São Silvestre de Almada, a sensação de correr devia ser sempre assim!

16.12.2017

Quase em Março e ainda a escrever sobre provas de Dezembro...shame on me!!!

Esta prova tinha tudo para correr mal para nós mas acabou por ser uma corrida excelente, daí o meu título, quem me dera sentir-me sempre assim em todas as corridas! O verdadeiro prazer da corrida.

Depois duma semana cansativa nos trabalhos, ainda fui trabalhar sábado de manhã. O Vitor foi buscar-me ao trabalho, fomos almoçar num instante a casa e seguimos caminho para Almada porque a prova era à tarde. Andámos um bocado à pressa porque ainda queríamos aproveitar a oferta da organização, com dorsal pudemos visitar a Fragata D.Fernando II e Glória.

Depois foi correr até ao carro que ainda ficou estacionado longe da partida, fazer o xixizinho da praxe e fazer o aquecimento no caminho do carro para a partida.

Ainda chegámos a tempo dum momento mais emotivo, 1 minuto de silêncio pela inesquecível Analice.

Quando foi dada a partida houve um momento caricato, tivemos que contornar camiões que se encontravam a barrar a estrada, parecia que estávamos a fazer slalom...e isto nos primeiros metros da prova...achámos tudo aquilo muito estranho e só no final da prova é que se fez luz...

A prova começa...a subir...é só a pior coisa que me podem fazer numa corrida...começar a subir...Cerca de 2 km a subir... 

Mas sabe-se lá bem como até nos aguentámos bem, mas fruto de um almoço mais tardio e de termos andando à pressa comecei a sentir o estômago aos trambolhões, a minha barriga parecia uma máquina de lavar roupa com tudo às voltas e só estabilizou por volta do km 5.

Toda a prova foi um constante sobe e desce e com algumas pessoas a apoiar. 

Uma cena muito boa foi quando, noutra subida por volta do km 4, nos cruzámos com uma senhora que corria para apanhar o autocarro e que comentou, entre uns quantos palavrões (eh eh eh) que uma pessoa pagava o passe e que ainda tinha que andar para ali a correr....e nós todos ali...a pagar para correr eh eh eh =P

Entrámos na Base do Alfeite, sempre com sobe e desce mas eu sentia-me solta e o Vitor então nem se fala. A Base do Alfeite ainda é bastante grande e nalgumas zonas não havia luz, nessas zonas e quando era a descer tive algum receio de me esbardalhar mas consegui evitar mais uma "tatuagem" =P

Depois de sairmos do Alfeite e quado vimos a marca dos 9 km percebemos que a prova não iria ter os 10 km e outros atletas comentaram o mesmo. O meu relógio nessa altura ainda marcava 8,5 km, ainda é uma grande diferença. Mas fosse como fosse íamos continuar a dar o nosso máximo e a recta final foi sempre a acelerar e a passar outros atletas. Avistámos o pórtico, um último sprint e acabámos com 52m28s os 9,7 km. Se fossem 10 km teríamos feito na casa dos 53 km o que está excelente para nós, principalmente depois de um dia tão atribulado. Foi o meu 3º melhor tempo aos 10 embora não seja real, se a prova tivesse os 10 calculo que fosse o meu 6º ou 7º melhor tempo. Em mais de 40 provas de 10 km não está nada mau :)

Lembram-se da história inicial dos camiões? 

Pois no final lá estavam outra vez mas na ponta contrária da avenida. Só depois nos ocorreu a única explicação plausível. Estávamos na altura do Natal...só podia ser para prevenir eventuais ataques terroristas! Mas que foi estranho lá isso foi, ter que contornar camiões plantados em pleno caminho.

Gostámos muito da prova, num constante sobe e desce e com algum apoio do público, só foi pena não ter tido os 10 km. E o melhor de tudo foram as sensações vividas, o puro prazer da corrida.