terça-feira, 30 de outubro de 2012

Corrida do Monge

Dizia eu noutro dia que não fazia treinos longos, com mais de 1h, desde a Meia.
Bem, para percorrer os 11,458m da Corrida do Monge demorei 1h57m!

Querias 1 treino longo? Pois levas com um treino longo e bem intenso!

Domingo amanheceu um dia quentinho...ou não...
Estava cá um friozinho gelado. E eu de calçõezinhos. Felizmente que levei um casaco.
Tinha combinado com a Rute para ela me dar boleia (mais uma vez obrigada) e antes da hora combinada já ambas estávamos no ponto de encontro. Ela tinha decorado bem o caminho e chegámos sem qualquer problema ao local de partida. Levantámos os dorsais, fizemos tempo e mais perto da hora de partida vimos o Jorge Branco (que foi quem nos deu a conhecer esta prova) e trocámos umas palavras. Também encontrámos o João e o Vitor. Tivemos na converseta até à hora de partida e às 10h30 foi dada a partida.

Para começar em beleza nada como uma rampa. Por aí aos 500m já não víamos o Jorge... Só o voltámos a ver na meta.
Algures durante a subida juntou-se a nós um conhecido do João, seguimos sempre os 5.
Fomos subindo, subindo, subindo e basicamente foi quase sempre a subir até por volta dos 4km. Uma coisa levezinha portanto...
Os rapazes já gozavam sempre que chegávamos a um cruzamento. Se para a esquerda era a descer e para a direita era a subir, claro que o caminho só poderia ser para a direita =P
Esta foto foi tirada de cima. Nós subimos isto!

Vale ou não vale a pena fazer esta prova?
Por volta do km 4 havia abastecimento e se bem me lembro a partir desta altura começamos a descer.

Está um bocado desfocada esta.
Só prova que eu ia a correr nesta altura...
Ali está a marca do 5ºkm e o pessoal lá à frente a correr.
Como podem ver pelas fotos, o percurso é lindissimo, mas é mesmo pelo meio do mato.
Nas descidas tinhamos de nos agarrar aos ramos das árvores e ver bem onde punhamos os pés. Mais do que uma vez escorreguei e não sei como não torci um pé. Por vezes colocava mal os pés e não sei como não terminei a prova com um pé todo torcido. Os meus ténis não são, de todo, adequados ao trail running, mas estiveram à altura do desafio. Mas tenho de pensar em comprar uns ténis mais adequados a este tipo de piso, até porque a maior parte dos meus treinos são feitos em Monsanto, em terra batida.

Entre o km 5 e 8 mais ou menos foi a zona do percurso mais espectacular. Sinceramente só me apetecia parar em cada sítio para tirar fotos, mas os rapazes já iam um pouco à frente e eu e a Rute começamos a ficar um pouco para trás. Por isso se querem mesmo saber como é esta zona têm de participar no próximo ano =P.
Vou só dizer que tem um riacho e o percurso vai andando mais ou menos aos "esses" enquanto vamos passando por ínumeras pontezinhas de madeira. Lindo, lindo, lindo!

Estes kms foram tão "técnicos" e tão bonitos que eu nem me sentia cansada, até porque uma pessoa vai tão maravilhada e tão concentrada em ver onde põe os pés, que nem dá pelo cansaço.

Por volta do km 8 começamos de novo a subir, foi quando um senhor da organização nos disse que ainda vinha aí a "jeitosa". Ora quem é esta jeitosa?

Como é obvio vamos todos a andar.
Não sei se percebem que isto parece mais
uma parede de escalada...

Foto tirada mais ou menos a meio da subida.
Já tinhamos subido isto, já só faltava...

isto.
Mas íamos todos a correr...claro que sim...=P
 Mas a subida compensa:
A foto é o que se arranja. Foi tirada com o telemóvel.
Mas vê-se até à Ponte 25 de Abril.


Depois desta subida do outro mundo, se bem me lembro, ainda subíamos mais um bocado até chegarmos a mais um abastecimento, onde simpaticamente nos disseram que daí para a frente era sempre a descer até à meta.
Oh que alegria!

Os rapazes lançaram-se descida abaixo como se não houvesse amanhã. E nós as duas íamos atrás.
Não consigo ter grande confiança numa descida onde há montes de pedras no chão e inclusivé algumas zonas enlameadas. Ainda por cima com os meus ténis nada adequados a este tipo de piso. Fui ficando para trás. Até que a certa altura começou a dar-me uma dor de burro, mas uma "Sra. dor de burro". Era uma dor bem aguda e que não me queria deixar.
Já tenho tido dores de burro noutras ocasiões, mas normalmente não chego a parar, porque passam passados uns segundos ou uns minutos. Para além disso não costumam ser tão fortes.
Comecei a ficar mais para trás. Até que tive de começar a andar...em plena descida. Não suportava a dor.
Não deixa de ser irónico que quando todos se lançam pela encosta abaixo, eu tenha de andar...
A Rute percebeu que se passava alguma coisa, mas incentivou-me a continuar. A descida foi quase um suplicio. Corria, andava, tentava correr mais um pouco, andava.
Já estávamos na povoação e havia alguns sítios com pessoal da organização a indicar-nos o caminho. Perguntei a um senhor quanto faltava para a meta. Pareceu-me perceber 150m. Corri mais um pouco. Cheguei ao pé de outro senhor. Voltei a perguntar. Este sim disse 150m(ou seriam 250?já nem sei). Vi que o João e a Rute tinham esperado por mim e lá tentei correr mais um bocadinho.
Eu e a Rute cruzámos a meta de mãos no ar.

Passados uns minutos já me tinha passado a dor. Felizmente.

À chegada tivemos direito a pão com chouriço (tão bom), um sumo, uma maçã, água e uma t-shirt.

