a um maravilhoso abastecimento. Fruta (melancia incluída), bolachinhas (muito boas), batatas fritas e amendoins salgados. Depois do repasto seguimos caminho, desta vez em zona mais ou menos plana mas sempre em single track. O Vitor ia à frente e atrás de mim vinha outro atleta. Estava tanto calor que me apetecia andar um bocadinho mas não podia pois sentia-me pressionada pelo atleta que vinha atrás de mim e assim lá seguimos até a mais um abastecimento. 

E agora sim o calor já se fazia sentir em força e mesmo em plano custava correr.
Eles bem avisaram....trail mais quente do ano....e assim foi.

Se até as ovelhas podem estar
encostadas às pedras e à sombra da árvore...
....Porque é que nós temos de estar a correr aqui?

Sombras? O que é isso? Ao longo dos 25 km foram muito poucas. Bebi imensa água e deitei outra tanta em cima da cabeça para me refrescar. 

Como acontece em 99,9% dos trails pensámos que aquele ritmo dava perfeitamente para terminar antes das 4h. Isto se não houvessem surpresas....Mas, como acontece em 99,9% dos trails, claro que há sempre surpresas...

Chegámos ao último abastecimento onde aproveitei para encher uma das garrafas de 0,5 l que levava comigo e para comer mais alguma coisa. Para ser perfeito só faltou o tomate com sal :) E assim seguimos caminho ainda a acreditar que (se não houvessem surpresas) conseguíamos terminar antes das 4h.

Isso foi antes de termos feito uma subida em alcatrão à torreira do sol, isso foi antes de apanhamos uma zona só sobe e desce em terra batida, sempre à torreira do sol claro. E isso foi antes disto:

É bem pior do que parece.

AI CA MEDO!!!!

Só pensava "Porquê??? Mas porquê que eu me meto nestas coisas???"
E a fotografia seguinte ilustra bem os meus sentimentos.

Mas porquê?


Esta subida era MUITO inclinada. O Vitor achou esta pior que a outra, aquela primeira dos cento e tal % de inclinação, mas eu continuo a achar que nenhuma bate a outra em inclinação. Esta tinha outros problemas, menos sombras e já passava do meio-dia. 

Estratégia para sobreviver a esta subida do inferno:
  1. Subir muito devagar;
  2. Parar de x em x metros, sempre que havia uma sombra;
  3. Beber uns goles de água enquanto olhamos para cima e vemos que ainda falta tanto!!!;
  4. Observar a atleta que segue mais à frente e que também está parada na sombra seguinte;
  5. Observar o atleta que segue mais atrás e que se sentou numa pedra à sombra;
  6. Constatar que se me acabou a água, consegui a proeza de gastar 4 l de água em cerca de 22 km;
  7. Beber da água do Vitor;
  8. Subir mais um bocadinho até à sombra seguinte;
  9. Parar novamente a apreciar a paisagem (resmungar internamente que a subida nunca mais acaba, resmungar externamente amaldiçoando a organização da prova);
  10. Avançar novamente com os olhos postos na sombra seguinte;
  11. Nova paragem;
  12. ESTÁ QUASE!!!!!!!;
  13. Avançamos mais um pouco;
  14. E chegámos ao fim da coisa! Ufa!!!
Depois disto está tudo muito nublado na minha cabeça, devo ter apanhado demasiado sol naquela subida. Já só me lembro do momento seguinte digno de nota. Quando....nos perdemos.....Nada como nos perdermos com um calor dos diabos! 

Então foi assim. Chegámos a um sítio onde já se avistava uma povoação lá em baixo que pensávamos ser Salir (e era).
Havia um cruzamento onde estavam uns miúdos escuteiros que nos disseram que os 50 km eram para a esquerda e os 25 km para a direita. Estacámos pois só se viam fitas para a esquerda. O Vitor ainda perguntou aos putos "Mas têm a certeza? Não nos estão a enganar?" Mas eles pareciam estar a ser sinceros, por isso seguimos pelo caminho da direita por onde tinham seguido outros atletas. Mas fitas nem vê-las....Era daquelas descidas que têm de se fazer com algum cuidado para não escorregarmos, íamos portanto concentrados no chão e nos atletas que iam à nossa frente e atrás de nós, só para termos a certeza que se fossemos enganados não seríamos os únicos. 

Descemos, descemos até que chegámos a novo cruzamento e fitas nem vê-las....Acabámos por nos juntar a mais 3 atletas na busca pelo caminho certo. 
Cada um tinha a sua teoria para estarmos perdidos:
  1. Os escuteiros tinham-nos enganado;
  2. Alguém tinha arrancado as fitas;
  3. Somos os 5 tão ceguetas e íamos tão concentrados que não vimos algum desvio que podia haver durante a descida.
Como estávamos perdidos e estava imenso calor, perdemos um bocado a motivação e íamos todos a andar. Noutro cruzamento parámos um pouco e graças às tecnologias os rapazes procuraram via gps no telemóvel por onde andávamos e lá chegámos à conclusão que Salir era para a esquerda. Um dos rapazes conhecia bem a zona e também disse que Salir era naquela direcção. Foi a nossa sorte. Encontrámos um senhor de bicicleta e perguntámos onde eram as piscinas de Salir, o local da meta e o senhor lá nos indicou o caminho. Felizmente encontrámos a estrada que ia dar ao complexo desportivo e por fim lá encontrámos o complexo e a meta. Entretanto fitas nem vê-las! E lá chegámos ao fim.



Comi muita melancia quando cheguei. Vimos o Luís Mota a cortar a meta após ter feito 50 km. Grande atleta! Graças à subida do inferno e com o tempo perdido durante o tempo que andámos...bem...perdidos... acabámos com quase 4h30!

Gostámos muito desta prova. Muito desafiante e com os seus momentos de dureza. Cada vez que me lembro daquelas subidas! E o calor que se fez sentir foi bom para aumentar a nossa resistência a estas condições climatéricas. Abastecimentos 5*, no final havia balneários mesmo junto à meta. A única coisa menos boa foi a sinalização que achámos deficiente nalguns pontos, mas que eventualmente não terá sido culpa da organização. 
Quem sabe não estaremos de volta no próximo ano? :)

Claro que à tarde fomos fazer recuperação na água fria do Algarve. E quem fez aquelas subidas que não lembram ao diabo merece uma bola de berlim ;)

Mais uma vez obrigada ao meu companheiro de todas as corridas. Tem sido um prazer correr a teu lado Vitor. E foi um fim-de-semana maravilhoso.