Cheguei com as pernas um pouco sujas da terra e um arranhãozito numa das pernas.
E eu preocupada...

A organização esteve 5*.
Não tenho falhas a apontar. O percurso todo bem sinalizado, ora por fitas, ora por pessoal da organização. Nunca nos perdemos.
Um percurso muito variado e de fazer inveja a muitas provas.
E dois abastecimentos sempre com pessoas muito simpáticas a motivarem-nos.
E no final pãozinho com chouriço!
(pelo que sei ainda tinhamos direito a duches e massagens!)
O que se pode pedir mais?

A experiência é para repetir, pois eu adorei!
Sempre fui aventureira e já tinha o feeling que iria adorar esta experiência. Não estava à espera de um percurso tão duro e tão técnico. Na minha cabeça visualizava um género de Monsanto, talvez com algumas zonas mais dificeis mas, de facto, as parecenças são poucas.
Mas gostei mesmo muito e quero repetir. Muitas, muitas vezes =D

Obrigada caros companheiros de prova! A vossa companhia foi optima. Até breve!
E obrigada Jorge por me teres indicado esta prova.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Para que não hajam dúvidas

Eu adorei participar na Corrida do Monge!!!

Foi uma experiência espectacular! É claramente para repetir =)

Zonas lindissimas inacessíveis a carros, zonas "técnicas" muito boas e que dão um gozo enorme. Subidas que "não lembram ao diabo", mas cuja "escalada" vale a pena pela vista única lá de cima.

Gostei mesmo muito e, sabe-se lá como, nem estou assim tão dorida como isso.

Assim que tiver mais tempo conto tudinho e publico algumas fotos que tirei ao longo do percurso.

p.s. Pensava eu que correr em Monsanto já me dava uma ideia do que iria encontrar na Corrida do Monge...Inocência, inocência...

sábado, 27 de outubro de 2012

A minha semana de treinos

Eu tenho andado em "pulgas" para voltar aos treinos longos. Se não estou em erro, desde a Meia que não corro mais de 1h. Quase 1 mês!!!
This has to end!

Mas foi por uma boa causa. Eu queria bater o meu recorde pessoal aos 10km e para isso precisava de me dedicar mais à velocidade. No entanto, uma coisa não invalida à outra. Mas como estava tão concentrada naquele objectivo acabei por deixar um pouco de lado aquilo que realmente gosto. Os treinos mais longos. Quando digo mais longos, para mim isso significa entre a 1h30 e as 2h.

Mas de amanhã a 8 dias farei um treino de 1h30!
Está já dito (ou escrito) que é para vocês não me deixarem falhar com a minha palavra.

Esta semana foi normalissima.
Terça - corrida 50 minutos
Quarta - corrida 25 minutos
Sexta - corrida 1h

Só 4ª feira é que não fui até Monsanto, porque já fui correr tarde e não ia correr à noite para Monsanto...
Nos outros dias fui à hora habitual, entre as 18h e as19h, e a essa hora já se vê poucas pessoas em Monsanto. Acho mesmo que a chuva e o frio intimidam algumas pessoas.

Ontem estava tudo enlameado. Tive mesmo de andar nalgumas zonas, porque escorregava para caraças e eu ainda me partia toda.
E já me basta ontem ter ido contra uma coisa de cimento na rua...
Coisas à Isa...
Ia eu muito bem na rua com os sacos das compras numa mão e a revista Sábado* na outra. E de repente...PÁS. Perna direita contra uma daquelas coisas de cimento que costumam haver nos passeios para impedir que os carros estacionem aí. Vi algumas estrelinhas e durante o treino de ontem senti sempre a dorzita lá, na zona da canela, mas nada de impeditivo. Hoje já me dói menos e amanhã não irei desapontar o Monge =)
A minha estreia em trail!!!

* Eu só costumo comprar a Sábado quando há algum artigo que me chama a atenção. Neste caso tinha uns cães na capa... Não é preciso mais nada para me convencerem a comprar a revista. O artigo fala do abandono de animais, nomeadamente sobre a história de alguns animais abandonados e de como conseguiram sobreviver. Se ficaram surpreendidos com estas histórias, só vos posso dizer, isto não é nada! Como estes há centenas, milhares em todo o país! No canil onde sou voluntária (Focinhos e Bigodes) posso-vos dizer que já vi muita coisa. Histórias inacreditáveis. Aqueles cães são todos sobreviventes.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Para lá do limite - Linha da Frente RTP

Para quem não viu ontem:

Eu adorei a reportagem.
Quem é que não fica inspirado com estas coisas?
E com aquelas paisagens?
Deixou-me cá com umas ideias... Apenas ideias...

Inspirem-se!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Corrida do Tejo 2012

Já todos perceberam que quebrei o meu recorde pessoal. E até consegui fazer um tempo razoavelmente abaixo dos 59.59.
O meu anterior recorde pessoal era de Julho, no Memorial Francisco Lázaro em que fiz 1h01m51s. Ontem, sabe-se lá como, consegui fazer 57m37s. Para mim é uma loucura, porque eu corro devagarinho, fazer os 59.59 já teria sido excelente. Mas o tempo que consegui fazer é para mim quase uma coisa do outro mundo. Tirei mais de 4 minutos ao meu recorde pessoal e quase 6 minutos ao tempo feito apenas há 2 semanas na Corrida da Água.

Cada um é como é. Para mim este tempo é mesmo bom para caraças =D

Mas vamos agora ao que interessa. Descrever como foi a prova.
Tinha combinado com o meu amigo Carlos que ele me iria dar boleia até Algés, onde às 8h50 nos encontrariamos com o João Lima. O Carlos foi pontual e antes das 8h50 já estávamos junto do João e da sua muito simpática mulher, a Mafalda.
Foram chegando mais pessoas e tivemos sempre na conversa. Tudo pessoal simpático e com muitas histórias de corridas para contar.
Tirámos algumas fotos e perto das 9h15 chegou a Lígia, recente na blogosfera. Feitas as apresentações, eu, o Carlos, o João e a Lígia (também conhecidos como os 4 mosqueteiros) demos ínicio a um breve aquecimento. Por esta altura a chuva que caía deu-nos tréguas, embora se tivessem continuado a cair umas pingas durante a prova, eu até tivesse agradecido.

Por volta das 9h30 dirigimo-nos para a Partida. Mais um pouco de conversa e às 10h é dado o tiro de partida.
É agora!!!
Alguma confusão no ínicio, muita gente a querer ultrapassar. Conseguimos manter-nos juntos.
O primeiro km foi feito numa velocidade um pouco acima dos 6min/km. A partir daqui foi sempre a melhorar até ao 7ºkm. De vez em quando trocávamos umas palavras. Sabe-se lá como eu até conseguia falar.
Como a chuva parou e nem havia brisa nenhuma (só fomos abençoados com uma brisazinha lá para o km7 ou 8) cedo comecei a transpirar (desculpem lá os pormenores, mas é para terem bem a noção que não fiz isto com uma "perna às costas").  Quando chegámos ao 1º abastecimento foi com agrado que molhei bem a cara e bebi um pouco de água. Poupadinha como sou, esta água deu-me para o resto da prova.

O João foi-me dizendo que íamos bem, que estávamos a um bom ritmo para atingirmos o objectivo 59.59. Mas eu sentia sempre que ia a puxar bem, que ia quase no limite mas pensava para mim que não podia desapontar estas pessoas. Acreditavam em mim e estavam a correr juntamente comigo para me darem força. Ia a esforçar-me para dar o me melhor. A partir do km 8 as coisas começaram a custar-me mais (embora, curiosamente o meu km mais lento, a seguir ao 1º, foi o 7º). Portanto, após uma ligeirissima quebra voltámos a acelerar. Eu já nao dizia nada, porque sentia que não conseguiria sequer fazer esse esforço. Entretanto começou a dar-me uma dor de burro. Não disse nada aos restantes mosqueteiros. Não queria alarmá-los, mas principalmente porque não me sentia com forças para falar.

Felizmente por esta altura avistámos a Mafalda, acenámos-lhe, o que me deu mais algumas forças.
Pouco depois (ou terá sido antes? já não consigo precisar a ordem dos acontecimentos) avistei o meu pai. Acenei-lhe e gritei qualquer coisa do género "Quero a minha feijoada!" =) (o meu pai já me tinha dito que ia fazer feijoada para o meu almoço pós-Corrida do Tejo).
Portanto, se não iam no grupo dos 4 mosqueteiros e estão a ler isto e a pensar "Ah! Eu lembro-me de ouvir uma maluca gritar por feijoada!"
Era eu!

A partir daqui já estávamos perto da Meta. Já a víamos! Mas primeiro ainda tinhamos de ir dar a volta à rotunda e voltar para trás.
O João disse-me "Continua assim e vais ter uma agradável surpresa". Depois da rotunda, arranjei forças sabe-se lá onde e acelerámos juntos até à Meta. Cruzámo-la de mãos dadas ao alto, mas um pouco tortos porque haviam mais pessoas a cruzar a meta e quase que nos atropelávamos uns aos outros.
Esqueci-me de parar o meu cronómetro logo. Felizmente que o João o fez e felizmente que há um chip a comprovar aquilo que já sabem.
Tempo de chip: 57minutos e 37segundos! Damn!

Perguntei ao João que tempo tinhamos feito. Quando ele me disse, fiquei um bocado sem palavras, porque não estava bem a acreditar.
Reza a lenda que por volta do km 7 ou 8 o João comentou com a Lígia que, pelo andar da carruagem, iriamos fazer não só menos de 1h, como menos de 59 minutos. E ainda conseguimos todos fazer menos de 58 minutos!
Estamos todos de parabéns!
E o Carlos devia dedicar-se mais às corridas, porque ele não costuma ir a nenhuma prova, só costuma dar umas corridas ao fim-de-semana e terminou conosco. Muito bom!

Um agradecimento aos meus companheiros mosqueteiros que deram significado ao célebre "Um por todos e todos por um". Foram uma optima companhia durante toda a corrida.
Obrigada João! Foste tu o primeiro a voluntariar-se para esta missão. Eu não me esqueço.
E obrigada à Lígia e ao Carlos por nos terem acompanhado.

Gostei muito de ter quebrado o meu anterior recorde pesssoal e de tê-lo feito por uns bons minutos, mas agora quero voltar à calma. Aos treinos mais longos e mais lentos.
Cheguei à meta muito vermelhinha. Está bem que eu também sou muito branquinha, mas chegar bem vermelhinha é sinal de que não fui a "passear na avenida", fui sempre a dar tudo o que tinha.
Agora vou voltar à minha pacata vida de "tartaruga" e daqui a uns tempos volto e pensar em recordes de 10km.

No próximo domingo tenho a Corrida do  Monge. Para correr nas calmas, sem pressas. E até andar quando for preciso.

Boa semana e bons treinos!





domingo, 21 de outubro de 2012

sábado, 20 de outubro de 2012

Último treino pré 59.59 (esperemos...)

Ontem fiz o meu último treino antes da Corrida do Tejo.
50 minutos a correr a um ritmo calmo e no final, como me sentia bem para isso, fiz 2 sprints.
Hoje será dia de descanso.

O treino foi bastante agradável. Havia pouca gente em Monsanto e quando começo a olhar em redor começo a pensar "Mas Monsanto está ainda mais bonito..." e de repente (não foi logo, que o raciocínio quando estou a correr não é assim tão rápido como isso...) surge-me a resposta. Pois claro, choveu! As folhas estão mais verdes, mais brilhantes.
Lindo, a sério.
E dizia eu que no Inverno tinha que encontrar alternativas a Monsanto....Que parvoíce...Talvez um dia ou dois, mas na maioria dos dias quero continuar a correr naquele sítio lindissimo.

Quando vinha a passar ao pé do Califa, um carro vinha a sair do estacionamento e eu começo a diminuir a velocidade para o deixar passar, mas os seus ocupantes, muito simpáticos, fizeram-me sinal para passar e o gajo que ia sentado ao lado do condutor ainda me levantou os dois polegares como quem diz "estás a ir bem". Ri-me e levantei o meu polegar para agradecer.
Podiam até estar a gozar comigo, mas escolhi acreditar que estavam a ser uns fixes comigo.
Porreiro, pá!

p.s. já tenho a minha t-shirt para amanhã.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Treino sem chuva. Mas porquê?

O treino de ontem foi uma espécie de fartlek. Fui alternando ritmos conforme me apetecia e conforme aguentava. Diz que foi uma tentativa de ganhar alguma velocidade para o Tejo.

Monsanto estava assim:

Epá, tanta gente...
Não me atropelem! Há espaço para todos...
Medo da chuva?
Não sei porquê. Não caiu uma única gota enquanto eu corria. Com muita pena mim. Até me estava a apetecer correr com uma chuvinha.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Finally...

Está entregue!!!
Sim, a tese!
O alívio que é. Nem consigo explicar.
Embora o "filme" ainda não tenha acabado. Ainda falta a apresentação e defesa da tese (em data ainda a estipular).
Seja como for o pior já passou.
Ufa.
Ainda outro dia estava a entrar na faculdade e agora já estou a sair!

Daqui a pouco vou fazer a corrida de celebração ou "dança da chuva", neste caso será mais a corrida da chuva. Hehe.

Falemos agora de coisas mais interessantes do que teses (embora a minha tese esteja muito interessante....desculpem, mas estou babadíssima agora que finalmente entreguei): corrida!!!

No domingo fiz um treino com a menina. Fomos até Monsanto e fizemos um percurso semelhante aquele que costumo fazer nos treinos que rondam 1h.
E imaginem que, graças a ela, fui descobrir uma nova rampa ainda para o puxadote.
As outras rampas quase que nem dei por elas. Correr com companhia é de facto engraçado porque, como vamos na conversa, nem damos pelo esforço (só naquela rampa).
Estava um dia bonito, embora pouco depois de eu ter chegado a casa ter caído uma valente chuvada, e havia imensa gente de bike, a correr, a andar. Acho mesmo que nunca tinha visto tanta gente em Monsanto. Mas deve ser só aos domingos de manhã.
Foi um treino muito agradável. Para repetir! E na próxima vez serei eu a ir ter contigo.

Ontem era suposto ter ido correr mas com os últimos preparativos para a entrega da tese não deu mesmo.
Hoje já não há desculpas e daqui a pouco lá vou eu.
Correr com chuva e já a ficar de noite : )

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Treino na passadeira...

O treino de hoje foi de apenas 30 minutos. E foi no ginásio...
Tenho direito a 2 idas/semana e a semana está a acabar e eu ainda não tinha ido nenhuma (a segunda vez costuma ser aos sábados de manhã, quando vou fazer aulas), por isso pensei que seria uma boa ideia fazer um treino na passadeira, até para variar um bocado. A passadeira tem algumas vantagens para quem, como eu, não tem um relógio que lhe dê o ritmo a que vai. A passadeira dá isso e muito mais.
Portanto, fiz bicicleta estática, andei por lá a passear por umas máquinas e depois lá fui para a passadeira. O objectivo era correr 5km à velocidade a que terei de correr dia 21 se quero bater a hora. E consegui! Corri 5km sempre a um ritmo entre os 5.56 e os 6min/km.
Mas confesso que ia mesmo a puxar por mim. A respiração claramente mais acelerada do que na Meia.
Acho que não fui feita para acelerar (só nos 100m).
O que me valeu foi a música que me acompanhou:
Led Zeppelin, Lenny Kravitz, Beyoncé, Blur, Clã, David Fonseca, António Variações, Smashing Pumpkins, Jimi Hendrix, Kings of Leon, U2, Kasabian, RadioHead, etc...
Sim, sou uma gaja que gosta de pop/rock, mas claramente sou mais virada para o rock, principalmente para correr.

A Xistarca respondeu à minha reclamação em relação à falta de água na Corrida da Água. Só o facto de terem respondido já lhes dá uns pontos extra, pois demonstra preocupação e respeito pelos atletas. Dizem que "razões alheias impediram que uma parte das águas destinadas ao abastecimento chegasse ao local certo em tempo útil". Pedem desculpa pelo acontecido e dizem que farão tudo o que estiver ao seu alcance para impedir que tal coisa se volte a repetir.
A ver vamos...
Mas gostei que tenham respondido.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Treinando para os 59.59 no Tejo

A Corrida do Tejo está-se a aproximar e vou usá-la para festejar a entrega da tese (calma, ainda não entreguei, mas estou mesmo na recta final e em princípio irei entregar no ínicio da próxima semana). Espero, para além, desse festejo, festejar também a quebra do meu record pessoal e que esse novo record seja abaixo da hora.

Numa tentativa de aperfeiçoar o factor velocidade nos 10km, terça-feira fui fazer aquilo a que chamei um treino de mistura entre séries e fartlek, talvez mais virado para as séries.
Comecei com uma corridinha de aquecimento de 20 minutos e, para variar, mudei o percurso e dirigi-me para Carnide, seguindo até à Pontinha sempre pela ciclovia. Quando a ciclovia acabou voltei para trás e num sítio com uma recta boa decidi fazer alguns sprints, nos quais tomei como referência um sinal e corri o mais depressa que pude até lá, regressando depois à calma com uma corrida muito ligeira. Voltei a repetir umas 8 vezes. Já não me lembrava que era tão boa a sprintar.
Depois comecei a fase de acalmia e dei o treino por terminado bastante transpirada.

Vou-vos agora contar uma história da minha infância/adolescência.
Quando eu era mais nova eu corria bastante depressa.
Nunca fui boa em corridas mais longas, mas sprints era comigo.
No 6º ano, numa aula de Educação Física, a professora mandou-nos fazer um sprint (talvez de 50m, já não me lembro). Tudo cronometrado. Adivinhem quem foi a mais rápida da turma? Eu. Mais rápida do que todos os rapazes da turma! (um bocadinho de orgulho não faz mal a ninguém, certo?)
Não me lembro do tempo certo, só sei que fiz 6 segundos e pouco.
No final dessa aula a professora veio ter comigo e aconselhou-me a ir para o atletismo do Benfica! Eu tinha uns 12 anos e apesar de gostar de correr os sprints, não gostava o suficiente para me meter num clube a fazer atletismo (provavelmente fui burra, sabe-se lá se hoje não seria uma Bolt =P. Estou a brincar.)
Mais tarde soube que a professora tinha feito este teste em todas as turmas que leccionava e que só um rapaz tinha sido uns milésimos de segundo mais rápido que eu. Eu era mesmo rápida!
Mas, no que toca a corridas de resistência podem ter a certeza que eu era tudo menos a melhor. Era mediana. Não era a última, mas haviam vários e várias colegas que chegavam antes de mim.

Isto tudo para chegar onde?
Actualmente eu quero é correr durante o máximo de tempo possível e o máximo de kms que conseguir. Já não ligo tanto a sprints ou velocidade, mas sim a desfrutar da corrida e a testar as minhas capacidades de resistência.
O simples prazer de correr e de testarmos as nossas capacidades. De conseguirmos atingir os nossos objectivos.
Não quer dizer que não me tenham sabido bem aqueles sprints. Pelo contrário. Soube-me mesmo bem. Mas já não é o tipo de coisa que me traga uma verdadeira satisfação e felicidade.
Se tivessem dito à Isa de 12 anos que um dia ainda ia adorar correr corridas de resistência, ela diria-vos que estavam completamente maluquinhos da cabeça. Mais de 100 ou 200m? Never!
A vida dá mesmo com cada volta...

Porra que eu escrevo mesmo muito (já não bastava a tese...)!!!

Ontem fui treinar outra vez ao fim do dia. Uma horinha nas calmas. Em Monsanto =)
Metade do treino foi feito com chuvinha. Uma chuvinha agradável. Nada que impedisse várias pessoas de irem correr ou andar de bicicleta para Monsanto. Assim é que é! Não é uma chuvinha que nos detém.

E agora uma novidade...
Inscrevi-me numa prova de trail!
Yupi!
É a Corrida do Monge, na zona de Sintra. Deve ser espectacular. Estou ansiosa para viver esta nova experiência. É já dia 28 de Outubro.
Obrigada Jorge por me teres dado conhecimento desta prova!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Corrida da Água

Domingo, dia 7 de Outubro, acordei cedo e às 8 e pouco estava a sair de casa para apanhar o autocarro até Sete Rios. Um nevoeiro espectacular, mas estava um bocadinho frio e eu em t-shirt...
Sempre a subir até ao Parque do Calhau onde levantei o dorsal. Fiz um ligeiro aquecimento e aguardei pacientemente pelas 10h. Duas pessoas vieram ter comigo para eu lhes tirar fotografias. Ainda dei uma olhadela a ver se via a Henriqueta Solipa, mas não tive sorte. Entretanto o tempo abriu e o sol mostrou-se e deu para perceber que iriamos ter um dia quente. Às 10h é então dado o tiro de partida.

Eu sei o que eu tinha dito sobre esta prova. Que iria apenas para desfrutar e que não ia tentar bater recordes e que se fosse preciso até iria andar. Mas quando a prova começou parece que fui contagiada pelo bichinho da competição. Nem foi logo nos primeiros metros, porque lembro-me bem daquilo começar logo com umas subiditas, mas depois era a descer e numa estrada com curvas e contra-curvas. Lancei-me por ali abaixo, pensando que poderia recuperar o tempo perdido nas subidas.
Outro factor que me fez pensar que talvez fosse possível quebrar o meu recorde pessoal nesta prova, foi perceber que a ciclovia seria percorrida em sentido contrário àquele feito no Memorial Francisco Lázaro, ou seja, não iriamos subir a rampa interminável, mas sim descê-la!!!
Oh alegria!!!
Acreditei mesmo que era possível fazer os 10km em 1h certa ou menos.
Portanto, nessa descida, lancei-me (leia-se "corri um bocadinho menos devagar do que normalmente corro"...). Depois era sempre em frente e já não deveriamos estar muito longe do abastecimento...
Com o calor que estava eu já ia bem suada e claramente a precisar de me refrescar. Nem é tanto o beber água, é mais o refrescar toda a cabeça.
Mas quando chego ao abastecimento (minuto 31) tudo o que vejo são garrafas e tampas no chão e uns homens a arrumar umas caixas para se irem embora.
A minha mente não queria "encaixar" que não havia água. Mas quando um senhor que ia à minha frente perguntou pela água, os homens encolheram os ombros e disseram que já não havia. Esse senhor começou a andar!
Várias pessoas comentavam o facto de não haver água. Um abastecimento que a organização tinha assegurado que existiria!
Como muita gente referiu, não deixa de ser bastante irónico que numa prova que se denomina "Corrida da Água" haja uma falha no abastecimento de água aos corredores.
Pior, num dia de calor daqueles não haver água no abastecimento!
Logo ali percebi logo que não iria quebar recordes pessoais nenhuns e que não iria ser assim tão divertido como isso.

Continuei a correr e a certa altura havia um chafariz já quase no final da ciclovia. Como seria de esperar várias pessoas estavam a fazer uma paragem para se refrescarem e beber água. Fiz o mesmo, mas como não queria estar parada muito tempo, dei só um gole rápido, salpiquei a cara e segui.
Eu não gosto nada de calor! Mesmo! Para terem só a noção do quanto eu não gosto de calor, se me derem a escolher qual das estações prefiro eu digo o Inverno!

Em Campolide haviam algumas pessoas às janelas, nas paragens e à porta de cafés. Algumas deram-nos umas palavras de força.
Eu sentia-me muito quente. Ia a transpirar bastante e tinha a certeza que devia estar super vermelha.
Mas continuei.
Se conhecem Campolide e sabem a rua onde passa o 758, sabem que eu e todos os corredores nos deparámos com uma subida ainda longa e bem acentuada.
Isto não foi nada divertido! Sem água já íamos todos em grande esforço. Algumas pessoas iam a andar.
Acreditem que eu quis muito parar de correr para subir o resto a andar, mas fui dizendo para mim mesma "Não vais desistir agora. Vais fazer esta prova sempre a correr. Correste uma meia-maratona sempre a correr e agora vais andar numa de 10km?! Nem pensar!"
Só assim, motivando-me mentalmente é que consegui fazer aquela subida sempre a correr muito devagarinho.

Uma menina que assistia perguntou qualquer coisa à mãe e esta respondeu que só assim a correr muito devagarinho é que os corredores conseguiam aguentar-se, que íamos devagarinho, mas íamos!". Portanto, a menina deve ter comentado como éramos lentos. Hehehe. Isto fez-me sorrir (durante a subida!).

Mais à frente virávamos à direita em direcção ao Aqueduto das Águas Livres. Vi uma corredora a sair de um café com uma garrafa de água. Outra senhora correu comigo durante uns metros e claro que o tema de conversa foi a falta de água.
Dentro dos jardins do aqueduto havia um chafariz. Como não queria parar, fiz uma coisa da qual me arrependi logo a seguir. Havia água parada no chafariz e eu fui lá e salpiquei a cara com aquela água. Só depois é que me pus a pensar que sabe-se lá há quanto tempo estava aquela água ali parada, mas pronto. Eu estava desesperada por me refrescar e nesse momento não pensava em mais nada.
Enfim...ainda não morri, nem me apareceu nada na cara, por isso está tudo bem.
Depois lá atravessei o aqueduto. Foi giro e como de qualquer maneira já não ia fazer grande tempo decidi tirar umas fotografias com o tlm para vocês verem (sempre a correr).


Atravessar o aqueduto até não foi dificil, porque já ia a pensar que a Meta estava próxima. Quando saimos do aqueduto haviam algumas pessoas a gritar palavras de encorajamento e a dizerem que só faltavam 500m.
Acelerei um pouco e na recta final acelerei mais.
Os meus pensamentos eram: "Devo estar linda...toda vermelha e a escorrer água..." e "Onde está a minha água?"
Terminei com 1h03m33s.
Ao receber a t-shirt e uma GARRAFA DE ÁGUA disse à senhora da organização que no km5 não tinha havido abastecimento... Ela já sabia e disse que alguém deveria ter roubado as águas...Eu estava exausta e não disse mais nada. Só me queria refrescar e beber água.
Minutos depois de eu ter cortado a meta, um homem cortou a meta a gritar "Agora já nos dão água ca..alho!??!"
Senti-me completamente solidária com este homem que, apesar de ter sido mal educado, deveria estar num estado tal de desespero por causa da falta de água. Se a mim me custou imenso, nem quero pensar noutras pessoas que chegaram depois de mim, algumas, eventualmente, sofrendo com a respiração.
Durante a prova passei por alguns corredores que iam claramente a respirar em esforço.

Há coisas com as quais não se brinca e a saúde é uma delas. Num dia de calor não haver abastecimento a meio de uma prova de 10km é uma grande falha. Pelo menos esta é a minha opinião.
Ontem enviei um mail à Xistarca a reclamar sobre este assunto, fui bastante educada e até elogiei o percurso da prova, mas tive mesmo de me queixar desta falha. Referi inclusivé que gostava de voltar novamente para o ano, mas que espero que isto não se volte a repetir.

Esta situação da falta de água na Corrida da Água fez com que eu não desfrutasse como queria ter desfrutado desta prova.
Seja como for, de facto, o percurso é bastante interessante e gostei bastante de ter atravessado o aqueduto das águas livres a correr.
T-shirt e medalha da prova
A próxima é a Corrida do Tejo. Essa é mesmo para fazer 59m59s!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Antes da Corrida da Água

Sexta fui treinar de novo.
Fui direita a Monsanto e depois decidi ir até Sete Rios pela ciclovia porque tinha visto que o percurso da Corrida da Água passava por lá, por isso achei que não era má ideia ir fazer um último reconhecimento desta parte do percurso. Digo "último" porque já corri umas quantas vezes nesta ciclovia, por isso não é terreno propriamente desconhecido para mim.
Depois voltei para trás.
Corri durante cerca de 1h e senti-me bem.

A crónica sobre a Corrida da Água virá mais tarde. Talvez só amanhã.
Levantando só a pontinha do véu posso dizer que não foi tão divertido como eu gostaria.
Depois conto tudo.

Boa semana amigos bloguistas!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

1º treino pós meia maratona

Ontem ao fim do dia lá fui eu para o meu primeiro treino pós meia maratona.
E que camisola levei vestida?
A camisola oficial da meia maratona rock and roll Lisboa 2012.
Devia ter levado também um babete...
O orgulho de ter feito uma meia maratona combinado com a vestimenta fez com que eu sorrisse algumas vezes durante o treino.

Lá fui eu até Monsanto (já tinha saudades) e as pernas parecem completamente recuperadas, porque o treino correu bem e não me senti dorida nem muito cansada.
Corri 45 minutos, mas sentia-me bem e até me apetecia correr mais um pouco, mas para 1º treino depois da Meia penso que está optimo. Não queria estar a abusar.
No final fiz um pequeno sprint.

Amanhã há mais um treino e domingo tenho a Corrida da Água.
Não tenho quaisquer objctivos para esta prova, apenas quero passar um bom bocado e terminar a prova.

Bons treinos!

p.s. Hoje é o Dia do Animal! (só para terem conhecimento)

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A minha primeira meia-maratona


Palavras para quê?
Eu a cortar a meta da minha 1ª meia-maratona
 de mãos dadas com o João Lima e o Jorge Branco
(por Mafalda Lima)
Não sabia bem por onde começar, por isso comecei pelo fim. Às vezes uma imagem vale mais do que 1000 palavras.
Agora seguem-se as 1000 palavras =P

Quinta-feira à tarde fui levantar o meu dorsal com a menina. Correu tudo bem. Gostei de conhecer pessoalmente alguém cujo blog adoro ler e que partilha o mesmo gosto que eu pela corrida.
Conversámos um pouco e combinámos encontrar-nos no dia da prova na "zona onde os autocarros partem para a ponte". Se nos desencontrássemos cada uma seguia o seu caminho e haveríamos de nos encontrar na ponte.
Mal sabíamos a confusão que estaria nesse dia e, principalmente, à hora a que combinámos encontrar-nos (para o ano vou mais cedo).
Na noite de sábado para domingo, como seria de esperar, acordei cedo (mais uma razão para no ano que vem ir mais cedo para a ponte), por volta das 5 da manhã. Andei às voltas na cama e às 7h levantei-me.
Tudo a postos e por volta das 7h50 saí de casa e dirigi-me para o metro.
O metro ia cheio de gente "amarelinha". Alguns a destoar, eu inclusivé que fui de preto.
Algumas pessoas não cabiam dentro do metro e ficavam nas estações.
Chegada ao Oriente procurei uma casa de banho para esvaziar a bexiga antes da prova.
E subi as escadas rolantes.
O que vi assustou-me. Mas também estava à espera de quê? 20000 pessoas inscritas.
Um mar de gente. Mesmo muita gente. Principalmente de amarelo.
Bem que procurei a menina, mas acabei por desistir e dirigi-me para uma das filas gigantes para os autocarros.
A espera, apesar de não ter sido assim tão demorada, deixou-me um bocadinho stressada.
Às 9 e tal finalmente entrei no autocarro que me levaria à ponte.
A vista da ponte valia bem a pena e ainda vi uns flamingos e umas garças.
Ainda dentro do autocarro tive imensa sorte e consegui avistar os meus padrinhos de prova, João Lima e Jorge Branco.
Quando finalmente desci do autocarro apreciei a vista e fui de encontro aos meus padrinhos.
Feitas as apresentações ( e foram-me apresentadas mais pessoas, mas o nervosismo da hora e a memória não me permitem lembrar de todos) expliquei que me tinha desencontrado da menina. Resolvemos esperar até às 10h20. Como não a vimos, fizemos um aquecimento e seguimos para a zona de Partida.
Ainda fui apresentada a mais 3 corredores, Lúcia, Sandra e Nuno.  A Lúcia também se ia estrear na distância. Na linha de Partida também os perdemos e acabámos por seguir só os 3.

E às 10h30 chegou a hora!
Partimos nas calmas, a desviar-nos de vários bonés e algumas garrafas deixadas no chão.
Íamos na conversa e o tempo foi passando quase sem dar por ele.
No Oriente (km 4 ou 5) ouço alguém: "Isa, Isa, Isa". A minha mãe =)
Não estava à espera que ela estivesse ali, porque só tinhamos combinado que ela me iria esperar na Meta, por isso foi um momento que, apesar de logo no ínicio, me deu uma força extra.
O João e o Jorge foram 5* e foram conversando comigo e contando histórias fantásticas sobre as suas vivências e experiências em várias provas.
O João Lima ia dizendo que a minha respiração estava boa, o que era bom sinal.
Por volta do km 6 ou 7 passaram por nós os primeiros atletas em cadeira de rodas e por volta do km 8 ou 9 ( talvez tenha sido o 10, já não tenho a certeza, o que é certo é que foi bastante cedo...) passaram por nós os primeiros quenianos. Impressionante!
Quando chegámos ao km 10 eu sentia-me muito bem e fiquei até um pouco espantada por já irmos no km 10. É o que dá ir na "galhofa" com o João e o Jorge. Nem se dá pelo tempo a passar.

Ah, é verdade. As bandas! Serviu para distrair e para tornar a prova mais alegre, mas como ia algo concentrada  na corrida em si, sinto que não prestei a devida atenção às diversas bandas e animadores de rádio. A única música que me lembro de ouvir e de cantarolar muito baixinho (acho que os padrinhos nem ouviram...) foi uma do Prince.
Perto de Santa Apolónia havia um viaduto cuja subida não custou assim tanto (na ida, porque na volta já custou mais um bocadinho) e passado um pouco era o local onde se dava a volta.
No dia anterior tinha combinado com o meu pai e ele iria estar à minha espera nesse ponto onde se dava a volta. Só que, por erro meu, eu disse-lhe que esse sítio iria ser no Cais do Sodré ou no Terreiro do Paço.
Ele perguntou-me a que horas eu estimava passar por lá e eu disse meio-dia. E de facto ao meio-dia eu estava a dar a volta, só que era bem antes de chegar ao Cais do Sodré e um pouco antes do Terreiro do Paço. Como tal não o vi e mais tarde, quando falei com ele, disse-me que ainda tinha ido até à zona de Santa Apolónia só que já eram 12h20 e já não me apanhou. Foi pena.

Entretanto já ia mais cansada, como seria de esperar, e por volta do km 15 tive uma ligeira quebra, embora, em momento algum, tenha pensado em parar.
Também por volta desta altura o Jorge distanciou-se um pouco de nós, embora tenha seguido quase sempre no nosso raio de visão e de vez em quando olhasse para trás para confirmar que estava tudo bem.
A partir para aí do km 17 ou 18 já ia a pensar que o raio da Meta já aparecia...
Mas, apesar de tudo, sentia-me relativamente bem.
O João distraiu-me e isso ajudou a não pensar tanto nos km's que ainda poderiam faltar.
Por outro lado, o facto do Jorge ir uns metros à frente fez com que eu tentasse não ficar muito para trás e fui tentanto manter sempre o Jorge debaixo de vista, mas no último km perdemo-lo mesmo de vista.
Ainda sorrimos para a fotografia algures no km 18 ou 19.
Por esta altura o João também me perguntou se eu ia bem. Disse que sim, mas que as pernas já vinham a acusar o cansaço. Ele disse que era normal, mas que agora já estávamos quase a chegar.
Eu disse que não ia parar.
Já no km 20 o João perguntou-me se eu conseguia acelerar um bocado para acabarmos em grande estilo, mas eu disse "só um bocadinho" e lá acelerámos um pouco e uns metros à frente lá estava o Jorge às "voltas". Estava à nossa espera. Deu-me logo mais um pouco de motivação.
Já se via a Meta!

Caraças! Eu estava prestes a acabar a minha primeira meia-maratona!!!!!
E sem nunca ter parado ou andado!

Juntos, de mãos dadas e braços levantados cruzámos a Meta!!!

2h32m39s (tempo do chip)

Acho que não me apercebi bem do "feito". Parece que foi tudo tão rápido.
Ainda hoje, dois dias depois, parece que ainda não consigo acreditar que corri uma meia-maratona.
Eu que há 6 meses atrás corria uma mini-maratona a custo e dizia para o meu pai, "para o ano corro a meia-maratona". E afinal 6 meses depois aqui estou eu a correr uma meia-maratona.

Terminada a prova ainda posamos para algumas fotografias.
Recolhemos as nossas medalhas e mochilas.
Encontrei-me com a minha mãe.
Troquei mais umas palavras com os meus queridos padrinhos e com a mulher do João Lima, Mafalda Lima, que também nos tirou umas fotos.
E despedi-me.
Estava meio abananada e nem sei se cheguei a agradecer convenientemente.

Mas vocês sabem que vos agradeço do fundo do coração!
Pelo apadrinhamento, pela companhia, pelas histórias, pelo incentivo e força. Pelas gargalhadas, pelos sorrisos. Pelos conselhos. Por terem acreditado em mim. Por tudo!
Acreditem que sem vocês não teria sido a mesma coisa.
Sabe-se lá se me teria aguentado. Mas mesmo que me aguentasse, provavelmente teria sido mais lenta (mais lenta ainda do que aquilo que fui, hihihi). E, mais importante, não teria sido uma experiência tão divertida e tão enriquecedora.

Por tudo isto e muito mais:

Muito obrigado João e Jorge!
Um grande beijinho!

Agora, quero ainda agradecer a todos aqueles que deixaram aqui no blog mensagens de força e que acreditaram em mim, mesmo sem me conhecerem de lado nenhum.
Vocês são uns fixes! =P

É com muito gosto que ainda digo que as outras duas estreantes numa Meia, a menina e a Lúcia também terminaram a prova!
Muitos parabéns!

Depois da prova não fui ver Xutos, embora o João ainda me tenha chamado a atenção, ainda durante a corrida, para a música que já se ouvia.
Desculpem lá Xutos!
Mas o almoço esperava-me em casa. E principalmente um banho!
À tarde dormi uma bela sesta e à noite adormeci mal me deitei na cama e só acordei cerca de 10 horas depois!

Ontem (e hoje também) acordei um bocado dorida, mas isso esquece-se rapidamente depois de me lembrar que CORRI UMA MEIA-MARATONA!

Podem ter a certeza que quero correr muitas mais meias-maratonas =)
E, sim, um dia vou querer correr uma maratona.
O que está dito, está dito. E eu não sou pessoa de voltar atrás com as palavras.

É a loucura! Isto deve ser tudo da adrenalina de ter corrido uma meia-maratona.

Mais umas fotos e vou-me calar por aqui, esperando não me estar a esquecer de nada.

O meu dorsal e a minha medalha.
É tão linda, não é?

Boa semana!
Bons treinos!

p.s. Estou quase quase a acabar a tese (mais 2 semanas, no máximo). Podem ter a certeza que correr a meia-maratona rock and roll é bem mais fácil do que escrever uma tese =P

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Já corri uma meia maratona!

CONSEGUI!!!

Já sou meia-maratonista!

Consegui correr do ínicio ao fim uma meia-maratona.
21km e uns metros.

Se foi dificil?
Não tanto como eu esperava.

Se fiquei cansada?
Claro que sim.

Mas valeu a pena?
Sim, sim, sim!!!
A sensação é fantástica. O desafio superado e conseguir atinigir o meu objectivo são coisas que o dinheiro não paga.

Se vou voltar a correr uma meia-maratona?
Obvio que sim!

Obrigada padrinhos!

Quando tiver mais tempo livre contarei todos os pormenores, ou pelo menos aqueles que me lembrar, sobre a minha primeira meia-maratona.